REGIÃO CENTRO
SUB REGIÃO SERRA DA ESTRELA
DISTRITO GUARDA
CIDADE GOUVEIA
FREGUESIA NESPEREIRA
POSTAGEM DE COMENTÁRIO QUE AQUI REPRODUZO (OBRIGADO)
Antes de mais os meus parabéns pelo artigo. Logo no inicio, é mencionado um largo, que presumo ser o largo da Fonte do Lameiro, que dá ideia pertencer à Quinta do Paço (gosto deste nome, não gosta do nome Quinta da Nespereira). Também a capela da Srª. da Encarnação está neste largo e não na quinta, embora seja propriedade desta (veja-se a degradação). No largo do Sr. dos Aflitos é mencionada uma ponte romana, quando segundo informação, é uma ponte medieval. Segundo o censos de 2001 (ainda não tenho resultados de 2011) a população será de 861 habitantes (muito menos agora), com uma área de 4,77 Km2., tem uma densidade populacional de 180,5 hab/Km2.(wikipédia), o que será possivelmente, a freguesia mais densamente povoada. Nas festividades, falta referência à srª da Graça, (padroeira da terra e não o Sr. dos Aflitos como muita gente pensa). O convívio dos Bons Amigos, penso tratar-se dos Bem Unidos e falta a referência ao convívio dos antigos praticantes de futebol, que se realiza no 1º . de Dezembro. Nas festas do Sr. dos Aflitos, falta a referência à marcha dos balões, coisa única no concelho. É o que me ocorre de momento e termino com o meu bem haja pelo artigo. Um grande abraço.(lagarteiro)
LOCALIZAÇÃO
Nespereira fica situada na vertente norte da Serra da Estrela.É uma região granítica e montanhosa, predominantemente agrícola, tem solo fértil e óptimas pastagens, advindo daí a abundância de gado lanígero e a fabricação artesanal do mundialmente famoso Queijo da Serra.
HISTORIA
Freguesia da Nespereira com uma população de aproximadamente 1200 habitantes, Nespereira é uma das freguesias mais populosas e desenvolvidas do concelho de Gouveia e até mesmo do distrito da Guarda. Sem localidades anexas é, no entanto, constituída por quatro bairros: Carvalha, Sto António, Salpicão e o povo.
Estes estão separados por uma pequena ribeira e nela atravessa uma histórica ponte romana, que faz parte de uma das quatro calçadas romanas ainda existentes, que unem aquela aldeia ao seu concelho.
Há quem suponha que o seu topónimo provenha do nome de Inês Pereira, uma lendária mulher, que em tempos construiu a 'Casa do Rio', considerada pelo povo como 'casa mãe', na qual todos os dias era dada uma sopa e dormida a quem mais precisasse e ali recorresse.
Além de Inês Pereira, esta freguesia foi povoada por várias personalidades, que ali deixaram marcas que hoje fazem dela um lugar a visitar. Fundada por famílias nobres, Nespereira recorda ainda hoje, nomes de famílias como, 'Os Melos Freires, os Portugais e os Osórios', destacando-se desta última Jerónimo Osório que embora fizesse parte da realeza, os seus ideais liberais levaram-no a repartir com o povo algumas 'querelas' de terra para seu sustento
A Quinta do Paço, onde existe um largo com uma fonte e dentro dele uma antiga capela da Sª da Encarnação, onde está sepultado um antigo general da armada portuguesa.
Associado a este general, existe uma lenda que nos remete para o tempo em que o rei visitava as 'gentes nobres' que ali viviam.
A lenda começa por nos dizer que na visita do Rei D. João II a esta aldeia, este general deixou cair o púcaro em que dava água a sua realeza, pois, estava nervoso, provocando o riso a todos aqueles que ali estavam. O rei responde com delicadeza a esta reacção, afirmando que aquele deixou cair o púcaro, mas nuca deixou cair a espada nas guerras em África.
A Igreja Matriz, um monumento antigo que se situa no centro do povoado e que tem como orago a Senhora da Graça.
Também no centro se situa a Fonte do Pipo, bastante invulgar e característica, revelando a importância da vinicultura para aquela freguesia.
Descendo a calçada em direcção a ribeira, deparamo-nos com a capela do senhor dos Aflitos, onde todos os anos se realizam a festividade em sua honra.
