quinta-feira, 10 de março de 2011

FREGUESIA DE LORVÃO

REGIÃO               CENTRO
SUB  REGIÃO   BAIXO MONDEGO
DISTRITO         COIMBRA
CIDADE            PENACOVA
Freguesia  Lorvão


Brasão: escudo de ouro, loureiro arrancado de verde com o tronco vazado do campo, entre dois maços de três palitos de Lorvão, de negro, realçados de prata e atados de vermelho; pé ondado de azul e prata de três tiras. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco, com a legenda a negro: «LORVÃO».


Bandeira: esquartelada de verde e amarelo. Cordão e borlas de ouro e verde. Haste e lança de ouro.
Selo: nos termos da Lei, com a legenda: «Junta de Freguesia de Lorvão - Penacova».
Padroeira: Nossa Senhora da Esperança; População: 4.212 habitantes; Eleitores: 3.476; Actividades Económicas: Indústria de Palitos, Agricultura, Construção Civil; Gastronomia: Chanfana, Lampreia de Ovos de Lorvão, Pastéis de Lorvão, Barrigas de Freira e Beijinhos de Lorvão; Artesanato: Palitos de pá e bico; Feiras: Feira do Lorvão - último Domingo de cada mês.

Esta freguesia está situada no extremo sudoeste do concelho, em vale profundo e de exuberante vegetação, na margem direita do rio Mondego; dista sete quilómetros da vila de Penacova. Ocupa uma área de 28,3 km2 . Lorvão é sem dúvida a mais rica de todas as freguesias do concelho de Penacova.
Apesar de este vale já ser provavelmente habitado na época neolítica, de existirem vestígios do período luso-romano e de ser uma das raras paróquias que no séc. VI formaram a diocese conimbricense, Lorvão deve a sua celebridade ao mosteiro que aqui se veio instalar nos alvores da Idade Média.

Da protecção ao mosteiro, que de espiritual passou também a social, económica e até política, no tempo de D. Sisnando, após a reconquista de Coimbra, desenvolveu-se a povoação de Lorvão, cujos habitantes encontravam trabalho nas vastas propriedades conventuais, beneficiando ainda de condições de defesa em caso de ataque do inimigo.


Por volta de 1200 o Mosteiro foi reformado para a Ordem de Cister, por D. Teresa, filha de D. Sancho I. A congregação passou então a ser feminina.
Na longa história de Lorvão, contam-se vários períodos de esplendor, como os que coincidiram com as abadessas D. Catarina d´Eça e D. Bernarda de Alencastre, no séc. XVI, e D. Bernarda Teles de Meneses e D. Teresa Luzia de Carvalho, no séc. XVIII.

Foi a Revolução de 1820 que provocou a decadência da comunidade, dando origem à depradação de todas as riquezas acumuladas durante séculos.
Lorvão separa-se do seu Mosteiro pela pequena ribeira que corre ao fundo do Vale.
Dele ficaram marcas indeléveis no viver das suas gentes, onde antigas tradições têm conseguido resistir ao passar dos séculos.

Para além de pinturas, cerâmica e mobiliário dos séculos XVII e XVIII, destacam-se um tapete persa e as esculturas de S. Bento e S. Bernardo, da época manuelina, além de um Cristo do século XV.
Em termos paisagísticos, pode-se desfrutar das belezas do Rio Mondego, Serra da Aveleira, Ribeiras de Lorvão , Arcos e Vale Bom.
Na área desportiva, Lorvão tem como principais equipamentos dois campos de jogos, um de maior e outro de menor dimensão, os quais têm grande actividade graças às iniciativas desenvolvidas pelas diversas colectividades locais, como é o caso da União Desportiva Lorvanense, a Associação Desportiva de S. Mamede, o Futebol Club de Paradela, o Grupo Desportivo de Foz do Caneiro.

Em termos culturais também existe uma intensa actividade, principalmente ao nível etnográfico, existindo em Lorvão, diversos grupos folclóricos, como é o caso do Grupo Etnográfico de Lorvão, o Rancho Folclórico "As Paliteiras de Chelo"e o Rancho Folclórico Juventude do Roxo.
Não esquecendo ainda o papel importante desempenhado por colectividades como a Associação Pró-Defesa do Mosteiro de Lorvão, a Filarmónica Boa Vontade Lorvanense, a União Popular de Rebordosa ou a União Popular e Cultural de Chelo.
Outras Associações:
Centro Cultural Recreativo do Roxo; Associação Recreativa da Aveleira; Associação Recreativa de Paradela; Grupo Desportivo Foz do Caneiro; Centro Social e Paroquial de Lorvão; Associação Apoio a Jovens e Idosos de S. Mamede.
Este Executivo encontra-se há um mandato. As principais obras realizadas foram a recuperação do Jardim de Lorvão, arruamentos, Largo da Feira, estradas e recintos escolares.
As maiores dificuldades com que a autarquia se depara são a falta de financiamentos, falta de mão de obra, falta de disponibilidade das empresas, falta de máquinas e equipamentos, falta de apoio em projectos.

A igreja actual, no estilo Joanino de Mafra, é uma magnífica construção do século XVIII (1748-1761).

Gastronomia
Pasteis de Lovrão

IngredientesReceita para 36 pastéis
  • 500 g de açúcar
  • 2 dl água
  • 250 g de miolo de amêndoa moída grosseiramente com ou sem pele ou ralada fina
  • 2 colheres (sopa) de farinha
  • 50 g de manteiga
  • 10 gemas
  • 4 claras
  • raspa de limão
  • 1 colher (chá) casaca de canela
  • manteiga ou margarina (para untar)
  • farinha (para polvilhar)
Modo de Preparo
1.  Misture a água com o açúcar, leve ao lume e deixe ferver até atingir o ponto de bola mole.
2.  Deixe amornar. Junte-lhe a amêndoa, a manteiga
e a farinha, mexa bem até borbulhar, retire e deixe arrefecer um pouco.
3.  Entretanto, unte forminhas com manteiga (ou margarina) e polvilhe-as com farinha.
4.  Estando morna, junte à massa as gemas, as claras em castelo, a raspa de limão e a canela.
5.  Deite nas formas,enchendo até 3/4 da altura e leve a cozer em forno a 160 ºC, durante cerca de 30 minutos. retire e sirva em caixinhas de papel plissado.









No seu interior, merecem especial atenção a porta de entrada, de pau-preto, com aplicações de bronze douradas; as grandes telas de Pascoal Parente, representando S. Bernardo e S. Bento, colocadas nos altares, sob o impressionante zimbório; a grade de ferro forjado com aplicações de bronze dourado e o órgão neoclássico, de duas fachadas, que lhe está sobreposto.

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