rEGIÃO CENTRO
SUB REGIÃO BAIXO MONDEGO
DISTRITO COIMBRA
CIDADE MONTEMOR – O - VELHO
FREGUESIA Tentúgal
Brasão:
Escudo de ouro, pinheiro arrancado de púrpura, folhado de verde; em campanha, um corvo de negro, animado de vermelho e realçado de prata. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco, com a legenda a negro: "TENTÚGAL".
Bandeira:
Esquartelada de negro e amarelo. Cordão e borlas de ouro e negro. Haste e lança de ouro.
Selo:
Nos termos da Lei, com a legenda: "Junta de Freguesia de Tentúgal - Montemor-o-Velho".
História
Situada numa planicie com algum declive para oriente, ocidente e sul, por onde, a pouca distância, confronta com os Campos do Mondego. Fica a nordeste de Coimbra e é caminho obrigatório entre esta cidade e a da Figueira da Foz.
Serve-a uma das mais lindas estradas do Pais, ora serpeando entre colinas cobertas de umbrosa vegetação, ora espreguiçando-se no doce plano dos Campos do Mondego.
As ruas da vila são largas e possue três espaçosos largos: - o Rossio, o do Ribeiro e o da Chieira ( este de forma triangular,o mais importante no qual se realizam as feiras ) além da pequena praça da Olaia. Apesar da decadência que a vila começou a sofrer nos fins do século XVIII, ainda vale bem a pena, àqueles que tem o culto da Arte, virem ate Tentúgal ou aqui fazerem uma paragem para admirar o antigo solar dos duques do Cadaval, algumas fachadas de casas fidalgas,a Igreja Matriz e a daMisericordia, o antigo convento das freiras Carmelitas com a sua Linda igreja, a Tôrre do Relógio, que fazia parte do castelo ou dos Paços do Concelho,
além de portais a vãos de janelas, cheias de elegância e graciosidade, varandas e escadas exteriores, cimalhas, esgrafitos, chaminés e cantos, telhados ornamentados de abóboras que nem por serem singelos deixam de possuir beleza.
Tentúgal, terra de recordações, tem ainda, a dar-lhe fama, os seus magníficos pastéis de grande aceitação nacional, herança deixada pelas antigas freiras Carmelitas, de excelente recheio e óptimo folhado, e que fazem a delícia do viajante que obrigatoriamente pára na antiga Tia Conceição e ali os come, quase sempre regando-os com o delicioso e aromático vinho branco de que esta região é pródiga.
0 Livro de testamentos, do convento de Lorvão, diz-nos que no ano de 954 recebe o mosteiro lorvanense, por doação testamentária de Rodrigues Abulmundar, na vila de Tentúgal campos de cultura .
O referido livro, no mesmo século, ensina-nos mais:
- « Os fâmulos de Deus - Bahri e Trunquilli, doaram a este mosteiro, no ano de 980, uma herdade em Taveiro e duas igrejas, uma de S. Pedro e S. Miguel, em Tentúgal e outra em Santa Eulália, na vila do Arquanio».
Nos fins do reinado de D. Afonso VI, de Castela, edificou ou reedificou o nosso conde D. Henrique a vila de Tentúgal por ordem do sogro, como consta do foral dado pelo conde à povoação, em 1108. O foral diz expressamente que o sogro de D. Henrique mandou que este edificasse e construísse a vila; mas no testamento do conde D. Sesnando, escrito em 1087, diz-se que povoou a vila de Tentúgal, herdada dos seus antepassados.
Do conjunto das duas afirmações tem de se admitir - e é essa a opinião do Dr. José leite de Vasconcelos - que o conde D. Henrique não a edificasse propriamente, mas sim a tivesse reedificado, quer para a melhorar nas suas defesas, quer por ela ter sido arrasada pelos árabes em alguma incursão posterior à vida de D. Sesnando. E, de facto, este conde moçárabe e governador do território de Coimbra, levantou da completa ruína vários castelos da região, fazendo simultaneamente o repovoamento de muitas terras, entre elas a da sua naturalidade - Tentúgal.
D. Sesnando foi, pois, quem repovoou o lugar e edificou ( 1087 ) o seu castelo; mas foi o conde D. Henrique que o reconstruiu a certamente o ampliou. Das obras henriquinas resta apenas, diz-se, uma velha tôrre, conhecida pela Tôrre do Relógio que, provavelmente, devia ter sido a tôrre de menagem. Acerca desta, diz-nos, em 1721 o Padre Luiz Cardoso:
Nos fins do reinado de D. Afonso VI, de Castela, edificou ou reedificou o nosso conde D. Henrique a vila de Tentúgal por ordem do sogro, como consta do foral dado pelo conde à povoação, em 1108. O foral diz expressamente que o sogro de D. Henrique mandou que este edificasse e construísse a vila; mas no testamento do conde D. Sesnando, escrito em 1087, diz-se que povoou a vila de Tentúgal, herdada dos seus antepassados.
