SUB REGIÃO PINHAL INTERIOR
DISTRITO LEIRIA
CIDADE LEIRIA
FREGUESIA COIMBRÃO
Heráldica
Escudo de azul, uma folha de serra, de prata, posta em barra, acompanhada em chefe de uma pinha com suas agulhas, de ouro e, em ponta, de um barco do Pedrogão, de prata, realçado de vermelho, voltado e vogado sobre um mar ondeado de prata e verde. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: "COIMBRÃO-LEIRIA"
O historiador Luciano Justo Ramos, relativamente à origem do topónimo afirmou que "O Coimbrão tirou o seu nome de um antigo casal, cuja jurisdição, pertenceu, no passado remoto, à Sé de Coimbra e também ao Mosteiro de Santa Cruz, daquela cidade. É mesmo de concluir que, da dependência para com tal Sé ou Mosteiro, provenha o topónimo Coimbrão. Recorde-se, por exemplo, que o caminho para Coimbra tem, no foral de Leiria, de 1510, o nome de caminho Coimbrão".
Historia
A Freguesia de Coimbrão situa-se na parte mais Ocidental do Concelho de Leiria, confinando com as de Carvide, Vieira de Leiria, Monte Redondo e Guia, e dista, aproximadamente, 23 quilómetros da sua sede concelhia.
Ocupando uma área de cerca de 51 quilómetros quadrados, encontra-se fortemente irrigada pelo rio Lis e afluentes Fora e Negro.
Detentora de um considerável património natural, como é exemplo a Lagoa da Ervedeira, em pleno Pinhal do Rei, e banhada pelo Atlântico, numa zona costeira onde se enquadra a Praia de Pedrogão, a única do Concelho, não esquecendo as casas populares-típicas, principalmente na sede da freguesia, desde sempre o Coimbrão exerceu um forte poder atractivo sobre quem o visita.
É desconhecida a data em que as actuais terras desta freguesia começaram a ser habitadas, mas não será um erro supor que a ocupação humana tenha surgido com ligação ao campo do vale do Lis, outrora propriedade real até D. Afonso V e, depois pertença dos fidalgos até à criação da Casa do infantado em 11-08-1654, pelo Rei D.João IV, a favor do seu filho o Infante D. Pedro, mais tarde D. Pedro II. O Vale do Lis fazia parte da Casa do Infantado, cujos rendimentos se destinavam aos filhos reais não príncipes.
Ao fundo da povoação, á entrada do campo, encontra-se, ainda hoje, o Marco do Infantado, escurecido pelos séculos e algumas vezes banhado pelas cheias, continua a manter a sua serenidade. Este pequeno marco quase esquecido, terá assinalado os limites de tal senhorio, contando mais de 300 anos. Desfeita a Casa do Infantado, no século XIX, este conservou-se até aos nossos dias.
Ocupando uma área de cerca de 51 quilómetros quadrados, encontra-se fortemente irrigada pelo rio Lis e afluentes Fora e Negro.
Detentora de um considerável património natural, como é exemplo a Lagoa da Ervedeira, em pleno Pinhal do Rei, e banhada pelo Atlântico, numa zona costeira onde se enquadra a Praia de Pedrogão, a única do Concelho, não esquecendo as casas populares-típicas, principalmente na sede da freguesia, desde sempre o Coimbrão exerceu um forte poder atractivo sobre quem o visita.
É desconhecida a data em que as actuais terras desta freguesia começaram a ser habitadas, mas não será um erro supor que a ocupação humana tenha surgido com ligação ao campo do vale do Lis, outrora propriedade real até D. Afonso V e, depois pertença dos fidalgos até à criação da Casa do infantado em 11-08-1654, pelo Rei D.João IV, a favor do seu filho o Infante D. Pedro, mais tarde D. Pedro II. O Vale do Lis fazia parte da Casa do Infantado, cujos rendimentos se destinavam aos filhos reais não príncipes.
