rEGIÃO NORTE
SUB REGIÃO TAMEGA
DISTRITO PORTO
CIDADE PENAFIEL
FreguesiaIrivo
Heraldica
A ordenação heráldica do brasão tem o parecer da Comissão Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses emitido em 19 de Dezembro de 2000.
Foi publicada no Diário da Republica, III série, n.º73 de 27 de Março de 2001. O Brasão é composto por um escudo de prata, com um arco memorial a negro lavrado a ouro, entre um corvo negro e uma roda dentada de verde, em chefe e uma campanha ondada de azul e prata de três tiras. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro «IRIVO-PENAFIEL».
O corvo simboliza o orago da freguesia São Vicente, a roda dentada representa a indústria existente na freguesia, o arco memorial representa o monumento fúnebre aquando da passagem do cortejo fúnebre da Rainha Mafalda a caminho do Convento de Arouca e a campanha ondada de Azul e prata representa os rios
Historia
A freguesia de Irivo situa-se no extremo ocidental do concelho de Penafiel, a cerca de cinco quilómetros da sede concelhia. Tem uma área de quatro quilómetros quadrados e é delimitada pelas freguesias de Cête (concelho de Paredes), Guilhufe, Galegos, Paço de Sousa e Urrô. Nas memórias paroquiais de 1758, lê-se o seguinte “Esta freguezia de São Vicente de Eriva fica na provincia de Entre Douro e Minho pertence ao Bispado do Porto, he da comarca de Penafiel, termo da mesma cidade (...) Passa pelo meio desta freguesia o rio chamado Sousa cujo nascimento tem para as partes de Basto perto da Lixa, que daqui dista quatro legoas, e meia pouco mais ou menos”.
Encontramos o topónimo sob várias formas: Eirigo, Eirivo, Eribo e Erivo; Heribio, Heribo, Irigo e Irigu; finalmente fixado como Irigo. No ano de 1085, numa doação de Ermígio Moniz ao Mosteiro de Paço de Sousa, surge: ”ipsa villa de Eribio que est in terra de Penafiel inter Sausa e Kaualunum” e no Cadastro de 1527: “São Vicente de Ryvyo”.
A hipótese habitual aceite, aponta para o facto da freguesia ser banhada por dois rios – o Sousa e o Cavalum
A hipótese habitual aceite, aponta para o facto da freguesia ser banhada por dois rios – o Sousa e o Cavalum
– ou pelo aproveitamento das suas águas para rega, portanto terra irrigada.
O termo latino rivus pode estar na origem do Ryvyo do Cadastro do século XVI, ou do Rivyus, da mesma época
O termo latino rivus pode estar na origem do Ryvyo do Cadastro do século XVI, ou do Rivyus, da mesma época
Os verbos latinos rigo e irrigo, significam regar, banhar, molhar e irrigar; os adjectivos riguus, banhado, regado, molhado, que serve para regar. Por desvio ou condução de águas temos ainda, dois vocábulos latinos possíveis no caso; derivo e dirigo, de que nos ficou derivar, que é o mesmo que desviar ou afastar algo (neste caso água) do seu curso normal. Se quisermos aceitar que o topónimo pode ser de outra origem, e pode, o que nos parece mais razoável, será o facto de,
na margem direita do rio Cavalum ter existido um castro e o seu levantamento originar o nome da localidade pelo vocábulo latino erigo, erguer, ou o também latino dirigo, pôr-se em linha de combate, ou então o acto do mesmo ser tirado à força, em latim, eripio, ou a fase mais extrema e derradeira porque passou, obviamente, que foi a sua demolição, o seu hirivar e daqui Hirivo, demolido, o deitar por terra, como vemos num documento de 1191 da Fundação de São Miguel de Penaguião: “Entonces Dom Gomes, que era muy sanhudo, fijo hirivar em terra aquella Igreja”.
Iriva, no Alentejo, significa calúnia, blasfémia, o que não desejamos para o nosso Irivo, já que daqui se inferiria uma designação toponímica muito depreciativa, embora não tanto como se nos viesse de Érebo, do latim erebu ou seja “região tenebrosa que ficava por baixo da terra e por cima do inferno”.
Irivo foi curato da apresentação do Mosteiro de Paço de Sousa e passou mais tarde, a reitoria independente.
Está-lhe anexada, de há muito, a vetusta freguesia de Santa Maria de Coreixas, antigo curato da apresentação do Mosteiro de Cête. Em resultado desta anexação, denominou-se Irivo-e-Coreixas e foi assim designada durante muito tempo.
