REGIÃO CENTRO
SUB REGIÃO BAIXO VOUGA
DISTRITO AVEIRO
CIDADE ILHAVO
FREGUESIA SÃO SALVADOROrdenação heráldica do brasão, bandeira e selo branco da Freguesia de Ílhavo (S. Salvador)
Parecer emitido pela comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, nos termos da Lei nº 53/91 de 7 de Agosto.Publicada no Diário da República, III Série de 02/09/1997
Brasão:
Escudo de ouro, com um navio fenício de vermelho, aparelhado e vestido do mesmo, com seis remos e um leme de ouro, navegante sobre campanha de burelas ondeadas de verde e prata; em chefe, um mundo sobrepojado de uma cruz, tudo de púrpura. Coro mural de prata de três torres. Listel branco com a legenda a negro, Ílhavo – S. Salvador
Bandeira:
Bandeira:
púrpura, Cordão e borlas de ouro e púrpua. Haste e lança de ouro.
Selo:
Selo:
nos termos da lei, com a legenda – “Junta de Freguesia de ‘Ilhavo – S. Salvador
CARACTERISAÇÃO
Freguesia situada na sede do concelho, localizada num dos braços da Ria de Aveiro, a 14m de altitude. Ao longo dos séculos foi por excelência berço dos marinheiros entregues tanto à navegação mercantil como à pesca.A tradição diz que Ílhavo foi fundada por uma colónia grega, havendo referências a Ílhavo anteriores à nacionalidade, ao tempo de D. Sesnando e D. Fernando Magno.
Com 41,68 Km2 de área e cerca de 16.760 mil habitantes (dados de 2001) e com uma densidade de 402,1 hab./Km2.
As gentes locais têm vindo a intensificar a sua dedicação às seguintes actividades económicas: indústria, cerâmica, agricultura e pesca. A pesca, segundo se apurou, foi seguramente a razão da fixação populacional. Apesar de hoje o sector atravessar um período difícil, devido às novas regras comerciais impostas pela União Europeia, esta actividade é considerada como a mais característica de Ílhavo.
Gastronomia
De resto, a gastronomia de Ílhavo não podia deixar de estar ligada ao mar, sendo os pratos principais: Bacalhau de todas as maneiras, Caldeirada de Enguias, Peixe fresco grelhado, Fritada de peixe, Cataplana de Marisco, Arroz de Marisco, Marisco, Arroz Malandro. Incluindo no prato dos Ílhavenses estão a saborear o Folar de Vale de Ílhavo, o Pão de Vale de Ílhavo e o Arroz Doce.
Folar de Vale de Ílhavo
Ingredientes:
1,700 kg de Farinha;
300 grs. de Açúcar;
8 Ovos;
Ovos cozidos;
20 grs. de manteiga;
Sal;
Fermento
Modo de Preparação:
1. Junta-se um quilo de farinha, o sal e o fermento,
2. amassa-se e deixa-se levedar.
3. Depois de estar levedado junta-se o açúcar, os ovos e a manteiga.
4. Mistura-se tudo e junta-se mais 700 gr. de farinha.
5. Deixa-se levedar novamente.
6. Tendem-se os bolos do tamanho que se pretender e decoram-se com ovos previamente cozidos (com casca de cebola para dar cor).
Finalize levando o Folar a cozer no forno de lenha, previamente aquecido.Artesanato
A arte dos nós marítimos é ainda hoje uma das atracções turísticas.
O visitante pode também encontrar o melhor que se faz em artesanato: em cerâmica pintada à mão, trabalhos em barro vermelho e rendas.
HISTÓRIA
Não se conhece exactamente a origem desta população. Se crie que os primeiros povoadores puderam ser os Gregos. Alguns restos arqueológicos apontam a existência de um povoado romano no território da actual Ílhavo. Na realidade, as primeiras provas da existência da população pertencem a uns documentos data no século XI.
No final do século XII, no ano de 1296, o rei D. Dinis lhe outorga seu primeiro Foral, a elevando a categorias de Vila. A situação geográfica de Ílhavo condicionou de forma inevitável a sua história, sua economia esteve sempre ligada ao mar, por isso seus principais sectores económicos são a pesca e a salga, além de uma fértil agricultura.