Ao fundo da povoação, á entrada do campo, encontra-se, ainda hoje, o Marco do Infantado, escurecido pelos séculos e algumas vezes banhado pelas cheias, continua a manter a sua serenidade. Este pequeno marco quase esquecido, terá assinalado os limites de tal senhorio, contando mais de 300 anos. Desfeita a Casa do Infantado, no século XIX, este conservou-se até aos nossos dias.
O povoamento do território que hoje pertence a esta freguesia, estava integrado no Souto da Carpalhosa. Para lá iam os mortos do Coimbrão e lá se faziam os casamentos e baptizados.
Em 1589 Monte Redondo tornou-se independente do Souto pela mão do Bispo D. Pedro de Castilho, ficando os habitantes do Coimbrão sujeitos a essa freguesia vizinha, mas não tardou que o bairrismo do povo ocidental começasse a trabalhar para obter também a sua independência, que o Bispo de Leiria D. Dinis de Mello lhe concedeu em 1636.
Em 1589 Monte Redondo tornou-se independente do Souto pela mão do Bispo D. Pedro de Castilho, ficando os habitantes do Coimbrão sujeitos a essa freguesia vizinha, mas não tardou que o bairrismo do povo ocidental começasse a trabalhar para obter também a sua independência, que o Bispo de Leiria D. Dinis de Mello lhe concedeu em 1636.
Lendas e Tradições
Para além destas festas de cariz religioso, organizam-se outras de cariz mais cultural, como a Festa da BJC2 - Brigada Jovem da Comunidade do Coimbrão, no primeiro fim-de-semana de Agosto;
o Festival de Folclore, organizado pelo Rancho Folclórico Flores do Verde Pinho, durante o mês de Julho, a data é variável; o Festival Gastronómico do Coimbrão, em Junho, data variável;
o Festival da Sardinha, na Praia de Pedrogão, no final de Junho e início de Julho, com animação musical, mostra de artesanato e tasquinhas e o Concurso de Pesca de Mar, levado a cabo pelo Clube de Pesca Desportiva da Praia de Pedrogão, sendo este realizado em Março
DANÇAS E CANTARES:
Fazem parte da memória dos mais velhos, os serões bem passados com os viras. Antes da criação do rancho, existiam grupos desorganizados que animavam os trabalhos de campo, mondas, sachas, debulhadas, escamizadas, desfiadas, retalhadas, afiadas, festas dos santos padroeiros, romarias, serões de noivos e festas de Carnaval. Estas modas são, atualmente, recuperadas pelo Rancho Folclórico do Coimbrão.
TRAJES CARACTERÍSTICOS:
De acordo com documentos antigos desta região, recuperam-se os trajes de trabalho, e o domingueiro, de levar à missa, festas e de romarias. O traje da mulher era caracterizado por saias franzidas, com muita roda e compridas, em xadrez, de fazenda ou chita; e blusas, justas ao corpo, de manga comprida, sem decotes, rendas e bordados eram utilizados para adornar as blusas.
Também usavam o avental, o de todos os dias, geralmente de riscado e simples e os aventais dos domingos e dias de festa, eram um pouco mais elaborados ou por vezes bordados. Faziam ainda parte do traje da mulher os canos, que são uma espécie de meia sem pé, feitos em lã, e um chapéu preto, forrado de veludo, que era usado sobre um lenço. Como adorno a mulher usava apenas um cordão e brincos de ouro.
O traje do homem era composto por camisa, que era usada por baixo do colete e tinha um peitilho redondo ou quadrado e ceroulas confeccionadas geralmente em riscado, eram abertas nas perneiras e atadas com atilhos. Usados até meados do século XX, estes trajes podem ser, actualmente, apreciados nas manifestações etnográficas locais.
JOGOS E BRINCADEIRAS TRADICIONAIS:
De acordo com as memórias dos mais velhos, recuperam-se alguns brinquedos que povoam a memória dos nossos pais e avós como as "galgas" e os "piões" manufacturados em madeira. Fazem parte das recordações da infância de muitos, alguns jogos como por exemplo, o das "5 pedrinhas", "o bicho", "os 4 cantinhos", entre outros.
