quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

FREGUESIA DE VIMEIRO - ALCOBAÇA




REGIÃO                       CENTRO
SUB REGIÃO              OESTE
DISTRITO                    LEIRIA
CIDADE                       ALCOBAÇA
FREGUESIA              VIMEIRO



Orago 
São Sebastião
Área 
20,52 Km2



Heráldica
Ordenação heráldica do brasão e bandeira Publicada no Diário da República, III Série de 31/03/1997
 Brasão
Escudo de verde, duas setas de prata postas em aspa, com os ferros para a ponta, entre uma flor-de-lis de ouro e um livro aberto de prata; em ponta, cinco coticas ondeadas de prata e azul. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco com a legenda de negro, em maiúsculas : “VIMEIRO -ALCOBAÇA"


História
O Vimeiro é uma freguesia da região da Estremadura, distrito de Leiria, concelho de Alcobaça, pertencendo ao Patriarcado de Lisboa. A freguesia tem uma área de cerca de 20,52 km2, fazendo fronteira com quatro freguesias do mesmo concelho – Alfeizerão, Cela, Évora de Alcobaça e Turquel – e com Santa Catarina, pertencente ao concelho das Caldas da Rainha.

Atualmente, fazem parte da freguesia 16 lugares: Vimeiro (sede de freguesia), Arroteia Nova, Cabeça do Trigo, Canos, Casal da Madeira, Casal do Além, Casal do Outeiro, Casal Marquês, Cumeira, Eiras, Gaio, Pedras, Raposeira, Ribeira do Marete, Quinta de Baixo, Mouraria e Sórtão.

Vimeiro está situado ao longo de uma esplêndida veiga, circundada por montes arborizados e banhado por três regatos: um a norte que enriquece vários campos e as várzeas da Quinta da Mata, indo depois desaguar no rio Baça (que principia no Vimeiro): e dois outros, que fertilizam a Ribeira do Marete, juntam as suas águas na Quinta do Vimeiro para despejar o seu caudal no rio de Alfeizerão. Inserida na freguesia está a Mata Nacional do Vimeiro, outrora Mata Real, numa extensão de 270 hectares composta pelas matas da Roda, Ribeira, Canto e Gaio – localizando-se nesta última a fonte da Pena da Gouvinha. O referido bosque é quase todo de carvalhos mas, nos últimos anos, têm-se feito algumas plantações de eucaliptos e sementeiras de penisco e de castanheiros. 


O toponímico principal, Vimeiro, deriva de vime, espécie vegetal muito abundante nesta zona ainda inculta e deserta nos primeiros séculos da nossa monarquia. Pelo seu étimo, “Vimeiro” está associado, possivelmente, ao arbusto ou pequena árvore com os ramos compridos e flexíveis que produz os vimes que, outrora, ocupavam os terrenos alagadiços e as margens dos ribeiros, como acontecia nas férteis várzeas da Quinta do Vimeiro.

A zona foi repovoada devido ao Mosteiro de Alcobaça e aos monges cistercienses que, em meados do séc. XII, recebem de D. Afonso Henriques carta de couto. Muito provavelmente, Vimeiro terá começado por ser uma vasta propriedade, pertença do mosteiro cisterciense dado que, no século XIII, a povoação é denominada "Granja do Vimeiro", o que demonstra que aquele local foi cultivado como cabeça de uma granja. Foi na Quinta do Vimeiro, em tempos designada de Quinta do Frade, que funcionou uma importante escola agrícola. 

A ação dos monges agrônomos, elogiada por Joaquim Vieira Natividade, atribuindo-lhes o esmerado cultivo dos pomares cistercienses havia legado aos confins de Portugal, a fama das frutas de Alcobaça , aponta que, no século XVIII a cultura da laranjeira e do limoeiro ocupava área apreciável no Vimeiro . Mais, refere ainda que foram os monges, como diligentes silvicultores, que salvaram da ruína certa as famosas matas do Vimeiro, tendo passado intactas para a posse do Estado depois de extintas as ordens religiosas .

De tal modo esta atividade foi importante que as práticas agrícolas que hoje se encontram são remanescentes diretas daquilo que os monges ali fizeram e a agricultura é ainda atualmente a atividade dominante. 

Hoje, economicamente, a freguesia destaca-se pelo forte incremento da fruticultura, suinicultura, indústria de cerâmica, madeira e metalomecânica, havendo uma vasta gama de serviços e comércio ao dispor da população.

 Quanto ao plano escolar existe hoje uma escola do 1ºciclo, na sede de freguesia, frequentada por 63 alunos e dois Jardins de Infância, um no Vimeiro e outro no Gaio, com cerca de 25 e 20 alunos respectivamente.

