domingo, 10 de abril de 2011

FREGUESIA VALE DE NOGUEIRAS

REGIÃO               NORTE
SUB  REGIÃO   DOURO
DISTRITO         VILA REAL
CIDADE            VILA REAL


Freguesia  Vale de Nogueiras

A freguesia de Vale de Nogueiras encontra-se no extremo oriental do concelho de Vila Real, já na fronteira com o vizinho concelho de Sabrosa. É constituída pelos lugares de Assento, Carro Queimado, Carvas, Galegos, Ludares, Povoações, Stª Maria, Vale de Nogueiras. O povoado fortificado de Muragalhas data da Idade do Ferro.
Era um povoado de médias/grandes dimensões, localizado num cabeço rochoso isolado no alto da pequena serra de Ludares. A posição estratégica era excelente, porque dali, dominava-se visualmente toda a área em redor. Tem uma boa implantação estratégica, com amplo domínio visual a toda a volta. Os declives naturais também ajudavam à defesa do povoado.
O sistema defensivo era composto por uma linha de muralha, que rodeava o recinto interior oval a toda a volta. O santuário romano de Panóias, localizado na aldeia de Assento, é do período romano e, pela sua importância, usufrui de uma Zona de Especial Protecção. Foi um grande santuário rupestre, dedicado a várias divindades.
Segundo Argote, que o descreveu em documento coevo, era constituído por onze fragas, muitas das quais já não existem hoje em dia. Nos afloramentos graníticos da colina em que está implementado, existe uma grande quantidade de vestígios, como tanques cultuais de diferentes tipologias, diversas inscrições votivas rupestres e fundações de edifícios. Por toda a área de Panóias, apareceram numerosos vestígios romanos, como inscrições de vários tipos, incluindo funerárias, moedas e cantarias. Isto significa que terá existido junto do santuário uma povoação e uma necrópole.
O habitat de Queixoso / Condorca parece ser de origem romana, embora apresente também algumas características medievais. O mais provável é que tenha tido sempre ocupação durante este período. Foram recolhidos, segundo um arqueólogo espanhol, alguns fragmentos de cerâmica castreja na base do monte onde se encontra o marco geodésico de Galegos, mas, na realidade, esses fragmentos terão sido recolhidos em Queixoso / Condorca.

Foram encontrados ainda alguns materiais de superfície, como tégulas bastante roladas e desgastadas, alguns materiais de escorrimento e derrubes de estruturas. O sítio arqueológico do Santuário do Monte do Clamor, ao lado da aldeia de Carvas, é composto por três capelas diferentes. A mais antiga delas tem como padroeiro Nossa Senhora de Fátima, embora tenha tido inicialmente como padroeiro S. Sebastião.

É um pequeno edifício de planta rectangular, que já terá feito parte de um edifício maior, a julgar por uma parede que fica ao lado da frontaria e que não tem continuação. Terá sido, muito provavelmente, a capela-mor de uma antiga igreja medieval. De época indeterminada é o lagar de vinho da rua das Adegas. Está escavado na rocha, num penedo granítico da aldeia de Assento, a sul de Panóias.

Tem dois compartimentos quadrados, num dos quais se abre um grande rego de escorrimento. Tanto poderá ser uma estrutura romana, como uma estrutura medieval. Nas Inquirições de 1220, ordenadas por D. Afonso II, existe uma referência à paróquia de «Sancto Petro de Val Nugueira». Ao longo dos séculos, Vale de Nogueira esteve no centro administrativo da região de Panóias.

Recebeu carta de foral, concedida por D. Afonso III, em Guimarães, a 2 de Abril de 1258. Em 1296, o abade D. Martinho do Mosteiro de Pombeiro e o arcebispo de Braga, no contexto de vasto escambo de terras e igrejas, fizeram um negócio: o abade cedeu à mitra primaz a Igreja de S. Pedro de Valnogueiras. Galegos, hoje um lugar da freguesia, também teve foral manuelino no século XV. Um outro lugar, Assento, foi importante povoação na Antiguidade e na Idade Moderna.
Correspondendo o seu território a Panóias, foi cabeça não só dos lugares do então termo de Vila Real, mas também dos concelhos de Murça, Jales, Alijó, Favaios, Canelas e Parada de Pinhão. Em relação ao património edificado, uma primeira palavra para a Igreja Paroquial de S. Pedro, no lugar de Assento.

Apesar das múltiplas alterações que sofreu, percebe-se ainda o arco gótico do portal principal, o que significa que tem origem medieval. Há referências antigas sobre a existência de uma necrópole de sepulturas escavadas na rocha nas proximidades da igreja, mas não os próprios vestígios. Hoje em dia, estamos na presença de um templo que apresenta características maneiristas, tardo-barrocas e neo-góticas. É uma igreja de planta longitudinal, composta por nave única e capela-mor, com sacristia adossada ao lado norte e campanário separado.

A fachada principal termina em empena. No interior, cuja cobertura é em madeira, de masseira, destacam-se os retábulos de talha maneirista e neoclássica. As pinturas da cobertura da nave são típicas dos anos 40 / 50 do séc. XX, facto que prova uma certa descaracterização que o templo foi sofrendo ao longo dos séculos. O Pelourinho de Galegos está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 11 de Outubro de 1933.



Deve ser coevo do foral manuelino atribuído à povoação em 12 de Novembro de 1519. É um pelourinho de bloco, situado junto do antigo edifício dos Paços do Concelho. É constituído por um embasamento circular, alto, de duas fiadas de silhares, sobre o qual assenta uma base monolítica circular com encaixe central para o fuste. A zona do capitel está representada através de um engrossamento em forma de cubo com as faces irregularmente decoradas com caneluras, formando X. A ordenação heráldica da freguesia, publicada a 4 de Julho de 2005, é a seguinte: « Armas - Escudo de verde, duas bilhetas de prata postas em pala e alinhadas em faixa; em chefe, duas chaves, uma de ouro e outra de prata, com os palhetões para o chefe e passadas em aspa; em campanha, cruz da Ordem de Cristo, filetada de prata. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco, com a legenda a negro: “ VALE DE NOGUEIRAS“.»













Joelho da Porca”
Ingredientes:
4 Joelhos de porca com 1,2 kg cada
6 Dentes de alho
2 Colheres de banha de porca
2 Folhas de louro
2 Colheres de chá de colorau
2 dl de azeite
0,5 l de vinho branco
Sal e pimenta q.b.
Pickles e azeitonas
2 Laranjas cortadas às rodelas
Modo de Preparo
1.  Depois de bem lavados, os joelhos são cozidos durante 30 minutos.
2.  Retiram-se e mergulham-se numa marinada previamente preparada com o colorau, os dentes de alho esmagados, o louro, o azeite, o vinho branco e a banha, e
3.  temperam-se com sal e pimenta.
A marinada deve durar 24 horas, findas as quais se retiram os joelhos e se colocam numa assadeira dentro do forno em lume forte durante 60 minutos, tendo o cuidado de os virar regularmente par ficarem mais tostadinhos. 

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