Do conjunto das duas afirmações tem de se admitir - e é essa a opinião do Dr. José leite de Vasconcelos - que o conde D. Henrique não a edificasse propriamente, mas sim a tivesse reedificado, quer para a melhorar nas suas defesas, quer por ela ter sido arrasada pelos árabes em alguma incursão posterior à vida de D. Sesnando. E, de facto, este conde moçárabe e governador do território de Coimbra, levantou da completa ruína vários castelos da região, fazendo simultaneamente o repovoamento de muitas terras, entre elas a da sua naturalidade - Tentúgal.
D. Sesnando foi, pois, quem repovoou o lugar e edificou ( 1087 ) o seu castelo; mas foi o conde D. Henrique que o reconstruiu a certamente o ampliou. Das obras henriquinas resta apenas, diz-se, uma velha tôrre, conhecida pela Tôrre do Relógio que, provavelmente, devia ter sido a tôrre de menagem. Acerca desta, diz-nos, em 1721 o Padre Luiz Cardoso:
... que mostra a tôrre haver sido de observação, antigamente, a segundo a tradição vulgar foi fabricada«pelos mouros. É admirável a dureza do seu material porque sendo muito delgadas as paredes ea uma altura considerável se acha sem o menor sinal de ruína, sustentando dois sinos, um da Câmara a outro do relógio ».
E assim e : - a-pesar-de terem passado mais de três séculos, depois da descrição do estudioso investigador, a torre continua a desafiar o tempo e a dominar o casario da antiga pátria de D. Sesnando . A porta da tôrre é gótica, no género das portas laterais da Igreja Matriz a duma outra da igreja da Povoa.
Em documentos antigos, aparecem referencias a umas estrebarias do infante D. Pedro, duque de Coimbra, no sitio, pouco mais ou menos, do largo da Olaia, por detrás da Torre do Relógio. A gente antiga diz que havia ali, no século xrx, umas casas muito velhas com uma janela manuelina, semelhante a outra da casa dos Forjaz de Sampaio, edifício esse que a tradição afirma ter sido o palácio de D. Sesnando.
O bispo D. Paterno doou a igreja de S. Miguel de Mirlaos, entre outras, metade da vila de Tentúgal (r),que é confirmada quando da morte do antiste, em 1087, que assevera ter povoado, entre outras, a vila de Tentúgal. A dar-se cr6dito ao que D. Paterno diz - e deve dar-se - o povoamento foi um repovoamento.
Convento da ordem das Carmelitas
Em documentos antigos, aparecem referencias a umas estrebarias do infante D. Pedro, duque de Coimbra, no sitio, pouco mais ou menos, do largo da Olaia, por detrás da Torre do Relógio. A gente antiga diz que havia ali, no século xrx, umas casas muito velhas com uma janela manuelina, semelhante a outra da casa dos Forjaz de Sampaio, edifício esse que a tradição afirma ter sido o palácio de D. Sesnando.
O bispo D. Paterno doou a igreja de S. Miguel de Mirlaos, entre outras, metade da vila de Tentúgal (r),que é confirmada quando da morte do antiste, em 1087, que assevera ter povoado, entre outras, a vila de Tentúgal. A dar-se cr6dito ao que D. Paterno diz - e deve dar-se - o povoamento foi um repovoamento.
