REGIÃO NORTE
SUB REGIÃO CAVADO
DISTRITO BRAGA
CIDADE VILA VERDE
FREGUEISA Aboim Nóbrega
A freguesia de Aboim da Nóbrega localiza-se na zona norte do Concelho de Vila Verde, na fronteira com o concelho de Ponte da Barca, bem no coração do Minho (ver Mapa). Primeiro, porque se situa na fronteira do baixo com o alto Minho. Depois, por um lado, dista aproximadamente 45 Km da Costa Norte Atlântica (Viana do Castelo) - não ficando, portanto, muito longe das praias; por outro lado, situa-se no Centro Rural de Mixões da Serra junto ao Parque Nacional Peneda-Gerês, importante local de turismo e de descanso; e, finalmente, é curta a distância a Ponte da Barca (13 Km), Vila Verde (13 Km), Arcos de Valdevez (17 Km), Amares (19 Km), Terras de Bouro (22 Km), Braga (24 Km) e Ponte de Lima (30 Km).Aboim da Nóbrega é, por sua antiguidade, história, cultura e tradições que a rodeiam, uma das mais importantes freguesias do concelho de Vila Verde. Foi Couto com juiz ordinário, procurador, vereadores, escrivães e demais funcionários, existindo ainda o antigo edifício da Câmara, Tribunal e Cadeia
Foi sede do antigo concelho de Aboim da Nóbrega, extinto por decreto de 31 de Dezembro de 1853, passando a fazer parte do concelho de Pico de Regalados, extinto igualmente por decreto de 24 de Outubro de 1855, sendo incorporado no actual concelho e comarca de Vila Verde.Anteriormente foi ainda sede mãe das Terras da Nóbrega. Aboim da Nóbrega ou Terras da Nóbrega era, na sua forma histórica primitiva, uma vila romana (Vila da Nóbrega). Designava-se por Terra da Nóbrega, nos séculos XII e XIII, a região que se estende ao sul do Lima, desde Ponte da Barca à fronteira, e entre aquele rio e a linha divisória de águas com o Homem (actuais freguesias do concelho de Ponte da Barca e ainda algumas do concelho de Vila Verde).
A freguesia de N.ª S.ª da Assunção de Aboim da Nóbrega pertencenceu à comenda de Távora da Ordem de Malta, dos Marqueses de Távora, cabido do Couto de Aboim da Nóbrega, da mesma ordem na antiga comenda de Viana, e depois passou à Coroa, a que D. Manuel deu foral em Lisboa a 24 de Outubro de 1513.
Foi senhor deste couto D. João de Aboim (Mordomo-mor de D. Afonso III , Conselheiro de D. Diniz, Governador do Algarve e ainda Trovador) filho de D. Pedro Ouriguez da Nóbrega e neto de D. Ourigo Ouriguez, O Velho da Nóbrega que (re)construiu o poderoso Castelo da Nóbrega e expulsou os Mouros das Terras da Nóbrega. Tronco destas duas famílias da Nóbrega e Aboim, descenderam ilustres nobres unidos por casamento com os melhores de Portugal e Espanha.
D. João de Aboim foi muito rico em bens, tanto em Portugal como em Espanha. E foi tão amigo da Ordem de Malta que lhe sujeitou ao Mosteiro de Marmelar (onde está sepultado) as igrejas de sua vila de Portel.
Dele há ilustre descendência, como são por exemplo os senhores da Barca. O apelido Aboim inclui-se nos Sousas, por casamento de D. Maria Pires, filha de D. Pedro Anes e neta de D. João de Aboim, com o infante Afonso Dinis, filho do rei D. Afonso III.
Alguns têm ainda o apelido de Aboim, mas não o solar que se julga ter sido vendido pelos herdeiros, no tempo do rei D. Afonso V, a Fernão Martins - familiar do Arcebispo de Braga - que pôde usar as honras desta quinta e casa, em 1449, por feitos na guerra.
Passou depois aos fidalgos Câmara, do Porto, e destes entrou na casa dos senhores de Baião, por casamento de Fernão Martins de Sousa, senhor de Baião, com D. Maria de Ataíde, filha de Fernão Gonçalves da Câmara.
Foi mais tarde vinculado em morgado à capela de S. Miguel, na cidade do Porto. O couto e morgadio anexo pertenceram assim aos apelidos de Baião, Sousas e depois Coutinhos.