Na década de quarenta, no tempo livre ou nas tardes de domingo, os homens agrupavam-se nas tradicionais tabernas, onde frequentemente jogavam ás cartas, também era usual que á porta das tabernas houvesse o jogo do "chinquilho".
Na década de quarenta, no tempo livre ou nas tardes de domingo, os homens agrupavam-se nas tradicionais tabernas, onde frequentemente jogavam ás cartas, também era usual que á porta das tabernas houvesse o jogo do "chinquilho".
Associações e Coletividades
A pesca representada pelo barco típico da Praia do Pedrógão, a agricultura onde se pode ver um carro de bois puxado por uma junta de vacas e a serragem de madeira com uma Serra Braçal puxada por dois homens um em cima do toro e outro por baixo.
Fundado em 3 de Abril de 1960, o Rancho "Flores de Verde Pinho" do Coimbrão representa o folclore do norte do Concelho de Leiria ( Alta Estremadura).
É membro da Federação do Folclore Português, está inscrito no INATEL e é apoiado pela Junta de Freguesia do Coimbrão e Câmara Municipal de Leiria.
Sendo o rancho mais antigo do Concelho, obteve o 1º Prémio de Traje no Festival da Feira Anual de Leiria e foi galardoado com a Medalha de Prata da Cidade pela sua dedicação ao serviço da cultura
Tem participado em vários Festivais Nacionais e Internacionais por todo o pais e algumas vezes no estrangeiro, sendo o organizador do Festival Anual de Folclore do Oeste e de várias recolhas e exposições da cultura da Região.
Tem participado em vários Festivais Nacionais e Internacionais por todo o pais e algumas vezes no estrangeiro, sendo o organizador do Festival Anual de Folclore do Oeste e de várias recolhas e exposições da cultura da Região.
Possui gravações em CD e cassete das suas musicas e cantares.
Patrimonio
nave central com as imagens de São Miguel Arcanjo, São João Baptista, Nossa Senhora do Rosário, Santo António e Nossa Senhora de Fátima e na capela as imagens de São José e Santa Luzia - Coimbrão
com as imagens de Nossa Senhora da Nazaré e S. Tiago - Ervedeira
Capela Nossa Senhora dos Aflitos
e sua imagem - Pedrógão
em pleno pinhal do rei, onde a pesca foi explorada. Podiam encontrar-se ruivacos, carpas e sabogas, no entanto estes peixes foram desaparecendo. Segundo se consta, em meados do século passado, algum produto químico teria morto quase a totalidade dos peixes, que foram apodrecendo nas margens, no seu lugar foram colocados achigans, peixe carnívoro e carpas, que ainda hoje abundam na Lagoa. Os habitantes da Ervedeira utilizando cestos, narsas e enchalavadas (utensílios feitos pelos homens do Pedrogão que serviam para a pesca) pescavam na Lagoa e iam vender, pelas portas, o peixe à xícara. Actualmente, lá pratica-se pesca desportiva e desporto à vela.
a única do concelho. Em 1835, dois lavradores abastados do Coimbrão, decidiram montar uma campanha (grupo de pescadores) num extenso areal, iniciando a exploração industrial da sardinha. Não havia casas, nem ruas. Só pedras e dunas. Para movimentar o barco, procuraram 40 homens nas praias mais a Norte. Esses pescadores fixaram-se e fizeram as suas barracas de madeira muito rudimentares. Foram estes os primeiros habitantes do Pedrogão. Era uma gente pobre, um estatuto que poucas alterações sofreu ao longo de muitos anos. Os pescadores utilizavam uma das artes mais antigas de que se tem conhecimento, a xávega, com esbeltos barcos em forma de meia lua, estas embarcações eram a remos. Com o passar do tempo as campanhas sucediam-se, e no início do século, aquela praia passou a ser uma das maiores abastecedoras de peixe da região.