Convento da ordem das Carmelitas
Começada a obra a 16 de Julho de 1560, no dia 15 de Maio de 1565 entravam nele as primeiras religiosas, vindas do convento da Esperança, de Beja. Foi mandada reconstruir pelo infante D. Pedro, duque de Coimbra e senhor donatário da vila, no ano de 1420 ; anteriormente, já nela havia reitor a pagava dízimos ao bispado, ao mosteiro de Ceiça e ao pároco, que era obrigado a reparar o templo e a manter a hospitalidade - como mandavam os sagrados cânones. A doação ao mosteiro de Ceiça foi feita por D. Diniz, em 1288, e nela se verifica ser a igreja chamada de Santa Maria de Mourão. Da sua bonita a alegre igreja, de uma só nave a do mesmo século, destaca-se - além do seu lindo e elegante pórtico, encimado por uma escultura de S.Teresa de Ávila, datada de 1633 - a sua abóbada de pedra de Ançâ. A capela-mor, com azulejos do século XVII, é dividida da igreja por uma balaustrada com incrustações de metal, boa obra de tornearia seiscentista. Também é interessante, embora de somenos importância, o portal de entrada do convento, sobre o qual se destaca um nicho bem cinzelado, contendo a imagem de N. S. do Carmo. Igreja Matriz O bispo de Coimbra, D. Américo, falecido no ano de 1295 - ilustre sacerdote francês da Aquitânia e notabilíssimo mestre de D. Diniz - instituiu nela uma vigararia perpétua, que entraria em exercício pelo falecimento do seu reitor. Figurava, a igreja, no Catálogo de todas as igrejas, comendas e mosteiros que havia nos anos de 1320 1321, já então vigararia, com a lotação de 120 libras anuais. E notável o seu fabrico, embora não seja hoje, precisamente, o que era no meado do século XV, pois nela se vê obra dos dois séculos seguintes. O estilo, no seu interior, é da Renascença, à excepção da capela do Santíssimo. O retábulo da capela-mor, cuja data da construção (1545) está numa pilastra, do lado direito do sacrário, é, possivelmente, da autoria de artistas de João de Ruão. E um dos mais notáveis da região, já pela grandeza arquitectónica, já pelos dois admiráveis baixos relevos ( representando S. Pedro a S. Paulo, colocados ao lado do sacrário ) já pela grandeza da formosíssima imagem de N. S. do Pilar, vulgarmente conhecida por N. S. do Mourão, que ocupa o centro do retábulo, e que pertence à primeira metade do século XV. A virgem pertence ao tipo das Virgens erectas parentes das virgens Francesas pelo véu que se destaca da coroa de rainha, a inclinação ligeira da bacia, o manto puxado em caneluras para o quadril, pormenores e atitude que a fazem aproximar da Virgem dourada de Amiens a de outras virgens de marfim do seculo XIII É um tipo consagrado que vamos encontrar na nossa imaginária até ao século XVI e que pela sua persistência em períodos já adiantados, mantém um sabor de arcaísmo, como que uma ingenuidade tardia, onde os dedos do escultor se comprazem Rapidamente vamos fazer passar o leitor pelas capelas. Ao lado da capela-mor a com a mesma frente, abrem-se duas outras, secundárias. A da direita, a mais notável,. é o padre Luiz Cardoso que no-la vai descrever « É duma arquitectura estranha entre gótica a rústica, tem em seu retábulo, em lugar das colunas, quatro secções de cilindros iguais, sobrepostos, a uma cruz grande quadrangular de uma s6 pedra. Por baixo da cruz, o Sacrário, que é da mesma pedra, muito bem trabalhado de meio relévo. Os lados exteriores da capela são de grandes pedras unidas e quase. todo o pavimento, consiste também numa só pedra. A abóbada a arco são admiráveis e fora do comum . Na parede exterior da capela está a seguinte inscrição : - « O Dr. Diogo Nunes mandou fazer esta capela no ano de 1575 Tem belos azulejos da época. Do lado oposto, fica a de Jesus, em boa Renascença, como as restantes, a nela se encontra esta legenda, por baixo das armas dos Farias e Barros : - « Esta capela mandaram fazer à sua custa, Cristovam de Faria Amorim, fidalgo da antiga a nobre geração dos Farias, a sua mulher Maria de Barros Galvoa... Da parte do Evangelho encontram-se mais duas capelas : --- a da Senhora da Boa Morte, onde está um retábulo pintado do século XVII, dedicado a S. Miguel ; e a do Espírito Santo, actualmente de Santo António, com inscrição das datas de 1580 e 1768, indicando a sua construção e reconstrução. Mais duas outras capelas laterais existem do lado da Epístola : - da Senhora da Rosa ou da Paz, que tem a data de 1616 ; e a de N. S. da Conceição, na qual se vêem gravados estes dizeres : - « Esta capela mandou fazer Jorge Lopes Gavicho á sua custa para si, sua mulher, filho a descendente com missa cotidiana, ano de 1632 .O chão da igreja é de lages entremeadas de túmulos. Na fachada da igreja há a notar o magnífico a bem lançado pórtico em ogiva e a grande rosácea, além de duas portas góticas - uma do lado norte a outra do :lado sul, esta, porém, entaipada. Ao lado, a tôrre sineira, à qual uma escada exterior dá pitoresco e nos conduz a uma outra porta gótica. Na parte superior da tôrre, abrem-se duas janelas de arcaria, para sinos, uma delas