DISTRITO CASTELO BRANCO
CIDADE FUNDÃO
FREGUESIA TELHADO
HERALDICA
Os símbolos estão de acordo com o parecer da Comissão de Heráldica emitido em 28 de Dezembro de 2001, nos termos da Lei 53/91 de 7 de Agosto e publicado no Diário da República - III Série, nº13 - 18 de Janeiro de 2006.
Encontram-se registados na Direcção Geral de Autarquias Locais com o nº10/2006 de 8 de Fevereiro.
SÍMBOLOS:
Brasão:
Escudo de prata, cinco telhas de vermelho postas em pala e alinhadas em asna; em campanha, uma espiga de trigo de verde e um ramo de oliveira do mesmo, frutado de negro, com os pés passados em aspa e atados de vermelho. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: "TELHADO - FUNDÃO".
Verde. Cordão e borlas de prata e verde. Haste e lança de ouro.
Selo:
Nos termos da lei, com a legenda: "Junta de Freguesia de Telhado - Fundão".
SIGNIFICADO:
A espiga de trigo e o ramo de oliveira representam as actividades económicas, com destaque para as produções de azeite e de cereais.
CARECTERIZAÇÃO
A Freguesia do Telhado pertence ao Concelho do Fundão, sendo constituída pela aldeia do Telhado e pela aldeia anexa de Freixial. Tem uma área de 17,52 km2 e uma densidade populacional de 35,3 hab./km2, num total de 619 habitantes, em números relativos aos Censos de 2001.Possui uma história milenar, sendo abundantes os vestígios da presença romana.
É um território essencialmente rural mas que até há ainda poucos anos atrás vivia de uma pujante actividade relacionada com o trabalho do barro, abundante por estas terras, facto que deu nome à aldeia sede de freguesia e ainda à aldeia de Freixial, antiga Freixial dos Potes.
São ainda bem visíveis os vestígios dessa actividade, seja nas casas, seja nos impressionantes fornos de olaria, destacando-se o secular do forno de olaria comunitário. A pouco e pouco a olaria entrou em declínio e hoje em dia já não tem a importância de outrora.
São ainda bem visíveis os vestígios dessa actividade, seja nas casas, seja nos impressionantes fornos de olaria, destacando-se o secular do forno de olaria comunitário. A pouco e pouco a olaria entrou em declínio e hoje em dia já não tem a importância de outrora.
Também a actividade mineira aqui teve expressão na forma de explorações de chumbo, estanho e volfrâmio, até meados do século XX.
Pela sua paisagem, pela sua arquitectura, pela sua história e pela simpatia e hospitalidade das suas gentes, a freguesia justifica plenamente uma visita.
Esta zona, de aluvião fértil e rica em recursos naturais, guardada pelas serranias que asseguravam protecção, terá atraído essas primitivas comunidades que pelas cumeadas se foram estabelecendo e deixando a sua marca, tanto na Serra do Gomes como na vizinha Serra da Gardunha.
Seria contudo com a chegada dos romanos, já no 1º século da nossa era, que a zona correspondente à freguesia do Telhado, seria alvo de uma importante e efectiva ocupação humana, da qual ainda hoje se encontram inúmeros vestígios dispersos, desde a Quinta do Ortigal (no limite com a freguesia de Alcaria),
até ao Casal de Santa Maria, embora toda a área careça ainda de estudos mais aprofundados que permitam caracterizar com rigor essa ocupação. Apesar de tudo, a concentração de vestígios na actual zona da Capela da Senhora da Rosa indica que terá provavelmente sido a partir dessa época que aí se formou o primitivo povoado da Carantonha.
Dessa época sobressai o nome de Avitus, um proeminente cidadão, provavelmente de origem indígena, que surge referido tanto numa inscrição funerária de um dos seus escravos, encontrada no Freixial mas provavelmente proveniente da zona da Capela da Senhora do Mosteiro onde Avitus, como ainda numa inscrição no Souto da Casa, freguesia vizinha, da qual se deduz que terá patrocinado a construção de uma fonte.
Foi aliás encontrada no Casal de Santa Maria uma outra inscrição dedicada ao deus Apolo, também por Avitus.
HISTORIA
Os primórdios
Os vestígios mais antigos de ocupação humana na Freguesia do Telhado remontam ao III milénio a.C. Tratam-se dos vestígios de um pequeno túmulo megalítico, junto ao qual foram ainda encontradas três mós manuais, localizados na Serra do Gomes, sobranceira à sede da freguesia.
Estes vestígios, estarão provavelmente associados ao povoamento do Castro da Argemela, importante sítio arqueológico da Idade do Bronze, situado no prolongamento do cume desta serra.
Estes vestígios, estarão provavelmente associados ao povoamento do Castro da Argemela, importante sítio arqueológico da Idade do Bronze, situado no prolongamento do cume desta serra.
Esta zona, de aluvião fértil e rica em recursos naturais, guardada pelas serranias que asseguravam protecção, terá atraído essas primitivas comunidades que pelas cumeadas se foram estabelecendo e deixando a sua marca, tanto na Serra do Gomes como na vizinha Serra da Gardunha.
