segunda-feira, 8 de agosto de 2011

FREGUESIA DE TORRES DE MONDEGO



TORRES DE MONDEGO

Ordenação heráldica do brasão e bandeira

Publicada no Diário da República III Série de 10/01/2001

Armas –
Escudo de verde, com duas torres de prata, lavradas, frestadas e abertas de negro e, em chefe, uma trouxa de roupa de prata, realçada de negro; em campanha, um ondado de prata e azul de quatro tiras. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: “ TORRES DO MONDEGO


Bandeira –
De branco, cordões e borlas de prata e verde. Haste e lança de ouro.


HISTORIA
Torres de Mondego, é uma Freguesia do conselho de Coimbra que dista desta de 5 quilómetros. Dividida pelo Mondego, cujo vale faz vislumbrar uma paisagem fascinante, onde alternam o verde e o casario, esta Freguesia entende-se pelos lugares de Cova do Ouro, Dinteiro, Casal do Lobo, Vale de Canas, Casal da Misarela, Ribeira da Misarela, Torres do Mondego, Palheiros, Carvalhosa, Zorro e Misarela.
Trata-se de uma antiquíssima localidade, que pertencias à área de defensão periférica de Coimbra. Enquanto Freguesia data de 1 de Fevereiro de 1934, segundo publicado no Diário do Governo 1ª Série Nº 26, onde se pode ler no Art.º 1 “E criado no Concelho de Coimbra a Freguesia de Torres do Mondego”.
Anteriormente pertencera à freguesia de Santo António dos Olivais da urbe de Coimbra. Mas, como «locus» habitado, a sua existência é muito anterior à nacionalidade que como se sabe, nasceu em 1128, como referencia em suportes documentais respeitantes ao século XI, circunstância que não implica a inexistência de um povoamento ainda mais antigo, hipótese forçada pela vicinalidade da velha Aemininum (Coimbra).
Terá sido D. Afonso III das Astúrias quem inicialmente p repovoara. Os cronicões citam este (re) povoamento já inserido na própria urbe, integrando-a com o sentido de expansão territorial da «civitas» para esse flanco, numa adjacência defensiva de grande importância.
Na transição do século XIXII, a «villa» de Torres surge já como propriedade da Sé de Coimbra, o que leva a admitir que entre D. Paterno e D. Crescónio, um tenha sido o testamento da doação.
No ano de 1102, o bispo D. Maurício Burdino (sucessor de D. Crescônio), fez concessão de metade da «villa Torris nomine» e ainda de um sexto da outra metade a uma dama de nome Eugénia Stephaniz.
No princípio do século XII, realizou-se a concessão, atitulo precário, de toda a «villa» de Torres, pela Sé de Coimbra, que objectivava ali não só o povoamento e a agricultura, mas também o reforço da presença, vigilância e alerta, de caráter militar, desde esse ponto de observação estratégico e critico das águas do Mondego e das sendas de infiltração encaixadas nas suas margens.
A D. Maurício (século XII), entretanto transferido para Braga, sucede, desde 1109, o bispo D. Gonçalo Pais, acabado de regressar de uma visita a Jerusalém e a Constantinopla. Enquadrada no tempo procurou-se, assim, na medida do possível desvendar a razão toponímica e a identidade dos primeiros precursores ligados à origem e evolução da «villa» de Torres, no contexto rural, religioso e militar longevos, ante a «Civitae» Coimbrã que, desde os tempos passados, foi uma das mais importantes portas da urbe, a que o moderno Itinerário Principal 3 retirou, ultimamente, impacto rodoviário, mas que continua, incontestavelmente, a ser um local apetecível, graças aos seus pontos de atracção.



PATRIMONIO
IGREJA MATRIZ DE TORRES DO MONDEGO(NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO)

A Igreja Paroquial é moderna e foi feita de raiz. O seu orago é São Sebastião. A Igreja anterior, que foi demolida, era um edifício pequeno e possuía uma torre baixa à direita. Uma pedra que possivelmente pertencia a frontaria da antiga Igreja e que ainda hoje existe, acoplada a parede, tem a data de 1599 ANNOS. Existe também uma outra pedra da Igreja anterior, possivelmente pertencente ao arco cruzeiro, com a data de 1676, que deverá indicar as reformas posteriores.
A Igreja anterior, de acordo com António Nogueira Gonçalves, possuía um retábulo principal, da segunda metade do século XVIII, com duas colunas laterais, de estilo salomónico. Nos laterais da nave, tinham sido inseridos dois pequenos altares de pedra, um do tipo renascentista e outro neo-renascentista de 1926.
A antiga Igreja possuía ainda um rodapé de azulejos azuis, de fabrico coimbrão, dos finais do século XVIII, bem como um pequeno quadro (século XVI), representando o Baptismo de Cristo, junto à Pia Baptismal.