No lugar da Ermida, está o memorial da Ermida, monumento nacional que, uns, consideram estar ligado à passagem do funeral de Santa Mafalda e, outros, defendem tratar-se do túmulo de Dom Sousinho Álvares.
Também, ni lugar de Coreixas, existe a Torre de Durigo, imóvel de interesse público e que terá pertencido à família dos Brandoes.
Nesta freguesia, nasceu José Barreto, músico de grande mérito no século passado, que escreveu numerosas composições musicais de qualidade reconhecida. Mereceu a homenagem dos penafidelenses, bem expressa num escrito da autoria de Coroliano de F. Beça.
Patrimonio
Capela de Nossa Senhora da Conceição
Esta é uma Capela muito antiga, cuja origem precisa se desconhece, sabendo-se contudo que à mais de século serviu de igreja paroquial da extinta freguesia de Santa Maria de Coreixas, actualmente aqui se venera e efectua uma romaria a Nossa Senhora da Conceição, que se realiza anualmente no dia 8 de Dezembro (festa religiosa com procissão).
Igreja Matriz.
Construída sob a orientação do pároco Manuel de Oliveira Braga e inaugurada em 20 de Agosto de 1944, com a presença do bispo da diocese, D. Agostinho de Jesus e Sousa. Esta já restaurada por ocasião das celebrações do seu cinquentenário, que contaram com a avisita de Sua Exa. o Reverendissimo D. Júlio Tavares Rebimbas.
Merece especial referência a altura da torre, a imagem do padroeiro esculpida em pedra, a amplidão do interior, o altar-mor, os quatro altares laterais, o coro alto e as duas sacristias.
Merece especial referência a altura da torre, a imagem do padroeiro esculpida em pedra, a amplidão do interior, o altar-mor, os quatro altares laterais, o coro alto e as duas sacristias.
Ermida.
Memorial constituído por um plinto rectangular de quatro fiadas de silhares graníticos, com sapata, sendo a superior decorada por um sulco que torneia a plataforma, sobre a qual se ergue uma parede rasgada por um arco quebrado, com aresta em toro e decoração em bolame. O conjunto é encimado por uma cornija com friso de decoração fitomórfica biselada com remates prismáticos nos extremos. No vão do arco encontra-se uma pedra sepulcral, sendo desprovida de decoração, possuindo somente um toro em relevo que a envolve, assim como no seu vértice, estando assente em dois blocos com colunelos esculpidos que apresentam capitéis com faces humanas toscamente modeladas. O monumento encontra-se rodeado por uma base de lajes graníticas.
Quanto à origem deste monumento existem duas versões, uma alusiva ao primeiro estudo que conhecemos do nosso Memorial e que se deve ao Conimbrigense, António de Almeida, médico radicado em Penafiel que publicou diversas investigações sobre a nossa terra no jornal de Coimbra.
Este estudioso refere a passagem por Irivo do funeral da Rainha Santa Mafalda, oriunda de Rio Tinto em direcção a Arouca, sendo assim acrescentou serem conhecidos como túmulos, simbolizadores de locais de morte todos os locais, como este, isto é, zona de paragem para prétimos fúnebres ou memórias.
A segunda versão, socorrendo-se do arquivo do Mosteiro de Paço de Sousa, mais propriamente do "diatário" de Frei António da Soledade concluiu tratar-se também mais propriamente de um túmulo, mas de D. Sousinho Alvares, transcrevendo como prova parte de um documento datado de 30 de Março de 1152.
Este centro iniciou as suas actividades em instalações provisórias.
Em 22 de Fevereiro de 2000 teve inicio a construção do edifício-sede com capacidade para as seguintes valencias: apoio domiciliário, centro de dia, lar e centro de convívio
Está agora em fase de acabamento e serve a população de Irivo e de algumas freguesias vizinhas.
Quanto à origem deste monumento existem duas versões, uma alusiva ao primeiro estudo que conhecemos do nosso Memorial e que se deve ao Conimbrigense, António de Almeida, médico radicado em Penafiel que publicou diversas investigações sobre a nossa terra no jornal de Coimbra.
Este estudioso refere a passagem por Irivo do funeral da Rainha Santa Mafalda, oriunda de Rio Tinto em direcção a Arouca, sendo assim acrescentou serem conhecidos como túmulos, simbolizadores de locais de morte todos os locais, como este, isto é, zona de paragem para prétimos fúnebres ou memórias.
A segunda versão, socorrendo-se do arquivo do Mosteiro de Paço de Sousa, mais propriamente do "diatário" de Frei António da Soledade concluiu tratar-se também mais propriamente de um túmulo, mas de D. Sousinho Alvares, transcrevendo como prova parte de um documento datado de 30 de Março de 1152.
