sábado, 28 de maio de 2011

UM CÃO DE MAIS DE UM MILHÃO DE REAIS

Mastim Tibetano
O Mastim Tibetano surgiu na Ásia Central e  descende provavelmente dos cães de luta da Antiga Roma, os Molossos. Não lhe é porém associado um passado de conquistas e de lutas em parceria com os soldados daquele Império.

Crê-se que o Mastim Tibetano desenvolveu-se relativamente isolado, na calma das regiões montanhosas do Himalaia, onde ajudou os pastores nómadas a cuidar dos rebanhos. Não existem muitas referências acerca da evolução posterior desta raça. Sabe-se, no entanto, que no séc.XIX alguns ocidentais visitaram o Tibete e o contacto que estabeleceram com esta estirpe foi registado em vários documentos.


O Mastim Tibetano foi pela primeira vez importado pelo Rei Geoge IV (que reinou entre 1820-1830) e, mais tarde, em 1874, chegou ao Reino Unido um casal desta estirpe. A partir de então, esta raça começou a participar em exposições e, em 1931, foi fundada a Tibetan Breeds Association, em Inglaterra. Neste mesmo ano, o Kennel Club estabelece o standard que define o seu estalão. Este standard foi igualmente adoptado pela FCI (Federation Cynologique Internationale).

Nos anos 70, estes cães começam a ser importados para os EUA, onde foi fundado o American Tibetan Mastiff Association, em 1974. Apesar de ter conquistado muitos admiradores, esta não é uma raça propriamente comum. Existe ainda hoje nas diferentes regiões do Himalaia, onde desempenha as mesmas funções de há séculos, suportando um clima muito rigoroso. 

Descrição
Este cão possui um porte largo e extremamente robusto, cuja altura varia entre os 61 e os 71 cm e o peso entre os 64 Kg e os  78 Kg. A sua pelagem é dotada de um pesado subpêlo, é espessa e de comprimento médio, e as cores variam entre: o preto homogéneo; o preto e castanho dourado; vários tons de cinzentos; cinzento com marcas douradas ou vários tons de dourado.

A sua cabeça é larga e pesada, aparentemente quadrada e dotada com um chanfro bem definido. Os olhos são de tamanho médio, castanhos e frequentemente a pelagem tem marcas castanhas sobre estes. As orelhas são em forma de “V”, de tamanho médio, e encontram-se normalmente pendentes.


Tem uma sólida estrutura óssea e os músculos são bem desenvolvidos e definidos. Este cão concilia um olhar gentil com uma forte presença  

Temperamento
É um animal talhado para ser cão de guarda, o que não significa que seja agressivo. Na verdade, é um companheiro leal e calmo, com uma forte tendência para proteger o território e a sua família.

É um cão inteligente e independente, pelo que o seu treino não é muito fácil.  Dá-se bem com as crianças, mas é reservado perante estranhos.

Esta é uma raça aconselhada a pessoas com alguma experiência, uma vez que são animais dotados com grande robustez e personalidade vincada, que necessitam de um treino consistente. Se for bem socializado e integrado na família, será um animal de estimação dócil e um amigo protector.


Observações
O Mastim Tibetano tem uma esperança média de vida que pode atingir os 15 anos. No entanto, tal como a maior parte dos cães de grande porte, podem contrair ou desenvolver algumas doenças e malformações, de que são exemplo: displasia da anca, cataratas, atrofia progressiva da retina, hipotireoidismo, síndroma de Woobblers, problemas de pele e infecções dos ouvidos.

Relativamente à manutenção do seu pêlo, ela deve ser realizada diariamente, principalmente na altura da muda de pêlo. Esta acontece normalmente na Primavera ou Verão e convém que o seu pêlo seja escovado todos os dias, pelo menos durante 15 minutos.

Estes cães não estão aptos a viver em apartamentos. Precisam de espaços amplos, por isso o ideal é que vivam fora de casa e tenham acesso a um jardim grande que possam esburacar.

O Mastim Tibetano não é um animal muito exigente em termos de exercício físico, até porque estes animais podem desenvolver problemas de ossos. É aconselhável proporcionar-lhe uma caminhada diária.


 Cão Mais Caro do Mundo

Os cães da raça Mastim Tibetano são famosos por serem excelentes guardas, sendo considerados um dos mais antigos do mundo. Reza a lenda que até mesmo Buda teria um exemplar, o que torna o animal extremamente popular em países em que o budismo é bastante disseminado, como na Índia e China.
De uns anos para cá, o animal também tem se tornado status de riqueza para os novos ricos chineses. O cão é considerado puramente chinês, sendo encontrado quase que exclusivamente no Tibete, o que lhe rende um valor ainda mais elevado. Esse é o caso do filhote Big Splash, ou Hong Dong, como é chamado na China.

De acordo com o jornal Daily Telegraph o exemplar de 11 anos da raça acaba de ser vendido por nada menos que 945 mil libras, ou seja, cerca de 2,5 milhões de reais. Em entrevista à publicação, Lu Liang, seu criador, contou que o animal vem de uma linhagem excelente e será um belo cão de exposição.
O chinês explicou ainda que os detalhes da compra são confidenciais, mas revelou que o comprador do cachorro é um multi-milionário, do ramo da mineração, que vive no norte da China. “Pude ver que o comprador realmente se apaixonou pelo filhote, senão não o teria vendido”.

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