quarta-feira, 20 de abril de 2011

FREGUESIA DE NOSSA SENHORA DE GUADALUPE

EGIÃO                  ALENTEJO
SUB  REGIÃO   ALENTEJO CENTRAL
DISTRITO         EVORA
CIDADE           EVORA
Freguesia  Nossa Senhora de Guadalupe


O brasão da freguesia é composto por um sobreiro de ouro, frutado de verde, troncado e arrancado de prata e descortiçado de vermelho, representativo da extracção de cortiça, uma das actividades que ainda persiste na freguesia. Do lado direito vê-se indistintamente uma oliveira de ouro, frutada de negro e desenraizada de prata, colocados em faixa, a simbolizar aquela que foi, em tempos, a mais importante actividade da freguesia. Nos extremos verticais encontramos, em cima, uma flor-de-lis de prata e em ponta, em baixo, um dólmen de ouro, a realçar a riqueza arqueológica da aldeia.

O orago da freguesia é Nossa Senhora de Guadalupe. O culto desta santa, declarada padroeira de toda a América, em 1945, pelo Papa Pio XII, está intimamente ligado ao processo de evangelização do México, que até essa altura se tinha revelado bastante moroso e difícil.

Com início nesse país da América latina, a devoção a esta santa deveu-se, em parte, à sua aparição ao índio batizado Juan Diego, que ocorreu pela primeira vez em meados de 1531, quando este passava pela colina de Tepeyac, nas imediações da capital mexicana. A busca de uma melodia, que então ouvira, conduziu-o a uma nuvem branca, sobre a qual se elevava uma linda Senhora, resplandescente de luz, envolta num arco-íris.



Revelando-se como a verdadeira mãe de Cristo, encarregou-o de pedir ao bispo D. Juan de Zumárraga que construísse, naquela colina, uma igreja em honra e glória de Deus. Após várias tentativas o jovem índio consegue finalmente falar com o bispo, que, como seria de esperar, não acreditou na veracidade da história.

O bispo decide, então, pedir um sinal da Virgem ao indígena, o qual lhe foi concedido apenas na terceira aparição. Juan Diego tinha ido buscar um sacerdote para dar a extrema-unção a um tio doente, e a Virgem pede-lhe que colha flores no bosque e as leve ao bispo, ao que Diego respondeu prontamente.

O índio vai entregar as flores ao bispo, embrulhadas num pano. Ao abri-lo o bispo fica estupefacto ao encontrar um ramo de flores frescas e perfumadas, envoltas num manto onde estava bordada a figura da Virgem de Guadalupe, de tez morena, olhos claros e vestida como as mulheres da Palestina.


Emocionado, D. Zumárraga, decide proceder à construção do templo em honra da mãe de Deus.
Esse manto, apesar da baixa qualidade do tecido, sobreviveu ao longo de 450 anos, mantendo-se ainda em perfeito estado de conservação, no Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe. Esta igreja tornou-se, depois do Vaticano, o santuário mais popular do mundo.


Nossa Senhora de Guadalupe, uma das mais recentes freguesias do concelho de Évora, nasceu a partir da freguesia de Nª Sª da Graça do Divor, pelo Decreto Lei nº 128/85 de 4 de Outubro. A ocupar uma área de 6.685 hectares, anteriormente pertencente à extinta freguesia de S. Matias, tem como principal povoação a aldeia de Guadalupe.

Monte das Pedras e S. Matias, sede de uma extinta freguesia do século XVI, são outros dos lugares de referência desta localidade.

A 13 km da cidade eborense, encontra-se limitada pelas freguesias de Nª Sª da Tourega, Nª Sª da Boa-Fé, S. Sebastião da Giesteira e Nª Sª da Vila, pertencente ao concelho de Montemor-o-Novo.


Criada pelo Decreto Lei nº 128/85 de 4 de Outubro a Freguesia de Nª Sra. de Guadalupe nasce a partir da Freguesia de N. Sraª da Graça do Divor e na área onde antes existiu a extinta freguesia de S. Matias.

A aldeia de Guadalupe, outrora Água de Lupe, alberga nas suas fronteiras vestígios importantes do megalitismo. Há milhares de anos atrás o homem ocupou a zona envolvente à atual freguesia, por se tratar de uma zona fértil, com paisagem e clima propícios à prática agrícola. Diversas antas, cromeleques, menires, grutas com gravuras e outras ruínas, são marcas dessa presença.

