segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

CABAÇOS - PONTE DE LIMA


REGIÃO               NORTE
SUB  REGIÃO       MINHO LIMA
DISTRITO             VIANA DO CASTELO
CIDADE                PONTE DE LIMA
FREGUESIA                               Cabaços
Cabaços, situada entre o monte da Nó e o de S. Veríssimo, dista cerca de treze quilómetros da sede do concelho. É composta pelos seguintes lugares principais: Barrosas, Calmario, Carvalhal, Chão, Codessido, Correndelos, Fervenças, Gaioso, Lamas, Mouro, Outeiro, Pedreira, Penelas, Pomarada, Pomarelho, Rua Nova, Soutelo, Tresmonde e Vilela.

            O seu primitivo povoamento ascende certamente a épocas pré-romanas, dada a sua localização próxima do monte da Nó (Nahor) e da cividade-castelo medieval de Penela.
A antiga freguesia de S. Miguel de Cabaços era reitoria da apresentação do cabido da Sé de Braga (confirmada pelo papa Pascoal II, em 1115. Foram feitas sucessivas doações pelos herdeiros desta igreja, como a de Sancha Bermudes (1124) e outras em 1158, 1178 e 1188. As Inquirições de 1220 referem-na no território de Penela. As de 1258 mencionam-na como "collatione Sancti Michaelis de Cabaazos", acrescentando que "el-rey non é padrom (...) e é couto por padroes et non fazem nem um foro a el-rey" - isto certamente por constituir concelho de per si, de origem senhorial. Ainda no século XVIII a paróquia era reitoria do cabido de Braga, sendo o seu pároco apresentado pelo de Fojo Lobal, a que estava anexa.

Foi igualmente da comarca de Braga.


Teve juiz ordinário e dos órfãos, escrivão, almotacé (ou almotacel - antigo inspector camarário de pesos e medidas que fixava os preços dos géneros), vereador e meirinho, todos sujeitos à jurisdição da mitra primaz de Braga.
            Reza a tradição que a pouco mais de um quilómetro do centro da povoação existiu um convento de monges beneditinos, que foi totalmente arrasado pelos mouros em 718. Ficava situado no lugar chamado Bouça Longa e os frades eram conhecidos pela denominação de frades longos.
Nesta freguesia nasceu José da Costa Pimenta Jarro. Emigrado no Brasil, logrou amealhar alguns minguados recursos, como oficial de ourives e - conforme descreve o "Almanaque de Ponte de Lima" de 1910 - "levado pela sua grande caridade e animado pelos seu espírito bondoso, quis fazer participar os desgraçados do pequeno pecúlio que entesourara": fundou em Viana, em 15 de Janeiro de 1780, a grandiosa Congregação e Hospital de Velhos e Entrevados de Nossa Senhora da Caridade.
Acabou "vestindo o hábito de estamenha e passando a fazer vida de penitente no áspero deserto da Arrábida".
            A igreja paroquial de Cabaços foi construída entre os anos de 1720 e 1725, substituindo a primitiva matriz, que lhe ficava a duzentos metros. A Capela de S. Geraldo remonta ao século XVIII e o pelourinho do lugar de Brumeiral é também secular.
Fontes consultadas: Dicionário Enciclopédico das Freguesias, Freguesias- Autarcas do Séc. XXI, Inventário Colectivo dos registros Paroquiais Vol. 2 Norte Arquivos Nacionais /Torre do Tombo.

Gastronomia               





Arroz de Sarrabulho

Ingredientes:
Para 5 pessoas

- 1 kg de arroz;
- 600 g de carne de vaca;
- meia galinha;
- 500 g de costela de porco (entrecosto);
- 2 ossos frescos da suã (espinhaço);
- 500 g de carnes ensanguentadas pertencentes à colada do porco;
- 1 lombelo (lombo escuro);
- 1 chouriço de carne ; 2,5 dl de sangue de porco;
- 1 ramo de salsa;
- 1 casco de cebola;
- um quarto de folha de louro;
- 2 cebolas;
- 3 dl de azeite;
- sal;
- pimenta.
Modo de Preparo:
  1. Cozem-se as carnes em água abundante com a salsa, o casco de cebola, o louro e o sal.
  2. À parte, prepara-se um refogado pouco puxado com a cebola picada, o azeite, salsa e louro.
  3. Rega-se com um pouco da água em que as carnes cozeram e deixa-se ferver.
  4. Quando a calda estiver bem apurada e temperada, introduz-se o arroz.
  5. A calda deve ter cerca de três vezes o volume do arroz.
  6.  Reserva-se a restante para acrescentar se for necessário.
  7. A meio da cozedura do arroz, junta-se o sangue e as carnes, que entretanto se desfiaram (com excepção das da colada).
  8. Mexe-se muito bem e deixa-se acabar de cozer.
  9. Serve-se o arroz assim que estiver pronto, enfeitado com as carnes da colada cortadas em bocados e algumas carnes desfiadas que se reservaram para o efeito.


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