Do lugar e casa de Picão, partiu cerca de 1730 para o Brasil (a família de) Picão Camacho, que, até prova em contrário, tem vindo a ser considerado um dos principais fundadores da Vila da N. Srª. do Bom Despacho, actual Cidade de Bom Despacho, no estado de Minas-Gerais, no Brasil.
Em 1846, no âmbito da Revolução da Maria da Fonte, Aboim da Nóbrega foi, no distrito de Braga, a localidade que mais se evidenciou no movimento de guerrilhas que emergiram com a revolta iniciada pela Maria da Fonte.
É padroeira de Aboim da Nóbrega, N.ª S.ª da Assunção, que foi em tempos antigos a de mais célebre devoção das pessoas de Entre Douro e Minho. O Santuário Mariano diz que «era tão grande a devoção que lhe tinham os fidalgos e senhores do Castelo e Vila d’Anóbrega que por devoção da mesma Senhora tomaram dela o apelido de Aboim».
A Igreja de N.ª S.ª da Assunção de Aboim da Nóbrega em tempos remotos foi mosteiro de freiras Beneditinas. Era românica, no entanto, passou por reformas no decorrer dos séculos que lhe alteraram a traça primitiva. Data uma das reconstruções de 1692, tendo-lhe sido suprimida a Capela-Mor, o que ainda hoje se reconhece na face exterior voltada para nascente toda a linha do arco cruzeiro que interiormente, na hora da sua transformação, se encostou ao altar. Tinha este templo o privilégio de se dizer missa sem a pedra de ara.
Da igreja, diz uma lenda que se localizava no lugar da Lameira (existindo ainda, aliás, nesse local, um antiquíssimo cruzeiro) e que foi mudada numa noite, pelos Mouros, para a actual localização.
Em Aboim da Nóbrega venerava-se um "Dente Santo". Ainda hoje existe uma fonte nascente com esse nome, no lugar de Barges, e algumas pessoas com esse co-apelido. O povo atribuía ao dente o poder de salvar as pessoas das mordidas dos cães raivosos. Era o abade de Santo André de Gondomar, João do Valle Fresco e Faria, em 1758, que se fazia acompanhar por todas as romarias do Norte, com o referido dente, onde benzia as pessoas. Ignora-se a que santo houvesse pertencido o dente: a Santo Eleutério, arcebispo de Braga falecido em 550; a S. Frutuoso, abade de Constança, Vila Real, onde se lhe guarda a cabeça com falta de um dente; ou a S. Eleutério, martirizado em 196.
Gastronomia
Broa de Milho Caseira
Ingredientes:
Fermento
Rasa e meia de farinha de milho
Rasa e meia de farinha centeia
Punhado e meio de sal
Água quente q.b.
Modo de Preparo:
Ingredientes:
Fermento
Rasa e meia de farinha de milho
Rasa e meia de farinha centeia
Punhado e meio de sal
Água quente q.b.
Modo de Preparo:
1. Na véspera de cozer o pão faz- se o fermento.
2. No dia seguinte acende- se o forno e põe- se água a ferver ao lume.
3. Peneira- se a farinha milha e centeia para dentro da masseira e vai- se- lhe adicionando água quente quanto baste.
4. Depois deita- se- lhe a salmoeira (sal dissolvido em água quente).
5. Para esta quantidade de farinha deita- se- lhe punhado e meio de sal e mais um pouco pelas “benditas almas do purgatório”, dizendo
6. “ Deus te benza, Deus te acrescente”.
7. Amassado o pão coloca- se de um lado da masseira e faz- se- lhe uma cruz.
8. Deixa- se levedar durante duas horas.
9. O pão está lêvado quando abrir gretas.
10. Limpa- se o forno tirando – lhe e dentro as brasas e as cinzas com a ajuda de um ferro e um vasculho.
11. A massa dá para seis broas de pão que são metidas dentro do forno, uma a uma, com a ajuda de uma pá de madeira onde se coloca um pedaço de massa.
12. Depois tapa- se o forno barrando a porta com cinzas peneiradas e amassadas com água.
Parabéns Portugal Torrão Natal, por também mostrar Aboim da Nóbrega ao mundo. Bem haja.
ResponderExcluirFélix Vierira
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