
REGIÃO norte
SUB REGIÃO MINHO LIMA
DISTRITO Viana DO CASTELO
CIDADE MONÇÃO
FREGUESIA Luzio
Brasão: escudo de verde, com pano de muralha de prata lavrado de negro e firmado nos flancos, acompanhado em chefe de um luzeiro de ouro; campanha ondada de prata e azul de três peças. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: “LUZIO – MONÇÃO”.
Bandeira: amarela. Cordão e borlas de ouro e verde. Haste e lança de ouro.
Informação Sumária
Padroeiro: S. Veríssimo.
Habitantes: 178 habitantes (I.N.E.1991) e 197 eleitores em 31-12-2003.
Sectores laborais: Agricultura e pecuária e construção civil.Tradições festivas: Nossa Senhora do Desterro (último domingo de Julho).
Valores Patrimoniais e aspectos turísticos: Igreja paroquial e Capela de Nossa Senhora do Desterro, Crasto de S. Paio, belezas ribeirinhas do rio Gadanha, vistas panorâmicas observadas de vários locais da
Freguesia.
Gastronomia: Cabrito assado no forno à moda de Luzio.
(foda à Monção)
A freguesia de Luzio, estende-se em grande parte pela serra da Anta. Ocupa uma área de cerca de 618 ha. Dista quinze quilómetros da sede do concelho. Confronta com Trute e Lordelo a norte, Anhões a nascente, as freguesias de Extremo e Álvora (do concelho de Arcos de Valdevez) a sul, e Portela (Monção), a poente. Divide-se em dois lugares principais: Luzio (composto pelos pequenos lugares de Ínsua, Portal, Paço, Outeiro, Luzenças, Pisado, Calastreiro e Trozinhos) e Leiradelo (subdividido por Igreja, Casbeiro, Tola, Bouças, Beçada, Fonte e Casal).
Segundo alguns autores, o topónimo Luzio deriva de lampião, luz.

Foi primeiramente do padroado real, mas em 1308 D. Dinis trocou-a por outra com D. João Fernandes de Sotto Maior, bispo de Tui. Passou depois a ser padroado das freiras franciscanas de Monção e, posteriormente (com a ida destas religiosas para o mosteiro da Conceição, em Braga), dos arcebispos bracarenses.
Duas partes da freguesia eram couto, marcado, anexo ao de S. Fins, no que tocava ao cível, e no crime pertencia a Monção. Pagava à câmara desta vila vinte e nove mil réis de fumagens (antigo imposto sobre as casas onde se acendia o lume), não estando sujeita a outras obrigações.
Os habitantes de Luzio estavam isentos da prestação do serviço militar e de marcharem para a guerra. No entanto, havendo a entre Portugal e a Galiza, corria por exclusiva conta dos Luzienses defender o vau da Estaca, no rio Minho, abaixo de Lapela.
Cada morador pagava de reconhecimento ao mosteiro de S. Fins, anualmente, quatro ovos, um cabrito, três dias de serviço e dez réis em dinheiro. Os meios-fogos (aqueles cujo chefe é viúvo ou solteiro), metade.
Quando aqui viesse o rei, o povo da aldeia, obrigado a imposto especial de visita, dava-lhe uma vaca. Se o monarca trouxesse o filho, então a desobriga era de vaca e meia.

Selo: nos termos da Lei, com a legenda: “Junta de Freguesia de Luzio - Monção”.
A igreja paroquial de Luzio é muito antiga, em estilo barroco. A Capela da Senhora do Desterro é simples, remontando a sua construção a 1821. São aqui venerados Nossa Senhora do Desterro e S. Paio, com festejos no último domingo de Julho.
No lugar de Leiradelo, a capelinha e as alminhas em honra de Nossa Senhora de Fátima são de construção recente.
No livro “Inventário Colectivo dos Registros Paroquiais Vol. 2 Norte Arquivos Nacionais / Torre do Tombo”, pode ler-se na integra:
« Na lista das igrejas situadas no território de Entre lima e Minho, elaborada por ocasião das inquirições de D. Afonso III, em 1258, é citada como uma das Igrejas do bispado de Tui. Era do padroado real.


Em 1444. D. João I conseguiu do papa que este território fosse desmembrado do bispado de Tui. passando a pertencer ao de Ceuta, onde se manteve até 1512. Neste ano o arcebispo de Braga, D. Diogo de Sousa, deu ao bispo de Ceuta a comarca eclesiástica de Olivença, recebendo em troca a de Valença do Minho. Em 1513. o papa Leão X aprovou a permuta.
No registo da avaliação dos benefícios eclesiásticos da comarca de Valença, organizado entre 1514 e 1532, pelo arcebispo de Braga, “Luzio” rendia 42 réis.
Na avaliação das mesmas igrejas. elaborada no tempo ele D. Manuel de Sousa (1545-1549) pelo, vigário Rui Fagundes, São Veríssimo de Luzio é referida conjuntamente com S. Tiago de Anhões e a metade sem cura de Santo André de Taias, não se registrando qualquer valor.
Na cópia de 1580 do Censual de D. Frei Baltasar Limpo refere-se que São Verissimo de Luzio tivera anexas as igrejas de S. Tiago de Anhões e Santo André de Taias, então denominada de “Astães”. Mais tarde, o Núncio Próspero de Santa Cruzada anexara por 10 anos a igreja de Luzio e S. Tiago de Anhões ao mosteiro de freiras de S. Bento de Viana. Santo André de Taias estava então anexada a Santa Maria de Abedim.
Gastronomia
Foda à Monção
- Mata-se o animal e depois de lavado dá-se-lhe um banho com vinagre, sal, pimenta, salsa e cebola
- Mistura-se tudo e, com esta papa, esfrega-se bem o cabrito por dentro e por fora.
- Repete-se este banho três ou quatro vezes.
- No dia seguinte, tira-se do sítio e coloca-se numa travessa, limpando-se o cabrito com um pano para lhe tirar alguma cebola e restantes.
- Num pouco de água de cozer carnes, misturamos uma carteirinha de açafrão e barra-se o cabrito, muito bem barrado, e espetam-se bocados de presunto e tiras de toucinho e vai ao forno
Calda para o arroz:
1. Cozemos galinha caseira, um bom pedaço de presunto (não muito gordo), e carne de vaca.
2. Para 2 kg de arroz são 4 litros de calda e põe-se na calda uma saquinha de açafrão, um ramo de salsa e umas rodas de cebola.
3. Põe-se o arroz no alguidar, com a calda bem quente a cozer no forno, com o cabrito por cima do alguidar assente numas varas de loureiro.
4. Coloca-se o cabrito inteiro numa travessa e enfeita-se com ramos de salsa e azeitonas.
5. O arroz vai também numa travessa adornado com rodas de chouriço e tiras de presunto.
6. Coloca-se o cabrito inteiro numa travessa e enfeita-se com ramos de salsa e azeitonas.
7. O arroz vai também numa travessa adornado com rodas de chouriço e tiras de presunto.
Meu Deus que saudades da minha avó e familia quando se encontravam para assar um cabrito no quintal. Luzio meu coração te pertence!!!!
ResponderExcluiranuel Esteves Esteves
ResponderExcluirLuzio
4950-270 LUZIO
251 666 193
COMER BOM COZIDO E CABRITO DA FODA