Durante o século XVI inicia-se, em mares longínquos, a pesca do bacalhau, passando a converter-se em um dos mais importantes pilares da riqueza dos ilhavenses. O desenvolvimento experimentado pela população leva a D. Manuel a conceder-lhe um novo Foral no ano de 1514.
O aproveitamento da terra através de uma agricultura intensiva e a fundação no ano de 1824 da Fábrica de Porcelanas Vista Alegre, produtora de uma das porcelanas mais prestigiosas do mundo, fazem do século XIX uma época de grande prosperidade.
No ano de 1836 eleva-se a categoria de Concelho.
Durante o século XX surge com força a construção naval e a indústria do frio. No final do século a pesca sofre uma crise e o emprego se dirige em direcção a indústria e às actividades relacionadas com o comércio marítimo.
Hoje em dia o turismo é uma das suas principais fontes de riqueza, graças a suas magníficas praias e seus formosos museus.
PASSEIO TURISTICO
A Igreja Paroquial São Salvador
Matriz de Ílhavo, foi construída a finais do século XVIII e situa-se no centro da cidade, junto ao Jardim Central. É um templo de três naves separadas por arcos de cinco partes. Seu interior destaca-se por abrigar a imagem de madeira do seu padroeiro, São Salvador, data no século XVII.
Nas suas origens foi considerada como o melhor templo do bispado de Aveiro.
O Museu Marítimo
foi inaugurado no ano de 1937 e hoje em dia abriga em um moderno edifício na Avenida Dr. Rocha Madail.
Tenta mostrar a longa história da pesca na população. Nele se exibe uma importante mostra dedicada a Ria e ao Mar, uma viagem pela tradição onde nos mostram miniaturas de velhas embarcações, conchas, instrumentos náuticos e aparelhos de pesca. Conta com três exposições permanentes,
Sala Capitão Francisco Marques, dedicada a pesca do bacalhau, Sala da Ria, dedicada as fainas agro marítima, realizadas na laguna de Aveiro, e a Sala dos Mares, com a colecção em miniatura de embarcações antigas, instrumentos náuticos e aparelhos de pesca.
Uma das suas colecções mais bonitas é a de mil conchas recolhidas em todo o mundo.
A Fábrica de Porcelana Vista Alegre
foi fundada no ano de 1824 por José Ferreira Pinto Basto e nela se fabricam as porcelanas consideradas como a s mais prestigiosas do Mundo. Suas porcelanas estão expostas nas vitrinas do museu de todo o mundo, como o Museu de Arte de Nova York. Hoje em dia formando parte do conjunto, considerado como um dos símbolos da cidade, se encontram o Museu da Vista Alegre e a Capela Nossa Senhora Penha da França.
O Museu da Vista Alegre
está instalado nas antigas dependências da Fábrica de Porcelanas de Vista Alegre e nele se mostra, nas suas centenares de peças, a longa tradição do artesanato do barro e a cerâmica na população.
Também se exibem os desenhos, os livros e os aparelhos com os que se realizavam as peças. Foi inaugurado no ano de 1947 e actualmente é um dos lugares mais visitados da cidade.
A Capela de Nossa Senhora da Penha de França
também conhecida como Capela da Vista Alegre, foi construída no século XVII e encontra-se integrada no conjunto arquitectónico que forma a Fábrica de Porcelanas de Vista Alegre.
É uma capela maneirista de planta longitudinal decorada com pinturas e azulejos do século XVIII, no seu interior encontra-se o túmulo do Bispo D. Manuel de Moura.
Na sua fachada, com elementos barrocos, destacam-se as duas torres sineiras situadas a cada um dos seus lados. Está classificada como Monumento Nacional desde o ano de 191
CAUTAVA
CAVALHEIRA
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Olá
ResponderExcluirSó duas correcções não é "cautava" mas sim "coutada" e não é "cavalheira" mas sim "carvalheira".
Cumprimentos