quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

FREGUESIA DE LUZIO


REGIÃO               norte
SUB  REGIÃO       MINHO LIMA                 
DISTRITO             Viana DO CASTELO
CIDADE                 MONÇÃO
FREGUESIA               Luzio
Brasão: escudo de verde, com pano de muralha de prata lavrado de negro e firmado nos flancos, acompanhado em chefe de um luzeiro de ouro; campanha ondada de prata e azul de três peças. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: “LUZIO – MONÇÃO”.
Bandeira: amarela. Cordão e borlas de ouro e verde. Haste e lança de ouro.



Informação Sumária
Padroeiro:  S. Veríssimo.
Habitantes: 178 habitantes (I.N.E.1991) e 197 eleitores em 31-12-2003.
 Sectores laborais: Agricultura e pecuária e construção civil.Tradições festivas: Nossa Senhora do Desterro (último domingo de Julho).
Valores Patrimoniais e aspectos turísticos: Igreja paroquial e Capela de Nossa Senhora do Desterro, Crasto de S. Paio, belezas ribeirinhas do rio Gadanha, vistas panorâmicas observadas de vários locais da
Freguesia.
Gastronomia: Cabrito assado no forno à moda de Luzio.
(foda à Monção)
A freguesia de Luzio, estende-se em grande parte pela serra da Anta. Ocupa uma área de cerca de 618 ha. Dista quinze quilómetros da sede do concelho. Confronta com Trute e Lordelo a norte, Anhões a nascente, as freguesias de Extremo e Álvora (do concelho de Arcos de Valdevez) a sul, e Portela (Monção), a poente. Divide-se em dois lugares principais: Luzio (composto pelos pequenos lugares de Ínsua, Portal, Paço, Outeiro, Luzenças, Pisado, Calastreiro e Trozinhos) e Leiradelo (subdividido por Igreja, Casbeiro, Tola, Bouças, Beçada, Fonte e Casal).

Segundo alguns autores, o topónimo Luzio deriva de lampião, luz.


 

Foi primeiramente do padroado real, mas em 1308 D. Dinis trocou-a por outra com D. João Fernandes de Sotto Maior, bispo de Tui. Passou depois a ser padroado das freiras franciscanas de Monção e, posteriormente (com a ida destas religiosas para o mosteiro da Conceição, em Braga), dos arcebispos bracarenses.

Duas partes da freguesia eram couto, marcado, anexo ao de S. Fins, no que tocava ao cível, e no crime pertencia a Monção. Pagava à câmara desta vila vinte e nove mil réis de fumagens (antigo imposto sobre as casas onde se acendia o lume), não estando sujeita a outras obrigações.

Os habitantes de Luzio estavam isentos da prestação do serviço militar e de marcharem para a guerra. No entanto, havendo a entre Portugal e a Galiza, corria por exclusiva conta dos Luzienses defender o vau da Estaca, no rio Minho, abaixo de Lapela.
Cada morador pagava de reconhecimento ao mosteiro de S. Fins, anualmente, qua­tro ovos, um cabrito, três dias de serviço e dez réis em dinheiro. Os meios-fogos (aqueles cujo chefe é viúvo ou solteiro), metade.
Quando aqui viesse o rei, o povo da al­deia, obrigado a imposto especial de visita, dava-lhe uma vaca. Se o monarca trouxesse o filho, então a desobriga era de vaca e meia.










Selo: nos termos da Lei, com a legenda: “Junta de Freguesia de Luzio - Monção”.

A igreja paroquial de Luzio é muito antiga, em estilo barroco. A Capela da Senhora do Desterro é simples, remontando a sua construção a 1821. São aqui venerados Nossa Senhora do Desterro e S. Paio, com festejos no último domingo de Julho.
No lugar de Leiradelo, a capelinha e as alminhas em honra de Nossa Senhora de Fátima são de construção recente. 
No livro “Inventário Colectivo dos Registros Paroquiais Vol. 2 Norte Arquivos Nacionais / Torre do Tombo”, pode ler-se na integra:
« Na lista das igrejas situadas no território de Entre lima e Minho, elaborada por ocasião das inquirições de D. Afonso III, em 1258, é citada como uma das Igrejas do bispado de Tui. Era do padroado real.
 No catalogo das, mesmas igrejas mandado elaborar pelo rei D. Dinis em 1320. S. Veríssimo de Luzio foi taxada em 30 libras. Enquadrava-se no arcediagado de Cerveira.
 
Em 1444. D. João I conseguiu do papa que este território fosse desmembrado do bispado de Tui. passando a pertencer ao de Ceuta, onde se manteve até 1512. Neste ano o arcebispo de Braga, D. Diogo de Sousa, deu ao bispo de Ceuta a comarca eclesiástica de Olivença, recebendo em troca a de Valença do Minho. Em 1513. o papa Leão X aprovou a permuta.

No registo da avaliação dos benefícios eclesiásticos da comarca de Valença, organizado entre 1514 e 1532, pelo arcebispo de Braga, “Luzio” rendia 42 réis.

Na avaliação das mesmas igrejas. elaborada no tempo ele D. Manuel de Sousa (1545-1549) pelo, vigário Rui Fagundes, São Veríssimo de Luzio é referida conjuntamente com S. Tiago de Anhões e a metade sem cura de Santo André de Taias, não se registrando qualquer valor.
Na cópia de 1580 do Censual de D. Frei Baltasar Limpo refere-se que São Verissimo de Luzio tivera anexas as igrejas de S. Tiago de Anhões e Santo André de Taias, então denominada de “Astães”. Mais tarde, o Núncio Próspero de Santa Cruzada anexara por 10 anos a igreja de Luzio e S. Tiago de Anhões ao mosteiro de freiras de S. Bento de Viana. Santo André de Taias estava então anexada a Santa Maria de Abedim.

Gastronomia
Foda à Monção
  1. Mata-se o animal e depois de lavado dá-se-lhe um banho com vinagre, sal, pimenta, salsa e cebola
  2. Mistura-se tudo e, com esta papa, esfrega-se bem o cabrito por dentro e por fora.
  3. Repete-se este banho três ou quatro vezes.
  4. No dia seguinte, tira-se do sítio e coloca-se numa travessa, limpando-se o cabrito com um pano para lhe tirar alguma cebola e restantes.
  5. Num pouco de água de cozer carnes, misturamos uma carteirinha de açafrão e barra-se o cabrito, muito bem barrado, e espetam-se bocados de presunto e tiras de toucinho e vai ao forno
Calda para o arroz:

1. Cozemos galinha caseira, um bom pedaço de presunto (não muito gordo), e carne de vaca.
2. Para 2 kg de arroz são 4 litros de calda e põe-se na calda uma saquinha de açafrão, um ramo de salsa e umas rodas de cebola.
3. Põe-se o arroz no alguidar, com a calda bem quente a cozer no forno, com o cabrito por cima do alguidar assente numas varas de loureiro.
4. Coloca-se o cabrito inteiro numa travessa e enfeita-se com ramos de salsa e azeitonas.
5. O arroz vai também numa travessa adornado com rodas de chouriço e tiras de presunto.
6. Coloca-se o cabrito inteiro numa travessa e enfeita-se com ramos de salsa e azeitonas.
7. O arroz vai também numa travessa adornado com rodas de chouriço e tiras de presunto.

2 comentários:

  1. Meu Deus que saudades da minha avó e familia quando se encontravam para assar um cabrito no quintal. Luzio meu coração te pertence!!!!

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  2. anuel Esteves Esteves
    Luzio
    4950-270 LUZIO
    251 666 193
    COMER BOM COZIDO E CABRITO DA FODA

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