Centro Social.
Em 22 de Fevereiro de 2000 teve inicio a construção do edifício-sede com capacidade para as seguintes valencias: apoio domiciliário, centro de dia, lar e centro de convívio
Está agora em fase de acabamento e serve a população de Irivo e de algumas freguesias vizinhas.
Torre.
Torre ameada ligada, no seu enfiamento, pela fachada SE a um corpo residencial saliente de forma rectangular, e ladeada a NE por uma capela e dependências agrícolas. A torre, de planta rectangular, com r/c e dois pisos, apresenta indícios de várias reconstruções e enxertos. O acesso é feito pelo 1º andar, a partir do interior do edifício contíguo. A fachada SO tem, ao nível do r/c, uma porta de duas folhas de vão rectangular, com arco adintelado, com as ombreiras e padieira em aparelho diferenciado do restante pano da fachada, sendo aparentemente posterior. Esta porta está antecedida por uma pequena escada de pedra, encontrando-se na parede SE uma vão de porta rectangular, actualmente entaipado, não apresentando qualquer abertura para iluminação. O primeiro piso tem pavimento de soalho, cujo travejamento assenta em consolas, sendo iluminado somente por uma janela de vão quadrangular, na fachada SO, verificando-se que o seu parapeito é constituído por silhares completamente distintos do restante aparelho, evidenciando um vão que deverá ter sido de uma porta. O segundo piso apresenta quatro janelas com arco abatido, alinhadas segundo o eixo central das fachadas, excepto a SE, onde se aproxima do ângulo da fachada SE. Os paramentos apresentam uma estrutura vertical sem ressaltos, sendo o aparelho irregular, até ao 2º piso, e mais regular neste. A torre conserva no topo cinco gárgulas, uma a NO e duas a NE e SE, sendo rematada por merlões prismáticos em todas as fachadas, apresentando duas frestas por baixo destes. A fachada NO apresenta um balcão e uma escadaria de pedra adossados à torre para acesso às traseiras da casa senhorial a que está ligada.
Descrição Complementar
No recinto de entrada para o solar, numa ameia sobre a porta do lado direito, de fronte da capela, está uma pedra de armas dos Brandões. Sobre a porta de entrada da capela estão outras pedras de armas, partidas, dos Brandões e dos Pintos. Por cima do portão nobre do recinto existem mais umas armas dos Brandões. Sobre a porta principal da capela existe uma inscrição latina indicando que o visconde de Balsemão a mandou reconstruir em 1803.
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Descrição Complementar
No recinto de entrada para o solar, numa ameia sobre a porta do lado direito, de fronte da capela, está uma pedra de armas dos Brandões. Sobre a porta de entrada da capela estão outras pedras de armas, partidas, dos Brandões e dos Pintos. Por cima do portão nobre do recinto existem mais umas armas dos Brandões. Sobre a porta principal da capela existe uma inscrição latina indicando que o visconde de Balsemão a mandou reconstruir em 1803.
Gastronomia
Orelheira
Ingredientes
6 orelhas de porco
1 colher de sopa de banha
1 dl de azeite
2 cebolas
1 molho de salsa
6 dentes de alho
400 g de tomate
2 pimentos verdes
1 dl de vinho branco
1 cálice de vinho do Porto
sal e pimenta Modo de Preparo
6 orelhas de porco
1 colher de sopa de banha
1 dl de azeite
2 cebolas
1 molho de salsa
6 dentes de alho
400 g de tomate
2 pimentos verdes
1 dl de vinho branco
1 cálice de vinho do Porto
sal e pimenta Modo de Preparo
1. Use um martelo de bifes para bater as
orelhas de porco, de modo a partir as cartilagens.
orelhas de porco, de modo a partir as cartilagens.
2. Tempere com sal e deixe repousar durante algum tempo.
3. Lave-as muito bem, raspando-as, se necessário, e
corte-as em pedaços.
corte-as em pedaços.
4. Leve a banha ao lume num tacho de
barro juntamente com o azeite, as cebolas em rodelas, a salsa e os alhos picados, e pimenta.
barro juntamente com o azeite, as cebolas em rodelas, a salsa e os alhos picados, e pimenta.
5. Deixe alourar e junte os pedaços de orelha.
6. Tempere.
7. Deixe refogar e adicione o tomate em pedaços, sem pele nem sementes, os pimentos em tirinhas, o vinho branco e o vinho do Porto.
8. Retifique os temperos e deixe cozer em lume
brando.
brando.
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