possuindo, na parte de dentro, também uma arcaria gótica ; é ameada e tem uma cúpula rematada por um cata-vento. Igreja da Misericordia É uma vasta construção, que tem anexa a casa do despacho a outras dependências, em puro estilo Renascença dos fins do século XVI a princípios do XVII O altar-mor da igreja desta instituição (da autoria de Tomé Velho) destaca-se ao fundo da sua ampla nave, assente sobre uma tribuna, à qual dão acesso duas elegantes escadarias laterais, de pedra, tendo estas e a tribuna uma magnífica a bem trabalhada balaustrada, boa obra de tornearia seiscentista . Sob a tribuna, há um grupo escultórico, do mesmo século e dos mesmos artistas, representando uma deposição no túmulo : - O Senhor morto e, a velarem-no, sete bustos que formam um círculo de ternura. Toda a altura e largura da nave está ocupada por um bom retábulo, escultura em pedra de Ançã, dos fins do século XVI, de estilo Renascença, no entanto menos rico que o da igreja matrìz. São trabalhos da escultura coimbrã, idêntica aos da igreja da Misericórdia de Montemor. Há a notar, também, uma outra tribuna lateral datada de I694, tendo, na frente, quatro singelas mas elegantes colunas jónicas a um gradeamento de ferro batido. Na fachada, o pórtico que é um verdadeiro mimo de arte da época : renascentista, se acham, ladeando o portal, o anjo inspirador da rainha D. Leonor a esta soberana com trajes da corte, em atitude votiva. Ambas as esculturas estão apoiadas em elegantes mísulas a encimadas por dois rendilhados dóceis. |
Capela N.S. dos Olivais
No século XVI, andava certa pastorinha, um dia, por aqueles olivais, que davam fraco pasto, a apascentar as suas ovelhas. Aparece-lhe Nossa Senhora a ordenar-lhe que fosse à vila a dissesse aos moradores que a Mãe de Deus lhe aparecera a que a fossem buscar. A pastorinha cumpriu a missão a trouxe muito povo, que viu a imagem da Virgem, mas não a tocou, por medo a respeito. Foram, de seguida, dar parte à gente grada a ao pároco, que com eles vieram, substituindo a N. S. da Encarnação pela nova imagem que, como a ermida, passou a ser designada por N. S. dos Olivais.
Mas parece que a nova padroeira não ficou muito satisfeita com a resolução, porque fugiu três vezes, sendo outras tantas conduzida . para a antiga capela de N. S. da Encarnação... Na última vez, porém, ficou, certamente condoída do bom povo ; e desde então ali está - há uns 400 anos - onde tem sido pródiga de milagres. É isto que nos conta frei AGOSTINHO.
A capela, que é servida por uma boa estrada marginada de oliveiras, é grande a conserva, no interior, a traça da sua reconstrução quinhentista : - tecto de pedra abobadado, com caixotões simples a altares a retábulos também de pedra. Na frontaria, o mau gosto duma reconstrução do século XIX tirou-lhe o aspecto amigo ; porém, ainda conserva as colunas que pertenciam ao alpendre.
Mas parece que a nova padroeira não ficou muito satisfeita com a resolução, porque fugiu três vezes, sendo outras tantas conduzida . para a antiga capela de N. S. da Encarnação... Na última vez, porém, ficou, certamente condoída do bom povo ; e desde então ali está - há uns 400 anos - onde tem sido pródiga de milagres. É isto que nos conta frei AGOSTINHO.
A capela, que é servida por uma boa estrada marginada de oliveiras, é grande a conserva, no interior, a traça da sua reconstrução quinhentista : - tecto de pedra abobadado, com caixotões simples a altares a retábulos também de pedra. Na frontaria, o mau gosto duma reconstrução do século XIX tirou-lhe o aspecto amigo ; porém, ainda conserva as colunas que pertenciam ao alpendre.
Torre do Relógio
Fez parte do castelo e dos Paços do Concelho
Gastronomia
Pasteis de Tentugal
São pastéis finos cujo recheio, muito doce, é compensado pela massa sobre o insosso que o envolve.
TEMPO DE PREPARAÇÃO:
TEMPO DE PREPARAÇÃO:
2 h. 15 min.
TEMPO DE COZEDURA:
TEMPO DE COZEDURA:
15 min.
INGREDIENTES (12 PASTÉIS)
1 kg de farinha
5 dl de água
Manteiga,
5 dl de água
Manteiga,
ovos moles em creme
Canela
açúcar em pó q.b.
MODO DE PREPARO
1. Amasse a farinha com a água até o preparado ficar macio.
2. Deixe depois repousar alguns minutos.
3. Sobre uma mesa de madeira estenda, bem esticado, um cobertor de lã e sobre este, também bem esticada, uma toalha.
4. Deite então a massa sobre a mesa assim preparada a estenda-a o mais fino possível, da grossura de uma folha de papel de seda.
5. Corte-a em rectângulos de 16 cm de comprimento por 8 cm de largura e vá-os passando para um tabuleiro untado com manteiga derretida em banho-maria.
6. Sobreponha 5 ou 6 rectângulos para formar o folhado, não sendo necessário untar o último.
7. No centro, introduza uma porção de ovos moles;
8. enrole os folhados em forma de travesseiro, vire para cima as extremidades a amolgue-as com o polegar e o indicador.
9. Coloque os pastéis em tabuleiro untado com manteiga a leve-os ao forno a cozer e a corar levemente.
10. Depois de prontos, polvilhe-os com canela e açúcar em pó.
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