Acrescentamos que é uma marca muito particular desta freguesia grande parte dos investimentos edificados resultarem em grande parte, da contribuição da população local em detrimento de financiamentos estatais propriamente ditos. Aliás vária obras – abertura de estradas, arranjos de caminhos, fontes, etc. – desde a década de vinte contam com mão-de-obra, enxadas, ofertas de dinheiro, força braçal, carreiros, transporte de materiais via gado. 

Por fim, podemos aferir que a história do Vimeiro, embora com as suas particularidades, se cruza em alguns aspectos, com a trajetória da História de Portugal e os seus acontecimentos, nomeadamente no longo caminho de desenvolvimento social e de transição duma sociedade eminentemente rural para uma sociedade pós-moderna, caracterizada por um cruzamento desses dois mundos. Para tal basta recordar que, no passado, a via de comunicação principal eram os serviços postais/correios, que chegavam de tempos em tempos, através dum cavalo ou burro, enquanto hoje a comunicação é feita via telefone ou internet ou ainda, no caso de Humberto Ribeiro (vimeirense, bi-campeão nacional de Freestyle e campeão nacional pela primeira vez em 2001) levando, através da sua arte, o nome do Vimeiro além fronteiras, tal como as frutas desde há muito referenciam esta região.


Instituições


Agrup. Escuteiros 1022 do Vimeiro
A  fundação e as primeiras promessas tiveram lugar a 10 de Janeiro de 1993.
·         Nessa altura o páraco era o Sr. Pde. Inácio Belo que teve a iniciativa de se juntar a um grupo de jovens da Freguesia tendo iniciado formações e reuniões diversas que permitiram a abertura do nosso Agrupamento.
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·         Rancho Folclórico do Vimeiro
·         O Rancho Folclórico do Vimeiro foi fundado no ano de 1990, tendo tido a sua primeira actuação no dia 4 de Agosto de 1991, no palco do Círculo de Arte, Cultura e Desporto do Vimeiro.
·         Os seus fundadores foram os vimeirenses Sr. Luís Filipe Pereira Fialho e Sr. José Mendes Ramalho.
·         Entrou para a Federação Portuguesa de Folclore no ano de 1995 e o seu crescimento tem estado intimamente ligado ao Círculo de Arte, Cultura e Desporto do Vimeiro.
·         Esta associação teve como sócios-fundadores José Marques Ribeiro, José da Silva Peralta, Luís Rodrigues Miguel, José Fialho do Coito, João Mendes Medalho, António Mendes da Silva Rodrigues e Manuel do Couto Pereira Constantino.
·         Destaca-se a acção dos dois últimos, sendo que António Mendes, enquanto Presidente da Junta de Freguesia, deu andamento ao processo da criação da associação que, teve origem numa atitude de Manuel Constantino que, numa festa nos Estados Unidos da América, onde estava como emigrante, recolhe fundos com a finalidade de comprar uma ambulância para a freguesia. A escritura do registo teve lugar a 8 de Setembro desse ano. Fernando Luís Fialho, também ele sócio-fundador, foi o primeiro Presidente, numa direcção que tiveram representados grande parte dos nomes acima mencionados.
·          
·         Contando já com 5 Ambulâncias ao serviço da população da Freguesia, a Associação tem por fim socorrer feridos e doentes e a protecção por qualquer outra forma, de vidas humanas e bens. Actua 24 horas por dia e é uma Associação sem fins lucrativos.
·         Coma ajuda de toda a população fazemos crescer diariamente a nossa Associação.
·         A Associação de Caçadores do Vimeiro foi fundada em 1992 por cinco sócios que encabeçaram a direcção, sendo eles José Marques Ribeiro, José Pereira Fialho, António Vicente Mendonça, Luís Rodrigues Miguel e Arlindo Veríssimo e Silva, conforme consta na escritura, e fizeram parte da mesma durante 10 anos, tendo atingido um total de 173 sócios.
·         Em 2002 com a demissão do Sr. José Ribeiro e do Arlindo Silva, foi então eleita uma nova direcção, que até aos dias de hoje tem assumido os destinos desta Associação, embora com a substituição de alguns elementos, mas os principais ainda continuam.
·         Desde então esta direcção nunca mais parou, tendo construído o campo de tiro situado no cabeço do castelo, num terreno cedido pelo seu proprietário - Sr. João Almeida e sua esposa, onde tem funcionado todos os anos na altura do defeso, para que os seus associados possam fazer tiro aos pratos.
·         De seguida alterou os estatutos desta associação para uma instituição do direito privado sem fins lucrativos, e de seguida e durante um ano e meio tratámos do difícil processo de renovação, fazendo novos acordos com os proprietários, tendo agora ficado actualizada por um período de 12 anos mais dois períodos de igual duração.