O PINHAL E A LAGOA
Pinhal de Leiria está situado a norte de Leiria, na Mata Nacional do Urso, constituindo uma das maiores manchas naturais da região centro. Em Portugal, o pinhal de Leiria foi marcou o início da plantação intensiva de monocultura do pinheiro bravo.
Foi D. Afonso III no século XIII que deu início à plantação dos pinheiros. No entanto é com D. Dinis que (entre 1279 e 1325) a cultura foi intensificada. Fizeram-se enormes sementeiras para que as dunas da costa não se degradassem. Serviu este pinhal também para a exportação e construção naval que servia interesses comerciais e marítimos do reino.
Sempre que era feito o corte de árvores, havia uma replantação imediatamente a seguir. Esta acção manteve o pinhal praticamente intacto. Durante os séculos XV e XVI. Na altura dos Descobrimentos Marítimos, o pinhal desempenhou um importante papel. A madeira deste pinhal era usada nas embarcações. O pez (alcatrão vegetal extraído dos pinheiros) ajudou na protecção das caravelas.
Em Monte Redondo, no Museu Etnológico, pode-se visitar um dos muitos fornos de pez que existiram no pinhal.
A expansão industrial (nos séculos XVIII e XIX) e o aumento demográfico trouxeram a necessidade de produzir carvão de madeira quer para alimentar os fornos das indústrias metalúrgicas e de vidro, quer para o aquecimento das populações. Em meados do séc. XIX começou a produção de produtos resinosos, nomeadamente com a extracção da goma dos pinheiros.
O pinhal continua ainda hoje como um local de lazer. Actualmente é possível passear dentro do pinhal, aproveitando toda a fragrância aromática que se espalha no ar. A mata é cerrada e permite muitas actividades ligadas à natureza, como passeios de bicicleta ou a pé.
A flora do pinhal é bastante variada. Para além do pinheiro bravo que domina a paisagem, há urzes brancas, fetos arbustivos, lentisco-bastardo, urzes rosadas e rosmaninho. Também são muito comuns à beira do rio Lis exemplares de amieiros, freixos e salgueiros
Mais três pinhais defendem algumas paisagens costeiras: Pinhal do Pedrógão, Pinhal das Dunas do Lis e Pinhal do Concelho, pinhal que envolve as dunas da praia deserta do Fausto.
Para apreciar as verdadeiras dimensões desta mancha de pinhal o melhor é subir ao alto de Pedrógão (pela estrada que liga Coimbrão a Pedrógão) ou então ir pela estrada Lagoa da Ervedeira - Pedrógão, ao morro do Ferreiro. Daí a paisagem assume um verde intenso, com ares de particular silêncio.
Próxima da Mata Nacional do Urso, a Lagoa da Ervedeira apresenta uma extensão de dois quilómetros de areal e vegetação envolvente sem igual. O areal imenso permite passeios e brincadeiras de miúdos. Esta lagoa é muito procurada para a prática de desportos náuticos como o wind-surf.Para apreciar as verdadeiras dimensões desta mancha de pinhal o melhor é subir ao alto de Pedrógão (pela estrada que liga Coimbrão a Pedrógão) ou então ir pela estrada Lagoa da Ervedeira - Pedrógão, ao morro do Ferreiro. Daí a paisagem assume um verde intenso, com ares de particular silêncio.
Gastronomia
São iguarias da região, as Morcelas do Coimbrão (de sangue e arroz). São confeccionadas sobretudo na altura da matança do porco, uma tradição que só algumas famílias mantêm.
Muitos dos utensílios utilizados pelos nossos avós, ou nossos pais foram caindo em desuso, sendo substituídos por outros com efeito mais rápido e eficaz, o cebolão é exemplo disso, era uma arma esguia e aguçada para matar o porco, o chambaril ou o tabuleiro das tripas são outros utensílios que permanecem apenas na memória dos mais velhos. As morcelas têm como ingredientes o sangue e a gordura do porco, arroz e especiarias (cravo, cominhos e sal). Depois de preparada uma massa com estes ingredientes, enchem-se as tripas e vão a ferver num panelão com água.