O nome da freguesia advém de uma ermida dedicada a Nossa Senhora de Guadalupe. Erigida no local onde existiu, noutros tempos, um pequeno oratório, foi inaugurada solenemente apenas em 1615, 6 anos depois da sua fundação.


A linha limite da Freguesia de Guadalupe, pertencente ao Concelho de Évora, começa no marco nº 1, 13, 27 situado na Herdade de Alcamizes e segue a estrema desta Herdade, confrontando com a Freguesia de Nª Sra. da Tourega, onde está colocado o marco nº 2, 26.
A partir deste marco segue a estrema da Herdade de Figueiras até ao marco 3, 25, continuando pela Herdade da Provença e depois pela de Perdieiros até ao marco nº 4, 24 onde encontra a Herdade de Vale de Cardo, em cuja estrema está o marco nº 5, 1, 23, seguindo-se o confronto com a Freguesia de Nª Sra. da Boa Fé, e a continuação pela estrema daquela Herdade.



Segue depois a estrema da Herdade dos Almendres, onde se situam os marcos nº 6, 35, 7, 34, 8, 33, 9 e 32 e a Herdade de Courelas na qual se levantam os marcos nº 10, 31, 11 e 30, passando daqui em diante a seguir a estrema da Herdade de Paicão, confrontando com a freguesia de São Sebastião da Giesteira. Nesta estrema está localizado o marco nº 12, 29, e a seguir a Herdade do Castro, na estrema da qual está o marco nº 13, 28, 13, passando a partir dele a confrontar com a Freguesia de Nª Sra. da Vila do concelho de Montemor-o-Novo.


Prosseque pela estrema da Herdade do Castro até encontrar a Herdade de Abaneja, de cuja estrema não se afasta e onde existem os marcos nº 14, 12 e 15, 11. A partir deste último marco segue a estrema da Herdade de Vale Marias de Cima ou Palanganas,

na qual se situam os marcos nº 16,10, 17, 9 confrontando-se a partir deste último marco com a Freguesia da Graça do Divor prosseguindo pela estrema da Herdade de Vale de Marias de Cima ou Palanganas até encontrar a Herdade de Vale de Marias dos Morenos de cuja a estrema não se afasta.
Segue pela canada até ao Ribeiro da Casbarra e encontra a Herdade do Azinhal, passando pela estrema do Valado do Mato, Courelas do Foro, Quinta de Cima, Quinta Pequena e Quinta de Santa Catarina. Passa a confrontar, a partir daqui, a Freguesia da Sé e depois a estrema da Quinta do Salgado e Herdades do Montinho onde se ergue o marco nº 51, 21, e Quintinha na qual estão colocados os marcos 52, 20, 53, 19.

Neste ponto encontra a Herdade do Esbarrondadouro, cuja estrema segue e na qual estão os marcos nº 54, 18, 55 e 17 e passa depois a seguir a estrema das Herdades de Lucena e Curral da Obra onde existe o marco nº 56, 16 e Herdade de Alcamises onde está o marco nº 57, 15, junto à estrada nacional e continuando pela mesma estrema encontram-se os marcos nº 58, 14 e 1, 13, 27.


Gastronomia
Sopa da Panela

Ingredientes:
  • 1/2 frango
  • 100 grs de toucinho fresco entremeado
  • 100 grs de chouriço de carne
  • 1 cebola
  • 1 ramo de salsa
  • 150 grs de pão duro caseiro ou de 2ª
  • hortelã
  • sal
Modo de Preparo:

1. Introduza o frango, o toucinho, o chouriço, a cebola e a salsa em 2 litros de água fria.
2. Tempere com sal.
3. Leve ao lume e deixe ferver retirando a espuma que se forma no início da fervura.
4. Deixe cozer.
5. Entretanto, corte o pão em fatias finas para dentro de uma terrina e espalhe por cima raminhos de hortelã.
6. Retire as carnes, a cebola e a salsa da panela.
7. Corte as carnes em bocados e disponha-as também sobre o pão.
8. Regue com o caldo.
9. Tape a terrina e sirva 5 minutos depois.
*As carnes podem ser servidas à parte numa travessa mas ao mesmo tempo.
Em vez de frango pode utilizar cachaço de borrego, carne de vaca, galinha ou peru.

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