terça-feira, 23 de novembro de 2010

AFIFE

 
REGIÃO               NORTE
SUB REGIÃO        MINHO LIMA
DISTRITO             VIANA DE CASTELO
CIDADE                VIANA DE CASTELO
FREGUESIA         Afife
Padroeira: Santa Cristina. 
Habitantes: 1.676 habitantes (I.N.E 2001) e 1.525 eleitores em 31-12-2003.  
Sectores laborais: Turismo, pequena indústria e pequeno comércio.  
Tradições festivas: S. João - 24 de Junho, Santo António - 13 de Junho, Senhora da Lapa - 12 a 14 de Julho.  
Valores Patrimoniais e aspectos turísticos: Mamoa da Eireira, Cividade de Afife, Convento de Cabanas, Edifício da sede da Junta de Freguesia, Igreja paroquial, Alminhas da Senhora da Lapa, Capela da Senhora da Lapa, Capela de Nossa Senhora da Nazaré, Capela de S. Roque, Capela de Santo António, Casas rurais, Cruzeiro de S. Roque, Fontanários públicos, Moinhos, Azenhas e Engenhos de Serração de Madeira, Fátria, Poço azul e Azenha de Camilo, Penedo da Saudade, praia de Afife e monte de Santo António. 
Gastronomia: Robalo com algas, arroz doce de Afife, filhoses e sanguinha. 
Colectividades: Casino Afifense, ADA - Associação Desportiva Afifense, NAIAA - Núcleo Amador de Investigação Arqueológica de Afife, Ronda da Costa Verde e Grupo de Danças e Cantares de Afife,  Apca - Associação de Protecção e Conservação do Ambiente.
 
Afife é uma antiga freguesia localizada à beira mar, a cerca de dez quilómetros a norte da sede de concelho, Viana do Castelo. Confronta pelo Norte, parcialmente, com a freguesia de Âncora, no concelho de Caminha e Freixieiro de Soutelo, no concelho de Viana do Castelo; pelo Sul, confronta com a freguesia de Carreço e com uma pequena área da freguesia da Areosa, pelo Nascente com a freguesia de Outeiro, e pelo Poente com o Oceano Atlântico.
Afife detém um admirável cenário de paisagens que se interligam perfeitamente: o mar, a veiga, o casario e o monte. Na costa do mar existe a praia resguardada e dividida por fortes penedias que formam restingas que as abrigam dos ventos fortes do Norte.
Na freguesia de Afite nasce um rio com o mesmo nome, que tem três afluentes: os ribeiros da Pedreira, de Agrichousa e do Fojo. 
A data de fundação desta freguesia é tão recuada que se perde no tempo, contudo, atestam a presença do Homem nestas paragens desde as mais remotas épocas, os vários castros dispersos no interior da freguesia, mais alguns monumentos arqueológicos, além de abundante material lítico. Dos castros, dois são de enorme importância: o castro ou Morro dos Mouros, ou ainda, Cividade, como foi em tempos designado, situado no alto da montanha que separa a povoação de Afife da de Âncora (concelho de Caminha), visto que está implantado em terrenos das duas freguesias. Este foi um povoado poderosamente fortificado com grossas muralhas de que ainda existem vestígios. Mais próximo do mar, o castro de Santo António, assim chamado pela existência da capela votada ao Santo taumaturgo, ocupa praticamente todo o pequeno montículo, prolongando-se para Sudeste. Além destes dois castros, conhecem-se ainda: o castro do Cutro, onde foram descobertos vestígios de uma estrada de acesso, em espiral; mais dois no lugar de Agrichouso e talvez mais alguns na montanha. Mas os vestígios da passagem do Homem por estas terras não se resumem aos castros, são também importantes testemunhos: uma vila rural romana nas Baganheiras, uma mamoa no Modorro e possivelmente outra no Concheiro, diversos vasos funerários, pedras escavadas na costa que deveriam ser pequenas salinas arcaicas e muitos outros materiais, tais como mós, picos, raspadores, machados, etc. Na vizinhança que limita a freguesia, conhecem-se outras notáveis fortificações castrejas e estâncias arqueológicas, o que lhe transmite, mais uma vez, uma grande antiguidade de povoamento que, no entanto, dada a exposição dos seus terrenos aos assaltos do mar, não pode considerar-se que tenha sido de forma continuada desde as épocas pré-romanas até aos nossos dias.
 
Alguns historiadores presumem que os Celtas e os Fenícios, aqui se fixaram, especialmente os últimos, povo de navegadores e pescadores, que se instalaram ao longo de grande parte da costa marítima portuguesa. O repovoamento de Afife remonta à tomada de posse da chamada Marinha (território entre o Minho e o Lima, no litoral) pelo Conde de Tui, D. Paio Vermudes, ou algum dos seus filhos, conforme se vê em documento datado do século X, citando villas neste litoral. Assim, o repovoamento ter-se-á dado depois de 868 e antes de 890, não se sabendo se nesta época a terra se chamaria já Fifi ou Afifi (grafias com que se apresentava em referências do final do século IX) ou se recebeu este nome do principal povoador ou fundador, sujeito ao dux ou a seus filhos.
 