·         Posteriormente mudamos a nossa sede para o edifício da antiga Escola Primária da Ribeira gentilmente cedida pela Câmara Municipal de Alcobaça.
·         No decorrer do ano de 1992, realizaram-se vários encontros de um grupo de cristãos residentes nesta freguesia, que procurava meios para resolver problemas de pobreza e outras necessidades de âmbito social sentidas pelas gentes, particularmente a mais idosa.
Após algumas reuniões acordou-se que a instituição a criar, seria uma Santa Casa da Misericórdia, pela função social que estas instituições vêm, desde Quinhentos, a prestar às necessidades do povo português, respondendo cabal e oportunamente ao longo dos tempos, com probidade e espírito evangélico de bem-fazer.
No final de 1992 constituía-se uma Comissão Instaladora que levou a cabo a inscrição de 249 Irmãos que, reunidos em Assembleia-geral a 2 de Janeiro de 2003, deliberou a criação da Irmandade da Misericórdia de Vimeiro, tendo de imediato aprovado o Compromisso, solicitando o deferimento de Sua Eminência Reverendíssima Cardeal Patriarca de Lisboa, D. António Ribeiro.
·         O Decreto de aprovação publicado a 20 de Janeiro, por mandato especial, assinado por D. António dos Reis Rodrigues, Vigário Geral da Diocese, é mandado comunicar ao Presidente do Centro Regional de Segurança Social de Leiria e a esta Irmandade em 26 de Fevereiro de 1993.
Este Centro Regional, em 16 de Março de 1993, participa a instrução necessária para o registo dos Estatutos, publicados no Diário da Republica – III série, nº10-13-1-1994.
Finalmente, em 20 de Março de 1993, passa a ser membro da União das Misericórdias Portuguesas.
Por escritura de 14 de Setembro de 1977, nasce mais uma associação na freguesia – Circulo de Arte, Cultura e Desporto – vindo substituir o então Vimeirense Futebol Clube, que se dedicava exclusivamente à actividade futebolística.
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Centro Cultural do Gaio
·         A 25 de Agosto de 1977 marca a data da formalização da fundação do Centro Cultural e Recreativo do Gaio, embora a sua actividade seja anterior a esta data.
·          
·         Aliás na sua primeira reunião registada em acta – a 3 de Julho de 1977 – alvitra – se para a formação duma direcção que ficara responsável pelo desenvolvimento cultural e recreativo do Centro assumindo igualmente a continuidade das obras em curso. Por sua vez a primeira direcção entra em funções a 17 do mesmo mês, composta do seguinte modo:
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Associação Triângulo Verde
·         A 4 de Junho de 1989 nasce mais outra associação na freguesia: a Associação Triângulo Verde - Pedras.
·         O seu nome deve-se ao facto de ser do lugar de Pedras; por seu lado, a designação do triângulo deve-se ao facto de ter essa forma geométrica o terreno onde se situa a sua sede; e o verde pelo facto de estarem inseridos na zona verde das Matas Nacionais, que cederam o terreno.
·         Teve como sócios fundadores Manuel Pinheiro Pina, João Siopa, José Lourenço, Fernando Lourenço, António Santos Peralta, Luís Lourenço, Martinho Constantino, Osvaldo 




Gastronomia



Frango na Púcura
Ingredientes
1 frango do campo cortado em pedaços
2 cebolas médias picadas grosseiramente
2 tomates bem maduros aos cubos
8 a 10 dentes de alhos picados
3 folhas de louro
2 cenouras em rodelas
1 malagueta
azeite q.b.
1 colher de chá de cravinho em pó
1 cálice de vinho do porto
2 colheres de sopa de aguardente
vinho branco q.b.
1 colher de sopa de massa de pimentão
3 colheres de sopa bem cheias de mostarda
200gr de presunto aos cubos
200gr de bacon aos cubos
Preparação:
1.    deixar o frango a marinar com todos os ingredientes, à exceção dos tomates, cenoura e cebola, de véspera.
2.   este prato é bastante demorado a preparar.
3.   levar o frango a cozinhar num tacho grande, mexendo de vez em quando.
4.   Quando a carne começar a "encolher" nos ossos, podem passar a carne - sem molho - para a púcara.
5.   Quando estiver toda na púcara triturem muito bem os ingredientes do molho.
6.   Só agora regar o frango.
7.   Levar a púcara - sem tampa! - ao forno ligado bem quente (cerca de 250º), para deixar tostar.
De vez em quando retirar a púcara e mexer o preparado para que toste uniformemente.


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