CAPELA DE SÃO BENTO - Casal da Misarela

A Capela de São Bento, situada no Casal da Misarela, é uma ermida moderna, com data no cruzeiro de 1850. Composta por corpo e santuário, possui na sacristia a antiga imagem de São Pedro, de pedra do século XVII.

CAPELA DO ZORRO - SÃO FRANCISCO

A Capela de São Francisco, em Zorro, é um templo pequeno, provavelmente do século XVIII. Constituída por corpo e pequeno santuário, onde encontramos um retábulo barroco, do século XVIII, com duas colunas salomónicas em cada lado, decoradas com grinaldas e capitéis de folhas de acanto. No nicho principal, há uma imagem de madeira de São Francisco, do século XVII. Na base do altar, encontra-se um sacrário, em cuja porta se vê a imagem de um Agnus Dei. Existe igualmente uma Senhora das Angustias, em pedra, do século XVI, e um São Domingos, em madeira, do século XVI.


CAPELA DOS PALHEIROS - SÃO JOÃO BAPTISTA

Capela de São João Baptista, localizada nos Palheiros, é um edifício moderno, onde podemos apreciar um São João Baptista, em madeira, do século XVII, de estilo popular


IGREJA DA NOSSA SENHORA DA LAPA – Dianteiro

A Capela de Nossa Senhora da Lapa situa-se frente ao Templo do século XIX. A achada apresenta uma porta com colunas direitas emolduradas, terminadas com dois arcos conopiais. Por cima, encontra-se um óculo quadrilobado. A direita, uma torre de secção quadrada, com relógio e pináculos.
O interior apresenta um corpo e santuário, dividido por um arco cruzeiro com roselas. Lateralmente ao cruzeiro, existem duas mísulas com respectivos baldaquinos, de tipo renascentista, onde repousam duas imagens, de Nossa Senhora da Lapa e de Santo António, ambas em madeira do século XVII.
O altar principal apresenta um retábulo de madeira de duas colunas salomónicas com anjos acrotérios. O retábulo forma, ao meio, um trono. Podemos ainda observar uma pequena Senhora da Lapa e um Menino Jesus em madeira, possivelmente do século XVII, e um São Mateus, feito em madeira, do século XVI.






TURISMO

Para satisfazer a sede de cultura dos seus visitantes, esta Freguesia tem para oferecer, a bela praia fluvial dos Palheiros e Zorro, criada em 1997. Actualmente, é um local de grande afluência de pessoas que, aproveitando a proximidade de cidade de Coimbra, a ela ocorrem para desfrutarem do sol e da bela paisagem proporcionada pelo Vale do Mondego. Merece também especial destaque, a Mata de Vale de Canas, área protegida, sob a alçada do Instituto de Conservação da Natureza, onde é possível apreciar o canto dos pássaros, sentir o aroma da vegetação e apreciar, entre diversas árvores, o eucalipto mais alto da Europa. Aqui existem circuitos da manutenção muito procurados, especialmente por pessoas residentes no meio urbano da sede concelhia.
O património arquitectural e edificado da Freguesia de Torres do Mondego merece também uma visita atenta. Dos monumentos e edifícios existentes destacamos:
- A Igreja Paroquial é moderna e foi feita de raiz. O seu orago é São Sebastião. A Igreja anterior, que foi demolida, era um edifício pequeno e possuía uma torre baixa à direita. Uma pedra que possivelmente pertencia a frontaria da antiga Igreja e que ainda hoje existe, acoplada a parede, tem a data de 1599 ANNOS. Existe também uma outra pedra da Igreja anterior, possivelmente pertencente ao arco cruzeiro, com a data de 1676, que deverá indicar as reformas posteriores.
A Igreja anterior, de acordo com António Nogueira Gonçalves, possuía um retábulo principal, da segunda metade do século XVIII, com duas colunas laterais, de estilo salomónico. Nos laterais da nave, tinham sido inseridos dois pequenos altares de pedra, um do tipo renascentista e outro neo-renascentista de 1926.
A antiga Igreja possuía ainda um rodapé de azulejos azuis, de fabrico coimbrão, dos finais do século XVIII, bem como um pequeno quadro (século XVI), representando o Baptismo de Cristo, junto à Pia Baptismal.
- A Capela de Nossa Senhora da Lapa situa-se frente ao Templo do século XVIII. A achada apresenta uma porta com colunas direitas emolduradas, terminadas com dois arcos conopiais. Por cima, encontra-se um óculo quadrilobado. A direita, uma torre de secção quadrada, com relógio e pináculos.
O interior apresenta um corpo e santuário, dividido por um arco cruzeiro com roselas. Lateralmente ao cruzeiro, existem duas mísulas com respectivos baldaquinos, de tipo renascentista, onde repousam duas imagens, de Nossa Senhora da Lapa e de Santo António, ambas em madeira do século XVII.
O altar principal apresenta um retábulo de madeira de duas colunas salomónicas com anjos acrotérios. O retábulo forma, ao meio, um trono. Podemos ainda observar uma pequena Senhora da Lapa e um Menino Jesus em madeira, possivelmente do século XVII, e um São Mateus, feito em terracota, do século XVI..
- A Capela de São João Baptista, localizada nos Palheiros, é um edifício moderno, onde podemos apreciar um São João Baptista, em madeira, do século XVII, de estilo popular.
- A Capela de São Francisco, em Zorro, é um templo pequeno, provavelmente do século XVIII. Constituída por corpo e pequeno santuário, onde encontramos um retábulo barroco, do século XVIII, com duas colunas salomónicas em cada lado, decoradas com grinaldas e capitéis de folhas de acanto. No nicho principal, há uma imagem de madeira de São Francisco, do século XVII. Na base do altar, encontra-se um sacrário, em cuja porta se vê a imagem de um Agnus Dei. Existe igualmente uma Senhora das Angustias, em pedra, do século XVI, e um São Domingos, em madeira, do século XVI.
- A Capela de São Bento, situada no Casal da Misarela, é uma ermida moderna, com data no cruzeiro de 1850. Composta por corpo e santuário, possui na sacristia a antiga imagem de São Pedro, de pedra do século XVII.