No que refere ao senhorio de Afife, o que parece notar-se é que esta villa foi propriedade de D. Mendo Pais, um dos filhos do Conde de Tui e de um sobrinho deste, de nome D. Paio Soares, pois, sabe-se que estes doaram as suas partes na villa Fifi ao Mosteiro de S. Salvador da Torre, de fundação desta estirpe. Do destino posterior destes haveres do mosteiro nada se sabe de concreto, pois que o cenóbio arruinara-se e tudo o que até então lhe pertencia passou a gente alheia, talvez do século X para o seguinte, com as invasões de Almançor (1). O mosteiro foi reconstruído depois do século XI, por um presbítero descendente directo do supracitado Conde Paio Vermudes, Ordonho Enes, que baseando-se em antiga documentação inventariou os bens alienados e os reinvindicou com êxito.

As Inquirições de 1258 parecem confirmar este facto, uma vez que «in parrochia Sancte Christine de Affifi» citam nas duas villas principais da paróquia, Affifi e Vila Meiãa, numerosos casais do Mosteiro de S. Salvador da Torre, os quais provinham certamente daquelas remotas doações e da restauração dos haveres monásticos no século XI.

Nesta época, tanto as duas villas (Afife e Vila Meã) como a Igreja Paroquial de Santa Cristina eram metade da coroa, mas esta situação pouco tempo durou, porque no mesmo ano, 1258, D. Afonso III veio a principiar a fundação da pobra, actualmente cidade de Viana do Castelo, e numa forma de conceder aos povoadores da nova vila, reguengos suficientes para sua manutenção, procurou o Bispo de Tui, que possuía ali perto o Couto de Vinha (Areosa), para que o mesmo fosse cessado com aquele fim. No entanto, tendo o prelado se recusado a tal suspensão, o soberano procurou então compensar os povoadores de Viana com os reguengos da paróquia de Afife (Afife e Vila Meã). Assim, foi grande parte desta, concedida à pobra de Viana, mas não por muito tempo, uma vez que por pressões efectuadas (pois os reguengos de Afife ficavam longe da pobra), consentiu o Bispo de Tui à cessão anteriormente proposta, acabando D. Afonso III, por compensação ou troca, por lhe ceder a metade (a única que possuía) do padroado de Santa Cristina de Afife.
Outro aspecto importante em Afife foi facto de a Sé bracarense ter alcançado aqui bens, sabendo-se que existiu no local, um couto episcopal da dita Sé. Justifica-se a existência desta câmara, através da suposição de que possuiu inicialmente este couto a Sé de Tui, pelos contratos com D. Afonso III para a pobra de Viana (atrás referidos), mas tendo ela começado a perder os seus haveres na parte portuguesa da sua diocese (que dela se separou sob reinado de D. João I), tudo caiu em poder da Sé de Braga que, embora não imediatamente, veio a substituir nesta região do Minho ao Lima, a Sé de Tui

Na História antiga desta freguesia interessa ainda realçar a fundação do Mosteiro de S. João de Cabanas, sobre o qual muito se escreveu e discutiu. Muito contestada foi a informação do cronista Frei Leão de S. Tomaz, em Beneditina Lusitana (livro do Convento das Carmelitas, que hoje se encontra na Biblioteca Nacional de Lisboa), que recuava a fundação do mosteiro ao tempo de S. Martinho de Dume, colocando ainda a possibilidade de ele mesmo o ter fundado. Foram muitos os autores que puseram em causa a veracidade das suas declarações contestando a data de fundação do cenóbio no ano 564, pois outros cronistas da sua época, também baseados em documentos antigos, referiam o ano 602. Esta diferença entre datas foi a causa de tanta discórdia e dúvida existentes quanto ao ano de fundação do mosteiro; após o estudo dos vários documentos, chegou-se à conclusão de que se deveria ter em conta que alguns daqueles testemunhos escritos contavam os acontecimentos, assinalando datas enquadradas na era de César, que excede à de Cristo em 38 anos. Assim se afere que para achar a correspondência entre estas duas datas será necessário que à era de César (ano 602) se tire os 38 anos excedentes, verificando-se que o restante corresponde ao ano de Cristo de 564. Desta forma se conclui que todos os documentos se referem à mesma data de fundação do mosteiro.