Ao passarmos a ponte romana, encontramo-nos no Bairro de S.to António e com a capela em sua devoção neste mesmo bairro, um tribunal romano com 6 cadeiras, esculpidas numa enorme laje e protegidas por um gradeamento
Também algumas das musicas, actualmente cantadas por este grupo, foram recolhidas junto dos mais velhos, destacando-se, entre outras, o “Fado Mandado Serrano”, “Vamos seguindo ao Norte”, “Ai, ai, linda Margarida”, “Ó Rosita”, “Eu estava a lavar, lavava”, “Ó padeirinha”, “Adeus ó Laurinda”, “Ó Retiro”, “Ó Rica prima”, “Deita Manuel”, “Um só é pouco”, “Choro tenho pena”, “Pedrinhas desta calçada”, “Rouba Cavalheiro”, “Ó que lindo olhar”, “Debaixo da oliveira”, “Loureiro ramalhudo”, “Olha vento que lá vem da serra”, “Coradinha”, “O loureiro é pau verde”, “Bate, bate padeirinha”, “Chora a videira”, “Olá esteja quieto” e “Encadeia”.Uma grande parte destes cantares é um tributo às mulheres e aos trabalhos por ela executados, sendo estes acompanhados por danças de roda. Através das performances do rancho reavivam-se, igualmente, danças e cantares de antanho, assim como o hábito de, nos dias de festas, as raparigas e rapazes dançarem ao som da música e dos próprios sentimentos.
Existe ainda associações que dinamizam a Aldeia como a Associação Recreativa e Desportiva de Nespereira, a Associação dos Amigos de Nespereira, Confraria “ Os Melros”, o Rancho Folclórico da Casa do Povo De Nespereira e seu Museu e o Orfeão da Associação amigos de Nespereira. O comércio também tem o seu peso na freguesia que conta actualmente com 3 Minimercados, 3 Cafés Snack Bar, 2 Restaurantes, 1 loja de Desporto, 1 Farmácia, 2 talhos, 1 salão de Cabeleireira, 2 Oficinas de Mecânica e bate-chapas e ainda 2 carpintarias e 2 casas de turismo habitação rural. A freguesia esta ainda equipada com um Jardim de Infância, uma escola do Ensino Básico, um A.T.L e lar.
Nespereira tem como tradição as festas e romarias de Nossa Sr.ª de Fátima, S. António, Sr. Dos Aflitos, no qual se festeja o dia de todos os Nespereirenses, realizam-se ainda os convívios do 1º de Maio, dos Bons Amigos, Dos Zé’s e dos Antónios, assim como a rota das adegas e a volta ao rio, festival Internacional/nacional de folclore, e recentemente os festejos em Honra de S.Domingos.
Se é verdade que na vida nada se perde tudo se transforma, em Artesanato tudo se converte em peças de arte. Jaime Duarte, 65 anos, molda a madeira de modo a alterar a sua forma rude em carros de bois, numa queijeira ou em vários instrumentos agrícolas, uma inspiração que lhe vem dos tempos em que trabalhou como lavrador.
Como sobremesas, destacam-se o arroz doce confeccionado com leite de ovelha, doce de castanha, leite-creme, doce de abóbora e bolos doces.
A Quinta do Paço, onde existe um largo com uma fonte e dentro dele uma antiga capela da Sª da Encarnação, onde está sepultado um antigo general da armada portuguesa.
Associado a este general, existe uma lenda que nos remete para o tempo em que o rei visitava as 'gentes nobres' que ali viviam.
A lenda começa por nos dizer que na visita do Rei D. João II a esta aldeia, este general deixou cair o púcaro em que dava água a sua realeza, pois, estava nervoso, provocando o riso a todos aqueles que ali estavam. O rei responde com delicadeza a esta reacção, afirmando que aquele deixou cair o púcaro, mas nuca deixou cair a espada nas guerras em África.
A Igreja Matriz, um monumento antigo que se situa no centro do povoado e que tem como orago a Senhora da Graça.
Também no centro se situa a Fonte do Pipo, bastante invulgar e característica, revelando a importância da vinicultura para aquela freguesia.
Descendo a calçada em direcção a ribeira, deparamo-nos com a capela do senhor dos Aflitos, onde todos os anos se realizam a festividade em sua honra.
