REGIÃO CENTRO
SUB REGIÃO OESTE
DISTRITO LEIRIA
CIDADE OBIDOS
FREGUESIA Gaeiras
É de toda a pertinência concluir que o
povoamento deste território reporte à ocupação do povo romano, posto à evidência com a descoberta recente dos vestígios arqueológicos da cidade romana “Eburobrittium”, uma cidade que no século I, o autor romano Plínio O Velho, descrevia como localizada algures entre Collipo (Leiria) e Ollisipo (Lisboa), estando misteriosamente escondida durante séculos e que curiosamente foi posta a descoberto a partir de 1994 pelas obras de construção da A8 e A15, situada a poucos metros da antiga Quinta das Flores (actual Quinta das Janelas). Até ao século XV pouco se sabe da história das Gaeiras, altura em que o Infante D. Henrique, filho de D. Manuel I, a pedido do Alcaide de Óbidos, D. Dinis de Lencastre, também Comendador da Ordem de Cristo e sua mulher D. Isabel Henriques, transferiu o Convento de São Miguel do lugar de Trás do Outeiro para as Gaeiras, devido à insalubridade das águas e das pragas de mosquitos naquele local, tendo em 20 de Outubro de 1602 sido lançada a 1ª pedra da nova capela, albergando este convento de frades Arrábidos Franciscanos, têm jazigo nesta capela os Condes de Óbidos, da família de D. Vasco Mascarenhas.
É de toda a pertinência concluir que o povoamento deste território reporte à ocupação do povo romano, posto à evidência com a descoberta recente dos vestígios arqueológicos da cidade romana “Eburobrittium”, uma cidade que no século I, o autor romano Plínio O Velho, descrevia como localizada algures entre Collipo (Leiria) e Ollisipo (Lisboa), estando misteriosamente escondida durante séculos e que curiosamente foi posta a descoberto a partir de 1994 pelas obras de construção da A8 e A15, situada a poucos metros da antiga Quinta das Flores (actual Quinta das Janelas). Até ao século XV pouco se sabe da história das Gaeiras, altura em que o Infante D. Henrique, filho de D. Manuel I, a pedido do Alcaide de Óbidos, D. Dinis de Lencastre, também Comendador da Ordem de Cristo e sua mulher D. Isabel Henriques, transferiu o Convento de São Miguel do lugar de Trás do Outeiro para as Gaeiras, devido à insalubridade das águas e das pragas de mosquitos naquele local, tendo em 20 de Outubro de 1602 sido lançada a 1ª pedra da nova capela, albergando este convento de frades Arrábidos Franciscanos, têm jazigo nesta capela os Condes de Óbidos, da família de D. Vasco Mascarenhas.
Conta-se também que estão neste Convento as entranhas do Infante D. Francisco, irmão de el-Rei D. João V, morrendo duma indigestão de lagosta, as suas entranhas foram depositadas numa talha vidrada de loiça das Caldas e enterradas no Claustro.
Situada em Vale das Flores e a poucos metros do Convento de São Miguel existe uma Quinta cuja construção remonta a princípios do século XVII e que incorpora a antiga Quinta das Flores (onde a Rainha D. Leonor ficava quando se deslocava às Caldas), denominou-se inicialmente Quinta dos Mosqueiros, mais tarde ao pertencer à família Freire de Andrade passou a denominar-se Quinta dos Freires, de quem ainda hoje guarda o brasão no cimo da entrada principal, mais tarde pertencendo à família Gama denominar-se-ia Quinta das Janelas crê-se que pelo elevado número de janelas do edifício (uma por cada dia do ano, diz-se), fazem parte desta propriedade (actualmente da Associação Nacional de Farmácias) a Capela da Nossa Sra. Do Desterro e uma nascente de águas sulfurosas antigamente denominadas (caldas das Gaeyras) as quais são aproveitadas numa casa simples, coberta com uma abobada, tendo no seu interior um tanque onde poderão estar 12 pessoas, tendo a temperatura da água cerca de 29º e que tem ao longo dos anos acolhido enfermos dos mais variados pontos do País.
Construída em 1720 a Casa das Gaeiras, pertenceu inicialmente a um comerciante alemão da Zona de Hamburgo, que criou nesta propriedade uma fábrica de curtumes, vindo a pertencer a um inglês de nome Thompson que continuou o negócio, mais tarde em 1780 foi adquirida por António Silva Pinheiro, Médico e na altura Administrador do Hospital das Caldas que também continuou e ampliou o negócio dos curtumes.