Meio século depois já o mosteiro apresentava grande riqueza: «era senhor de todas as terras do monte de Âncora e águas vertentes pelo rio abaixo até ao mar, e além do rio também chamado de Âncora, para a parte do Nascente possuía três milhas de terra, com outras três para a parte do Poente, de que tinha os dízimos, avenças e congruas» (Meira, Avelino Ramos, Monografia de Afife, 1945).
Sabe-se que ao fundador do Mosteiro de S. João de Cabanas sucederam vários comendatários que deixaram o padroado do mosteiro a instituições religiosas, ainda depois dos reinados de D. Sebastião e D. Filipe I. Este mosteiro pertenceu aos frades da Ordem de S. Bento e era uma casa para repouso e convalescença dos doentes. Posteriormente foram várias as acções judiciais com gente poderosa que a todo custo pretendia provar não ser S. João de Cabanas, um mosteiro regido segundo a regra de S. Bento, mas sim, segundo a Ordem de Cristo.

Segundo as Inquirições de 1258 (referidas anteriormente), o Mosteiro de S. João de Cabanas foi de padroado real, e o rei que o coutou foi D. Sancho I, em 1187, definindo-lhe os limites deste modo, que muito interessa também à arqueologia local: «ab illo loco ubi vocant petra quiduatentur (isto é, pedra que está sustentada por outras duas, sugerindo uma edificação dolménica) per bouçam de Gomesio, de inde ad cova de Monte Longo et deinde ad bouça de Couto et deinde ad pectra ficta (novo elemento arqueológico notável, mostrando a existência desta petra ficta que uma villa anterior ao século IX, vinda do tempo dos romanos, aqui existira) et deinde ad capita de Faro (topónimo muito comum no litoral em elevações castrejas) et deinde per cacum de Castanheira et nic dividitur per estrara et inde a Valadares deinde ubi prius in coavimus. Este couto foi em favor da ecclesia Sancti Johannis de Cabanas et Suieria abbati nomine Filius Bonus», isto é, ao abade Soeiro, chamado Bom Filho.

 
Gastronomia
Robalo em Crosta de Algas com Purê de Mandioquinha e Molho de Misso
Ingredientes:
Para o Robalo:

Robalo, em tranche de 180 gr, semle 1 unidade
50 gr Alga wakame moída
Sal
Pimenta do Reino
30 ml Azeite Extra Virgem

Para o Purê
150 gr Mandioquinha, descascada
Creme de leite fresco
Sal
Pimenta

Para o Shiitake e Aspargos

80 gr Shiitake, sem o caule
Aspargos, branqueados
20 gr Azeite Gallo Extra Virgem
Sal

Para o Molho

80 gr Sake
Misso
20 gr Mel
Molho de peixe





Modo de preparo:
Para o Robalo:
  1. Tempere o peixe com sal e pimenta.
  2.  Faça a uma crosta na superfície que era da pele com a alga.
  3. Em uma frigideira antiaderente, esquente o azeite Extra Virgem e frite o peixe primeiro do lado da crosta e depois do outro até que esteja todo cozido.
  4. Sirva o robalo com o purê de mandioquinha, o shiitake, aspargos e o molho de misso.
    Para o Purê
1.   Cozinhe a mandioquinha em água fervente até que fique macia.
2.   Ferva o creme de leite.
3.   Bata a mandioquinha e o creme ainda quentes até obter um liso e homogêneo.
Tempere o purê com sal e pimenta a gosto e sirva com o robalo.
Para o Shiitake e Aspargos
1.   Faca cortes em forma de cruz na superfície marrom do cogumelo.
2.   Corte os aspargos em pedaços de 8 cm.
3.   Esquente o azeite Extra Virgem e salteie os shiitakes até que fiquem dourados.
Acrescente os aspargos aos shiitakes e tempere-os com sal e pimenta.
Para o Molho
1.   Leve o sake ao fogo até que o álcool evapore.
2.   Acrescente o misso, o mel e o caldo de peixe.
3.   Deixe cozinhar por cinco minutos e sirva.


5 comentários:

  1. E A FREGUESIA QUE EU GOSTO MUITO E QUERO CASAR NESSA FREGUESIA COM O JORGE BERNARDO MACHADO MARTINS E CLÁUDIA CRISTINA MARTINS MORENCE!

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  2. Claudia
    Desejo te e a teu noivo um mundo cheio de felicidades e um casamento muito bonito

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  3. EU ADORAVA CASAR EM AFIFE COM O JORGE BERNARDO MACHADO MARTINS NA IGREJA DE SANTA CRISTINA E MUITO BONITA A IGREJA DE SANTA CRISTINA E GOSTAVA MUITO CASAR NESSA IGREJA COM O JORGE BERNARDO MACHADO MARTINS!

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  4. por que nao casa?
    estarei torcendo por ti

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  5. eu vou sim mas e quando eu e o Jorge tiver tempo para marcar a dta do casamento e nao quero que o flavio não vá ao casamento entre mim e Jorge porque sou feliz com o Jorge !

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