sábado, 9 de abril de 2011

FREGUESIA DE UNHOS













REGIÃO               LISBOA
SUB  REGIÃO   GRANDE LISBOA
DISTRITO         LISBOA
CIDADE            LOURES
Freguesia  Unhos
O meio touro - Símbolo do orago da Freguesia - São Silvestre.
Os dois peixes - Simbolizam a actividade piscatória no rio Trancão, que banha a Freguesia.
O poço - Representa os muitos poços existentes na Freguesia e pela existência de alguns poços Manuelinos.



                                                                De amarelo, cordões e borlas de ouro e verde. Haste e lança de ouro


Unhos tem por Orago São Silvestre, a quem é dedicada a Igreja, conhecida pelos seus retábulos, únicos do género em Portugal, representando cenas da vida do Santo.
Não se sabe a data de elevação desta Freguesia, no entanto, existem já registos de 983 e 1059, do topónimo que parece dar-lhe nome, Unione.

Alguns historiadores admitem que o nome possa provir de Unhais ou Unhão, Hunilai(ou Aniani) "Vila". Em 1220 aparecem registos como Onon.

Com estas informações parece certo considerarmos o seu povoamento muito anterior ao Séc. XII, pois foi encontrada numa das paredes da Igreja, uma lápide romana com a seguinte inscrição: "JULIUS:ITALICUS:AUGUSTAL:ASE" ("Aqui Jaz Júlio Itálico, Sacerdote de Augusto").
     Unhos,  em 1271, terá tido um pequeno mosteiro, com alguma importância na época, pois foi no testamento de D. Afonso Henriques concedendo-lhe legado.

Crê-se que a paróquia terá sido fundada em 1257, sendo um priorado da apresentação da casa do infantado, aparecendo no arrolamento paroquial em 1320/21, mandado fazer por D. Dinis. No século XIV, D. Fernando doou o senhorio de Unhos a sua esposa, D. Leonor Teles, e com a subida ao poder de D. João I em 1385 Unhos voltou a ser reguengo pertencente á coroa.
No Séc. XV passa a pertencer á família Rio.
 
    Pertenceu ao 4º Bairro de Lisboa até 1840 passando para o Concelho de Olivais de 1840 a 1852 e em 1886 passou definitivamente para o Concelho de Loures.Da data de fundação da Igreja não se têm certezas, mas consta existir um documento de D. Afonso III de 1257 onde parece já estar estabelecida a Igreja.


Templo de raiz gótica, dedicado a S. Silvestre, a sua fachada apresenta actualmente um estilo seiscentista. Do estilo gótico apenas resta uma porta de ligação da torre sineira a uma arrecadação. Do Séc. XVII apresenta uma massa arquitectónica pesada e monumental como todos os edifícios da época.


Em 1755 como vários edifícios da zona de Lisboa sofre danos com o terramoto recebendo obras de restauro.
     De uma só nave poderemos referir o seu espólio, de onde se destaca a talha dourada do altar-mor e dos dois altares colaterais do Séc. XVIII. De referir ainda a imagem da Pietá,dos finais do Séc. XVII, e os painéis quinhentistas atribuíveis ao Mestre de S. Quintino. Destes oitos poderemos realçar a representação de duas cenas de vida de S. Silvestre muito raras, e os dois grupos de três Apóstolos.



Este poço está situado no interior de uma quinta particular. De linhas simples dos finais do Séc. XV insere-se num estilo Manuelino. Tem aposto numa pedra as armas da Família Rio. Se alguma vez o observarem chama-se a atenção para esta bonita pedra d’armas.





ORAGO - S. Silvestre
ÁREA: 4,48 Km2
HABITANTES: 10531 DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 2 353,3 h/Km2
ACTIVIDADES ECONÓMICAS: Indústria e Comércio
FESTAS / ROMARIAS: Nª Srª do Rosário (1º fim-de-semana de Agosto) e Nª Srª Nazaré (2º fim-de-semana de Junho)PATRIMÓNIO  Igreja de São Silvestre, em Unhos e Capela de Nª Srª da Nazaré, em Catujal
OUTROS LOCAIS DE INTERESSE: Vista sobre o estuário e lezíria do Rio Trancão e Laboratório da Vinha e do Vinho COLECTIVIDADES: Sociedade Recreativa e Familiar Unhense, Sociedade Recreativa Catujalense, Associação Educação e Cultural e Artística de Loures, Associação de Melhoramentos e Recreativo do Talude, Grupo Danças e Cantares do Catujal, Sociedade Columbófila do Catujal e Associação Desportiva e Cultural de Catujal.
FEIRAS: Mercado 25 de Abril em Catujal (semanal-Sábado)
    









Gastronomia
Favas Saloias
Ingredientes:
  • Favas
  • 4 a 5 fatias de toucinho entremeado
  • entrecosto
  • fêveras
  • chouriço preto
  • 1 ovo por pessoa
  • batata nova
  • 2 dentes de alho
Modo de Preparo:
1.  Numa panela com água à justa para a cozedura, meter batatinhas novas e 1 ovo com casca, por pessoa.
2.   Pôr a ferver.
3.   Ao fim de 10 minutos de fervura, começar a juntar, pouco a pouco, favas tenras (antes de terem olho preto) para que a fervura não se interrompa.
4.  Ao fim de 5 a 10 minutos as favas já estão cozidas e as batatinhas também.
5.   Se sobrou muita água, escorrê-la para que fique apenas um fundinho.
6.  Deitar 2 dentes de alho picados para dentro da panela e sacudi-la várias vezes para que se misture bem.
7.   Deixar a panela bem tapada.
8.   Entretanto, numa sertã, rijar 4 ou 5 fatias de toucinho salgado, entremeado e alto.
9.   Nessa gordura fritar pedaços pequenos de entrecosto e de fêveras e algumas rodelas grossas de chouriço pelado.
10.              Colocar as carnes e o chouriço na panela e rejeitar parte da gordura da sertã.
11.              Na restante, saltear 4 ou 5 dentes de alho cortados e verter os alhos e a gordura restante na panela com o cuidado de envolver tudo muito bem.
12.             Na hora de servir, dispôr as carnes e os ovos às rodelas sobre as batatas e favas.

Um comentário:

  1. eu penso que deve ser uma delicia e pena nao estar ja pronto

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