Depois de cozidas podem servir-se quentes, ou ser colocadas no fumeiro e mais tarde podem acompanhar um cozido à portuguesa. São igualmente deliciosas fritas às rodelas na famosafritada, que é uma outra iguaria da região. Ainda na altura da matança, e aproveitando o resto do preparado das morcelas, eram feitos os Bolos de Morcela, juntado um pouco de canela, farinha e água a ferver, formando uma pasta para moldar e fazer pequenas bolas que iam a cozer na água das morcelas, havia quem pusesse açúcar nestes bolos. Mais tarde faziam-se os famosos torresmos, tão apreciados por todos.
A Broa de Milho é uma outra tradição que só os mais antigos mantêm viva, para a sua confecção é necessário farinha de milho, água tépida e fermento e os utensílios: peneira, masseira,tendeira, pá de forno, um rodo para limpar e retirar a cinza do forno, o vasculho, era um pau com louros que servia também para limpar o forno e claro o forno, onde é cozida a broa.
As Migas, o Bacalhau com Molho de Toucinho e o Robalo Grelhado são outras iguarias características desta freguesia, que ainda hoje podem ser apreciadas nos restaurantes da região.
Fazem parte da confeitaria da região, Arroz Doce, Broa Doce e Filhós, confeccionadas com abóbora menina.
Bacalhau com molho de toucinho
Ingredientes
¼ de pimenta verde, escorrida (45 gramas)
1/3 de azeite (80ml)
3 (sopa) de suco de limão
2 quilos de bacalhau (lombo)
¼
1/3
3
2 quilos de bacalhau (lombo)
Modo de Preparo
1. Deixar o bacalhau de molho em bastante água na geladeira por 48 horas ou mais, trocando a água várias vezes para dessalgar.
2. Verificar se todo o sal foi removido.
3. Retirar a pele e cortar em pedaços de 10 cm.
4. Numa panela grande, colocar o bacalhau, a pimenta verde, o suco de limão e o azeite.
5. Tampar e levar ao fogo alto até ferver.
6. Abaixar o fogo e cozinhar por 20 minutos ou até o bacalhau ficar macio.
Molho de Toucinho
Ingredientes
1 cebola
100 gr de toucinho
40 gr. De manteiga
40 gr. De farinha
,5 l de carldo de carne
Sal q.b.
Louro q.b.
Piripiri q.b.
Modo de Preparo
1. Derrete-se a manteiga e deita-se o toucinho partido aos pedaços e a cebola picada
2. Quando a cebola estalar, tira-se do lume e junta-se a farinha
3. Leva-se de novo ao lume e mistura-se , pouco a pouco, o caldo de carne , que pode ser feito com cubos.
4. Mexe-se sempre
5. Prova-se de sal e junta-se o louro e o piripiri
6. Deixa-se cozer durante 15 minutos aproximadamente, sem nunca parar de mexer
7. Pode-se juntar um cálice de vinho do Porto ou da madeira
8. Serve-se para acompanhar o bacalhau
Artesanato
Para não esquecer a manufactura do passado, permanece viva a arte de artesão, através de cestos de verga em vime, canos de lã, tecidos com quatro ou seis agulhas, que faziam parte do traje da mulher, e os abanadores de penas de gaivota, encontradas na praia. À excepção destes últimos que se confeccionam por encomenda, estes artefactos podem ser adquiridos nas festas, feiras e em casas da especialidade.
Por volta de 1930, estabeleceu-se na Ervedeira uma pequena oficina onde eram manufacturadas passadeiras para o chão, mantas e colchas, utilizando como matéria prima, fio de algodão e retalhos de diversos tecidos. Actualmente este tipo de artesanato não se faz, mas o tear ainda existe, e os trabalhos efectuados pelo artesão encontram-se espalhados por todo o país.