Ao passarmos a ponte romana, encontramo-nos no Bairro de S.to António e com a capela em sua devoção neste mesmo bairro, um tribunal romano com 6 cadeiras, esculpidas numa enorme laje e protegidas por um gradeamento
Aparentemente pobres, as gentes de Nespereira foram sempre ricas nas suas tradições ou, quanto mais não fosse, na vivência e na forma como encaram a vida, com muita alegria e boa disposição. Maioritariamente trabalhadores agrícolas, uma vez que tem sido esta a actividade que aqui predomina, bastante notório nos trajes por eles utilizados, foram fielmente retratados pelo Rancho Folclórico da Casa do Povo de Nespereira.
Assim, os membros do rancho, trajados como os pastores, a queijeira, o homem e a mulher de rega, a ceifeira, o malhador, o moleiro, a padeira, o carpinteiro, a lavadeira, os noivos, os romeiros, representam algumas das figuras que fizeram a história desta freguesia. Estes fatos, nomeadamente os trajes domingueiros, foram cedidos por algumas das pessoas mais idosas de Nespereira.
Também algumas das musicas, actualmente cantadas por este grupo, foram recolhidas junto dos mais velhos, destacando-se, entre outras, o “Fado Mandado Serrano”, “Vamos seguindo ao Norte”, “Ai, ai, linda Margarida”, “Ó Rosita”, “Eu estava a lavar, lavava”, “Ó padeirinha”, “Adeus ó Laurinda”, “Ó Retiro”, “Ó Rica prima”, “Deita Manuel”, “Um só é pouco”, “Choro tenho pena”, “Pedrinhas desta calçada”, “Rouba Cavalheiro”, “Ó que lindo olhar”, “Debaixo da oliveira”, “Loureiro ramalhudo”, “Olha vento que lá vem da serra”, “Coradinha”, “O loureiro é pau verde”, “Bate, bate padeirinha”, “Chora a videira”, “Olá esteja quieto” e “Encadeia”.
Património Histórico
Na actualidade esta freguesia tem para oferecer aos seus visitantes e não só diversos e variados monumentos e serviços, o caso da
“ Ponte do Chourido” atravessada por uma calçada Romana,
Fonte do Pipo
Fonte do Lameiro
Casas do Rio,
Casa do Povo,
Capela de S. Domingos
Capela de S. Plágio
Capela da Sr.ª da Encarnação
Capela dos Sr. Dos Aflitos
Igreja Matriz
Capela de S. António
Quinta do Paço,
Cadeiral Romano, As Lagaretas, e a assim como o solar da já referida família Osório e Solar da Família Albuquerque.
- ponte Romana
A junta de Freguesia disponibiliza os serviços de correios e pagamentos de facturas assim como o acesso a internet e ainda um gabinete de apoio a população.
Se é verdade que na vida nada se perde tudo se transforma, em Artesanato tudo se converte em peças de arte. Jaime Duarte, 65 anos, molda a madeira de modo a alterar a sua forma rude em carros de bois, numa queijeira ou em vários instrumentos agrícolas, uma inspiração que lhe vem dos tempos em que trabalhou como lavrador.
Gastronomia
A gastronomia da zona é rica e saborosa: pão de centeio, morcela, chouriço, farinheira, cabrito assado, alambicada de borrego, feijocas à pastor, sopa de moiros, sopa de bacalhau, caldo de castanha, arroz de carqueja e bôlas de carne.Como sobremesas, destacam-se o arroz doce confeccionado com leite de ovelha, doce de castanha, leite-creme, doce de abóbora e bolos doces.
Sopa de Bacalhau à Portuguesa
12 porções
12 porções
INGREDIENTES:
600g de Bacalhau Desfiado em Lascas Dessalgado
( ou 500g de Bacalhau desfiado em Lascas Salgado e Seco )
7 batatas médias
6 tomates médios
3 cebolas médias
8 dentes de alho
4 copos de vinho branco seco
1 1/2 xíc. (chá) de azeite
2 1/2 l de caldo de peixe
1 ramo de salsa e 1 folha de louro
2 colheres de sopa, de salsa picada
1 colher de chá, de açafrão ou gengibre em pó
2g de pimenta moída
2 colheres (sopa) manteiga
2 colheres (sopa) de farinha de rosca
12 fatias de pão grelhadas
600g de Bacalhau Desfiado em Lascas Dessalgado
( ou 500g de Bacalhau desfiado em Lascas Salgado e Seco )
7 batatas médias
6 tomates médios
3 cebolas médias
8 dentes de alho
4 copos de vinho branco seco
1 1/2 xíc. (chá) de azeite
2 1/2 l de caldo de peixe
1 ramo de salsa e 1 folha de louro
2 colheres de sopa, de salsa picada
1 colher de chá, de açafrão ou gengibre em pó
2g de pimenta moída
2 colheres (sopa) manteiga
2 colheres (sopa) de farinha de rosca
12 fatias de pão grelhadas
MODO DE PREPARAR:
( Se o bacalhau é salgado e seco, deve antes ser dessalgado conforme as instruções. )
( Se o bacalhau é salgado e seco, deve antes ser dessalgado conforme as instruções. )
1. Numa caçarola grande, deitar uma xícara e meia de azeite, as cebolas cortadas miúdo e os alhos cortados ao meio, cozinhando até começar a dourar levemente;
2. juntar, então, os tomates cortados aos pedaços, sem peles nem sementes, o vinho branco, a salsa, o louro e o açafrão ou gengibre.