A romanização
Seria contudo com a chegada dos romanos, já no 1º século da nossa era, que a zona correspondente à freguesia do Telhado, seria alvo de uma importante e efectiva ocupação humana, da qual ainda hoje se encontram inúmeros vestígios dispersos, desde a Quinta do Ortigal (no limite com a freguesia de Alcaria),
até ao Casal de Santa Maria, embora toda a área careça ainda de estudos mais aprofundados que permitam caracterizar com rigor essa ocupação. Apesar de tudo, a concentração de vestígios na actual zona da Capela da Senhora da Rosa indica que terá provavelmente sido a partir dessa época que aí se formou o primitivo povoado da Carantonha.
Dessa época sobressai o nome de Avitus, um proeminente cidadão, provavelmente de origem indígena, que surge referido tanto numa inscrição funerária de um dos seus escravos, encontrada no Freixial mas provavelmente proveniente da zona da Capela da Senhora do Mosteiro onde Avitus, como ainda numa inscrição no Souto da Casa, freguesia vizinha, da qual se deduz que terá patrocinado a construção de uma fonte.
Foi aliás encontrada no Casal de Santa Maria uma outra inscrição dedicada ao deus Apolo, também por Avitus.
A dimensão dos silhares almofadados, encontrados na base da capela da Senhora do Mosteiro, leva a supor a existência de uma construção de grandes dimensões, podendo tratar-se da residência desse mesmo Avitus. Esta construção poderá ter mais tarde sido reaproveitada para o Mosteiro que surge referido na tradição oral local e no próprio nome da capela.
A partir da Idade Média
Já na Idade Média, em 1314, a povoação da Carantonha é referida nas Inquirições de D. Dinis, sendo que a Igreja de Santa Maria da Carantonha, matriz dessa povoação no local da actual Capela da Senhora da Rosa, existiria já em 1320-21. No entanto, a própria aldeia era já anterior ao reinado de D. Sancho II (1223-48).
Em 1758, da Carantonha já não subsistiam vestígios a não ser a “ermida de Nossa Senhora da Rosa”, tendo sido substituída a curta distância pela aldeia do Telhado, então já com 94 fogos e 326 habitantes.
Perto dali, a aldeia do Freixial, provavelmente de origem medieval, tinha também já 70 fogos e 206 habitantes e ainda mais 6 habitantes num casal anexo, embora sendo uma freguesia ainda independente do Souto da Casa e do Telhado, freguesias nas quais viria a ser integrada em 1896 e depois em 1898 respectivamente.
Reza a tradição oral que o primitivo assentamento tenha sido no sítio dos Pardieiros, tendo-se depois deslocado o povoamento para a actual aldeia de Freixial.
Reza a tradição oral que o primitivo assentamento tenha sido no sítio dos Pardieiros, tendo-se depois deslocado o povoamento para a actual aldeia de Freixial.
Desde os tempos da Carantonha que a freguesia do Telhado dependia directamente da Sé da Guarda. Era o cabido desta Sé que nomeava directamente o prior da freguesia e recolhia directamente as rendas desta.
Em tempos sede de uma activa exploração mineira e uma importantíssima actividade oleira, a freguesia não escaparia contudo à tendência generalizada da emigração que, a partir dos anos 1950 e 1960, levaria ao declínio da população residente (619 habitantes segundo os Censos de 2001), assim como à extinção da exploração mineira e ao quase desaparecimento da actividade da olaria.
PATRIMONIO
Fonte do Casal
Quinta do Ortigal
Gastronomia do Telhado e arredores
Gastronomia do Telhado e arredores
Torradas ou fritas
Ingredientes:
Pão grande (de mistura),
azeite (acabado de sair da bica)
açúcar.
Preparação:
1. Parte-se o pão em fatias bem finas, e
2. fritam-se numa frigideira, em azeite bem quente, de um lado e do outro.
Polvilham-se com açúcar“Caldudo”
Ingredientes:
Castanhas,
água,
azeite e
sal.
Preparação:
1. Das castanhas secas, no caniço, são lhes tiradas a casca.
2. São introduzidas numa panela de ferro, com água, sal e um pouco de azeite.
3. Leva-se ao lume, da lareira e deixa-se cozer bem as castanhas.
4. Parte destas são esmagadas com um garfo, para tomar a água um pouco mais espessa.
Depois é só servir o caldudo em tigelas de barro. aldeirada de borrego
Ingredientes:
7 a 9kg de carne de borrego partida em pedaços,
batatas,
cebola,
pimentos,
tomates,
cenoura,
serpão,
salsa,
sal,
azeite e
picante a gosto .
Preparação:
1. Corta-se às rodelas as batatas, cebolas, pimentos, tomates e a cenoura.
2. Põe-se numa panela grande, camadas de batatas, cebola, pimentos, tomates e cenoura,
3. entre estes ingredientes põe-se sempre uma camada de carne de borrego,
4. em cima põe-se o serpão, a salsa, o sal e o picante.
5. Tapa-se a panela e leva-se a lume brando, deixando-se cozer (o tempo de cozedura é cerca de 3 a 4 horas).
6. A tampa da panela deve ser lacrada, não se podendo abrir durante a cozedura nem se podem mexer nos ingredientes.
7. Durante a cozedura, e só a partir dos primeiros 45 minutos, pega-se nas asas da panela e roda-se a panela, de forma que a caldeirada rode no interior para não agarrar.
8. Passado o tempo de cozedura é só servir.
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