Religião
Como população formada à luz do catolicismo, não podia deixar de o mostrar em obras. Segundo o "Couseiro", havia uma ermida, sinal de devoção dos primeiros habitantes da localidade, de invocação de São Miguel e, porque os areais trazidos pelo vento, da parte do mar, eram muitos, sem pinhais nem vegetação abundante que os sustivessem, até davam, segundo a tradição, o nome de S. Miguel das Areias, ao local. No ano seguinte à criação da freguesia, o bispo diocesano D. Pedro Barbosa de Eça, autorizou que naquela ermida se dissesse missa.
Contentes por terem adquirido independência paroquial, e certamente, por ser pequeno o dito templo, começaram a edificar um de maiores dimensões. Ao ser demolida a igreja que antecedeu a actual, segundo dizem, foi encontrada uma pedra com a data de 1637 gravada. Actualmente não se sabe onde está essa pedra com apreciável valor histórico. Mas sabemos que a igreja era baixa, com tecto de madeira, traves e barrotes à vista, como eram os hábitos portugueses desses tempos.
Dentro da igreja faziam-se os enterramentos. Passados mais de duzentos anos, nos finais do século XIX, verificou-se uma melhoria económica da população local, que se propôs efectuar melhorias no templo, assim, levantaram as paredes, fizeram janelas maiores, alargaram as portas, puseram cantarias nas ombreiras, substituíram o antigo telhado. A velha torre foi também alterada, mantendo-se desde então, até hoje.
Contudo com o passar do tempo, vieram as fendas e temeu-se o desabamento. Nos meados do século XX, após discussões mais ou menos acaloradas quanto a fazer uma nova igreja ou a reconstruir a velha, optou-se por um templo novo, com linhas modernas ao sabor da época e a generosidade do povo residente e ausente levado pelo amor, compreensível à terra natal, custeou todas as despesas, dando realidade a um templo cristão no lugar onde existiu outrora, a primeira ermida de São Miguel, o padroeiro da freguesia do Coimbrão.
É claro que as sepulturas há dezenas de anos se tinham deixado de fazer no chão interior da Igreja, passando a ser cavadas em sua volta, no adro, onde havia dezenas de campas de pedra, com grades de ferro. Em meados do século XX as campas antigas foram brutalmente destruídas, sem ter em conta o respeito pelos antepassados, e sem ter a noção do valor histórico e cultural que estes vestígios poderiam dar a gerações futuras. No início do século passado foi ordenada a construção de um novo cemitério separado da igreja, com a argumentação de anticivil, anticanónico e anti-humanitárias a sua existência junto ao templo cristão, e ainda é o cemitério que serve a freguesia do Coimbrão, desde 1903, ano da sua conclusão.
A origem do topónimo encontra-se relacionada com os primórdios da nacionalidade. A edificação do Castelo de Leiria, em 1135, possibilitou a expulsão dos mouros deste território e o rei D. Afonso Henriques tomando posses destes terrenos, iniciou desde logo, o seu repovoamento com gente vinda sobretudo do Norte de Portugal. Sendo monarca de sentimentos cristãos preocupou-se com a assistência do povo e, sem clero regular, entregou tal missão aos Frades de Santa Cruz de Coimbra, que por cá viveram, ganharam simpatias e tiveram alguns terrenos durante séculos.
Eventos Culturais (Festas populares e religiosas)
Festa de S. António (Fevereiro) - Coimbrão
Festa de S. Tiago (Junho) – Ervedeira
Festival de Folclore “Flores de Verde Pinho” (Julho) – Coimbrão
Festa de Nossa Senhora dos Aflitos (Agosto) – Pedrógão
Festa de S. Miguel (Setembro) – Coimbrão
Festa de Nossa Senhora da Nazaré (Setembro) - Ervedeira
Aqui está um trabalho interessante, mas que peca pela não indicação da origem da informação seja a nível do texto seja a nível das imagens. Algumas estavam ao abrigo de copyright.
ResponderExcluirtodos os textos e fotografias ão tiradas da internet e se passarem o rato nelas terão a origem.
ResponderExcluirA intenção do blog é homenagear as terras daqueles, principalmente, que estão longe das origens.
Por exemplo no noticiário diário se colocarem o rato (mause ) em cima da manchete irão para a noticia completa