quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

ÁGUAS FRIAS

REGIÃO               NORTE
SUB  REGIÃO       TRAS-OS-MONTES
DISTRITO             BRAGANÇA
CIDADE                CHAVES
FREGUESIAAguas Frias

A 12 km da cidade de Chaves, a Nascente desta, situa-se nas denominadas terras de Monforte, nome que provém do Castelo de Monforte de Rio Livre, que altaneiro se localiza em pleno coração da freguesia  .

Confronta com as freguesias de Paradela de Monforte, Travancas (num único ponto), Cimo de Vila da Castanheira (num único ponto), Tronco, Bobadela, Oucidres, S.Julião de Montenegro, Eiras (num único ponto), Faiões, Stº Estêvão e Stº António de Monforte.

Pelas confrontações, nota-se, ser uma das maiores freguesias do concelho, e de facto assim é, pois em área (27.95 km2) só é ultrapassada pela freguesia de São Vicente da Raia (36.00km2).



Sem qualquer dúvida a freguesia possui um dos maiores pontos de interesse do concelho, mas não só, pois o interesse é regional e até nacional. Refiro-me, claro, ao Castelo de Monforte que outrora teve a sua importância estratégica, com uma Vila Medieval dentro de muralhas, hoje abandonada e muito arruinada mas também na sua área de influência nasceriam as várias populações que hoje constituem a freguesia de Águas Frias bem como outras freguesias próximas, vindo a perder naturalmente a sua importância militar, mantendo no entanto a sua importância histórica e monumental mas também um ponto importante na montanha, enquanto por lá, durante dezenas de anos, se realizava uma das mais importantes feiras de gado da região.


O Primeiro foral de Monforte de Rio Livre  foi outorgado por D.Afonso III em 1273.

D. Dinis posteriormente promoveria a reedificação da estrutura castelar dotando-a da sua magnifica Torre de Menagem. Na centúria seguinte, já bastante despovoado, D.João I viria a construir ali um “Couto de Homiziados” (1420), mas de pouco valendo, pois posteriormente viria a conhecer o abandono total, já no séc. XIX, altura em que é também extinto o concelho de Monforte de Rio Livre











Abandono total que chega até aos nosso dias pois embora há anos atrás houvesse uma tentativa de revitalizar o espaço envolvente com a construção de merendeiros e uma área de lazer, lançando para lá uma feira medieval que ainda se realizou durante dois ou três anos e a intenção de na torre de menagem montar um museu, tudo foi ficando pelo caminho, conhecendo nos actuais dias de novo o abandono total de onde todos se excluem das responsabilidades que têm.



Mas verdade seja dita, também foi o actual Governado Civil, aquando Presidente da Câmara Municipal de Chaves, que fez alguma coisa pelo castelo e espaço envolvente, devendo-se a ele a tal área de lazer existente e as tais feiras medievais que não vingaram. Conclusão das conclusões – Do estado actual do castelo ninguém é culpado, mas todos o são e como tal, com culpas distribuídas por todos, o mais certo é que um monumento nacional continue entregue ao completo abandono…a nós, que ninguém nos liga, resta-nos denunciar e lamentar, ter pena que também ele sofra da sua ruralidade que embora bem visível a léguas, ninguém o veja no seu maior interesse
 
Mas embora o Castelo tenha a sua importância, historicamente a freguesia tem mais a dizer, pois tudo indica que o seu povoamento remonte, pelo menos, à proto-histórica Cultura Castreja do Noroeste Peninsular, pelo menos é o que tudo indica o topónimo “Monforte” e que o mesmo se relacione com um dos numerosos  povoados fortificados da idade do Ferro e Romanização ligado no aro concelhio flaviense, por onde se supõe também que passaria a Via Augusta (calçada romana) que ligava Braga a Astorga, ou seja uma daquelas que seria uma auto-estrada da época romana.
Também em arquitectura civil e religiosa a freguesia possui os seus pontos de interesse, com a Igreja paroquial de Águas Frias setecentista e as Igreja das Avelelas, a Capela de S.Miguel, Stº Amaro, N.Srª dos Prazeres, Stª Bárbara e algumas casas mais ou menos solarengas. Aliás a aldeia de Águas Frias pelo seu interesse arquitectónico possui um núcleo que no PDM de Chaves está protegido com a preservar, mas infelizmente quase e apenas isso, pois tem sido vítima da descaracterização do seu antigo núcleo (o tal interessante) sem o devido cuidado da preservação.

Gastronomia
Pastéis de Chaves

Ingredientes:

_ 500g de farinha de trigo;
_ 3 ovos;
_ água morna com sal;
_ 400g de margarina para folhados;

Modo de preparo:

  1. Amassa-se a farinha com os ovos,
  2. Adiciona se a água e amassa-se bem até ficar uma
massa fina.

  1. Estende-se a massa com o rolo num rectângulo grande.
  2.  Divide-se a margarina em três partes iguais.
  3. Com a ajuda de uma faca, barra-se a massa com a
primeira parte da margarina.
  1. Enrola-se e volta a estender-se.
  2. Faz-se esta operação três vezes com manteiga e a última vez sem nada.
  3. Fica com cerca de 6 centímetros de diâmetro e corta-se às rodelas de um centímetro.
  4. Quando as rodelas estiverem todas cortadas, untam-se as mãos em óleo e
  5. estendem-se as rodelas de massa com os
dedos, até cerca de 10 centímetros de largura.
  1. Recheiam-se com picado de carne.
  2. Dobram-se ao meio (ficando com feitio de
meia-lua),
  1. calca-se na carne e não nas pontas e vão ao forno quente a cozer em tabuleiro polvilhado de farinha.

Um comentário:

  1. Só para esclarecer que Chaves é no distrito de Vila Real. :)

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