3. Depois de dez minutos de fervura, retirar os alhos, juntar o caldo de peixe e as batatas cortadas em pequenos cubos de um centímetro aproximadamente de lado.
4. Depois de ferver 15 min, juntar os pedaços de bacalhau e o resto do azeite.
5. Deixar ferver por 20 minutos, juntar a salsa picada, a pimenta e a farinha de rosca a que, previamente, por alguns minutos, absorveu a manteiga numa frigideira, retificando-se os temperos de sal e pimenta.
Servir bem quente numa terrina onde foram dispostas as fatias de pão grelhadas.
Embora com alguns erros e também omissões, não posso deixar de manifestar o meu contentamento pela publicação.(Lagarteiro)
ResponderExcluirpodes mandar-me o que esta errado para que possa corrigir
ResponderExcluiragradeço-te o aviso
eduardo
Antes de mais os meus parabéns pelo artigo.
ResponderExcluirLogo no inicio, é mencionado um largo, que presumo ser o largo da Fonte do Lameiro, que dá ideia pertencer à Quinta do Paço (gosto deste nome, não gosta do nome Quinta da Nespereira). Também a capela da Srª. da Encarnação está neste largo e não na quinta, embora seja propriedade desta (veja-se a degradação). No largo do Sr. dos Aflitos é mencionada uma ponte romana, quando segundo informação, é uma ponte medieval.
Segundo o censos de 2001 (ainda não tenho resultados de 2011) a população será de 861 habitantes (muito menos agora), com uma área de 4,77 Km2., tem uma densidade populacional de 180,5 hab/Km2.(wikipédia), o que será possivelmente, a freguesia mais densamente povoada.
Nas festividades, falta referência à srª da Graça, (padroeira da terra e não o Sr. dos Aflitos como muita gente pensa). O convívio dos Bons Amigos, penso tratar-se dos Bem Unidos e falta a referência ao convívio dos antigos praticantes de futebol, que se realiza no 1º. de Dezembro.
Nas festas do Sr. dos Aflitos, falta a referência à marcha dos balões, coisa única no concelho.
É o que me ocorre de momento e termino com o meu bem haja pelo artigo. Um grande abraço.(lagarteiro)
Gostava que alguém me esclarecesse da relação entre esta freguesia e a freguesia de S. Gião, local onde os Portugais residiram durante algum tempo e possuiam um explêndido Solar.
ResponderExcluirsou descendente de sebastiano ozorio e manuel lopes nogueira que foram de nespereira cujo filho casou em 1673 na terceira. alguem sabe deles... tem genealogia?
ResponderExcluirsou descendente de sebastiano ozorio e manuel lopes nogueira que foram de nespereira cujo filho casou em 1673 na terceira. alguem sabe deles... tem genealogia?
ResponderExcluirSou natural de casas do Soeiro. Morei em nespereira ainda menina sai dai e hoje moro no Brasil . Amo essa terra ,essa serra e a saudade é imensa. Tenho uma irmã que mora em s.paio e mãe perdi o contato com elas. Se alguém puder me ajudar a encontra_las ficarei para sempre grata. Minha irmã se chama Maria milagres Gomes Cabral,minha mae Maria do ceu Gomes. Obrigada
ResponderExcluirMeu nome é Beatriz Gomes
ExcluirTem Facebook?
ExcluirJá partilhei a sua mensagem no facebook num grupo de Gouveia, espero que alguém se lembre ou saiba da sua irmã e/ou mãe e depois lhe direi mais alguma coisa.