Situada em Vale das Flores e a poucos metros do Convento de São Miguel existe uma Quinta cuja construção remonta a princípios do século XVII e que incorpora a antiga Quinta das Flores (onde a Rainha D. Leonor ficava quando se deslocava às Caldas), denominou-se inicialmente Quinta dos Mosqueiros, mais tarde ao pertencer à família Freire de Andrade passou a denominar-se Quinta dos Freires, de quem ainda hoje guarda o brasão no cimo da entrada principal, mais tarde pertencendo à família Gama denominar-se-ia Quinta das Janelas crê-se que pelo elevado número de janelas do edifício (uma por cada dia do ano, diz-se), fazem parte desta propriedade (actualmente da Associação Nacional de Farmácias) a Capela da Nossa Sra. Do Desterro e uma nascente de águas sulfurosas antigamente denominadas (caldas das Gaeyras) as quais são aproveitadas numa casa simples, coberta com uma abobada, tendo no seu interior um tanque onde poderão estar 12 pessoas, tendo a temperatura da água cerca de 29º e que tem ao longo dos anos acolhido enfermos dos mais variados pontos do País.
Construída em 1720 a Casa das Gaeiras, pertenceu inicialmente a um comerciante alemão da Zona de Hamburgo, que criou nesta propriedade uma fábrica de curtumes, vindo a pertencer a um inglês de nome Thompson que continuou o negócio, mais tarde em 1780 foi adquirida por António Silva Pinheiro, Médico e na altura Administrador do Hospital das Caldas que também continuou e ampliou o negócio dos curtumes.
Mais tarde passou a casa agrícola tendo a produção de vinho atingido grande destaque com a marca “Casa das Gaeiras” com renome internacional, faz parte também desta propriedade a capela de São Marcos onde se encontra sepultado Henrique da Fonseca Sousa Prego, fidalgo e almirante, valente militar que serviu prestando grandes feitos a Portugal desde D. Maria I até ao governo de D. Miguel, o túmulo tem a seguinte inscrição «aqui jaz o vice-almirante H.F.S.P. Que serviu por mais de 60 anos o Rei e a Pátria com fidelidade». Faz parte do espólio desta Quinta, propriedade de Frederico Pinto Bastos Lupi, uma importante Biblioteca sobre as Guerras Peninsulares que inclui colecções de armas e documentos dessa época, considerada uma das melhores por vários historiadores.
Existiu em tempos, a Quinta de Nossa Sra. Da Ajuda, uma propriedade situada junto à Casa das Gaeiras, a qual era composta de várias casas e uma Capela (actual Igreja da Nossa Sra. Da Ajuda) onde está sepultado o Beneficiado António da Silva e Faria – 1º Mestre de Cerimónias da Patriarcal, o qual foi, mandado por el-Rei D. João V, a Roma, aprende-las e era ao ano de 1723 padre da capela real de sua Majestade, depois de velho retirou-se para sua terra, Gaeiras, e aí instituiu uma Casa-Pia (que viria a servir de hospital na altura das guerras peninsulares) acolhendo os mais desfavorecidos e recrutando um mestre para os meninos e uma mestra pra as meninas para o ensino da leitura. Este beneficiado ficou célebre pela sua longevidade pois nasceu em 1696 e faleceu em 1804 (108 anos), quando fez o seu testamento de várias páginas tinha cem anos, como ele mesmo declara, lia e escrevia sem óculos. A sua sepultura na referida Capela tem a seguinte inscrição «Não se pode ler»
Gastronomia
Carneiro assado
Ingredientes:
1 carneiro médio
125 gr de margarina
100 gr de toucinho
4 cebolas
4 dentes de alho
2 folhas de louro
1 ramo de salsa
2,5 dl de vinho branco
1 colher de chá de colorau
500 gr de batatas
sal
pimenta
Modo de Preparo:
- Picam-se duas cebolas, os alhos e o toucinho, juntam-se 50 gr de margarina, o colorau, um decilitro de vinho branco e tempera-se com sal grosso e pimenta.
- Arranja-se o carneiro e barra-se com a mistura que se fez.
- Forra-se uma assadeira com as restantes cebolas cortadas em rodelas, e sobre elas coloca-se o carneiro, o ramo da salsa e o louro.
- Fica a repousar assim durante 24 horas em local fresco.
- No dia seguinte rega-se o carneiro com o restante vinho, dispõem-se à volta as batatas cortadas em quartos e tempera-se com sal e pimenta.
- Espalha-se o resto da margarina cortada aos bocados sobre o carneiro e as batatas.
- Vai a assar no forno, regando de vez em quando com o molho que se vai formando.
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