FESTAS

Festas em honra de Nossa Senhora do Rosário, em Torres do Mondego no inicio de Agosto, de Santo António, em Carvalhosa, no inicio de Junho; de São João Baptista, em Palheiros, em meados do Junho: de São Francisco, em Zorro, em início de Dezembro; de São Bento, em Casal da Misarela, Misarela, Vale de Canas, Ribeira da Misarela e Barca, em meados de Outubro; de Nossa Senhora da Lapa, em Dianteiro, no inicio de Setembro de Nossa Senhora dos Milagres, em Cova do Ouro, em finais de Junho, e ainda de Santa Filomena e de São Francisco de Assis, em Casal do Lobo, em meados de Agosto. Esta festa tem uma duração média de três dias


GASTRONOMIA

Na povoação das Carvalhosas existe a tradição bastante antiga da confecção da Broa de Milho. Os habitantes viviam tradicionalmente de pequenas explorações agrícolas, sendo poucos os que trabalhavam na Sede Concelhia.
Nos pequenos cultivos predominava o milho, que era produzido apenas para consumo próprio. Este, após moído em farinha era utilizado na confecção da broa. Actualmente, praticamente todas as habitações antigas têm fornos a lenha e mesmo nas habitações mais modernas os proprietários optam pela sua construção. Esta tradição é, assim, preservada, apesar de actualmente a situação ser bastante diferente pois praticamente todos os habitantes têm emprego na sede do Concelho.
A chanfana é uma das iguarias de toda a Freguesia e a sua origem remonta a uma povoação próxima, Senhor da Serra, do Concelho de Miranda do Corvo. O seu paladar característico provém do tipo de carne utilizada na sua confecção – carne de Cabra. Devido á gordura libertada aquando  da sua confecção, a chanfana preserva-se durante muitos dias e quanto mais tarde consumida, mais apurado é o seu gosto.


Broa de Milho

Ingredientes
1 xícara (chá) de leite integral
½ xícara (chá) de óleo de milho
¾ xícara (chá) de açúcar
1 colher (chá) de sal
1 colher (sopa) de erva-doce
1 ½ xícara (chá) de farinha de trigo
2 xícaras (chá) de fubá mimoso
2 ovos (temperatura ambiente)

Modo de preparo:

1.  Ferva o leite, o óleo, o sal, o açúcar e a erva-doce.
2.   Assim que ferver, adicione o fubá e a farinha de trigo.
3.  Cozinhe até soltar do fundo da panela, mexendo sempre.
4.  Junte os ovos um a um.
5.  Observe o ponto da massa, entre cada adição de ovo, pois talvez seja necessário colocar um ovo a mais ou a menos.
6.  A massa deve ficar brilhante, lisa e mole.
7.  Coloque na forma untada, fazendo bolas com as mãos enfarinhadas de fubá.
8.  Faça um corte em cruz nas bolinhas.
9.  Leve ao forno pré-aquecido a 220 º C, até dourar.
10.              Sirva imediatamente. 



  

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