terça-feira, 14 de dezembro de 2010

PEDRO ANTÔNIO CORREIA GARÇÃO - 1724-1772

Pedro Antônio Correia Garção Junto com Reis Quita,
 foi um dos fundadores da "Arcádia Ulissiponense".

Foi perseguido pelo Marquês de Pombal, que mandou prendê-lo.
 
Ficou oito meses incomunicável, não se sabendo, ainda hoje, a causa determinante desse fato.

Por incrível coincidência, morreu exatamente no instante em que sua esposa 
chegava à prisão com uma ordem de soltura para o poeta.
 
Escreveu odes, comédias, epístolas, sonetos.

A "Cantata de Dido", segundo Garret, "é uma das mais sublimes concepções do engenho humano, 
uma das mais perfeitas obras executadas pela mão do homem".

De Correia Garção, trasladamos um soneto que dedicou
  "A uma senhora a quem o autor chamava sua mãe":
   
Comigo minha mãe brincando, um dia,
 a namorar c 'os olhos me ensinava;
mas Amor, que em seus olhos, me esperava,
com mil brilhantes farpas me feria.

De quando em quando mais formosa ria,
porque incapaz do ensino me julgava;
porém tanto a lição me aproveitava,
 que suspirar por ela já sabia.

Em poucas horas aprendi a amá-la:
ditoso se tal arte não soubera,
não me custara a vida não lográ-la.

Certo, que aprender menos melhor era;
pois não soubera agora desejá-la,
nem de tão louco amor enlouquecera!

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