quarta-feira, 11 de maio de 2011

FREGUESIA DE LAMAÇÕES

rEGIÃO               NORTE
SUB  REGIÃO   CAVADO
DISTRITO         BRAGA
CIDADE           BRAGA
Freguesia Lamações
Heráldica
BRASÃO

Escudo de ouro, com um pinheiro de verde arrancado do mesmo, entre dois ferros de enxada, de vermelho; em chefe, flor-de-lis de azul. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: "LAMAÇÃES – BRAGA".
BANDEIRA

Verde. Cordão e borlas de ouro e verde. Haste e lança de ouro.

  
MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA DOS SÍMBOLOS HERÁLDICOS 
A flor-de-lis simboliza a virgem Nossa Senhora da Purificação, padroeira da freguesia. 
O Pinheiro bravo representa o enorme pinheiro, infelizmente hoje abatido, mas que sobressaía sobre a povoação, de tal maneira que durante as Invasões Francesas quer os invasores quer os resistentes, se serviam dele como marco ao fazerem o ponto da situação. 
Os ferros da enxada simbolizam a agricultura, bastante considerável, e que era antigamente importante principalmente no cultivo do milho.

História





O Pároco de Lamaçães, a propósito da urbanização do "VALE DE LAMAÇÃES", investigou e escreveu em 1991 alguns artigos no Jornal  «Diário do Minho»  sobre a história desta freguesia e da vizinha Fraião de que também é Pároco.
Antes de me abraçar sobre as «Exigência Eciesiais» do, louvável e meritíssimo projecto-urbanização do «Vale de Lamaçães », aprovado definitivamente na Sessão da Câmara Municipal de Braga, em 21 de Fevereiro de 1991, com a edificação de cerca de 8.400 fogos, – expandir a cidade –, e em face da grandiosidade populacional, rondando 35.000 pessoas, senti, como imperativo de consciência, penetrar na vetusta raiz desta terra.
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Este «Vale» integra-se num extenso, incluindo a freguesia de S. Vítor a Gualtar, sob a referência histórica Vale do Monte Espinho do Rio Este.
Minuciosamente perscrutarei os enigmas de duas freguesias englobadas em pleno «Ordenamento do Vale de Lamaçães», onde sou pároco, há vinte e um anos: Santiago (Maior) de Fraião e Santa Maria de Lamaçães, irmãs gémeas, tão umbilicadas que os paleógrafos ficam perplexos em destrinçar os seus terrenos.


O enigma que ultrapassou as gerações é este: Santiago de Fraião, primitivamente, chamava-se Santiago de Lamaçães e, pelo contrário, Santa Maria de Lamaçães, conservou sempre a toponímia Lamaçães.
São freguesias, pela evolução dos séculos, inconfundíveis e com limites documentados.
Não há outras com esta denominação, por isso, com jus, reivindicam um acolhimento peculiar, não apenas pelo jornal, mas por um estudo científico, que ainda não foi aprofundado pelos conceituados «historiadores», de uma era parca e enredada de terrenos e nomes arcaicos, certamente importantes, quedando-se pela toponímia e antroponímia de alguns nobres egrégios não clarificados, sobretudo do séc. IX, X, XI... Será ingente identificá-los.

O documento mais remoto escrito conhecido de Santa Maria de Lamaçães, vislumbra-se no ano 899, numa pretensa doação de D. Afonso III ( de Lião) no dia da Consagração da Catedral de Santiago de Compostela: «Villam que est juxta fluvium Aleste (Rio Este)... ubi ecclesia « S. Vítor» est fundata cum vicis suis per terminos «Lamaçães»» (cfr. A, López Ferreirro, Hist. de la Santa A. M. Iglesia de Compostela, II, apêndice 25, pg. 47; Esp, Sagrada, XX, liv.º 1.º, cap. XIV, pg. 34-35 e Mons. J. Augusto Ferreira, Fastos Episcopais da Igreja Primacial de Braga, T. I, pg. 115, Ed. da Mitra Bracarense, 1928, Braga).

Faço esta citação mais completa porque é o documento mais precioso relacionado com a existência de Santa Maria de Lamaçães, limítrofe de S. Vítor, cidade de Braga.O mais ancestral, ligado a Santiago de Fraião, confinante com Nogueira, Braga, surge, em 3 de Junho de 904, quando «Dominus» e sua mulher doam ao presbítero Andiário metade de uma vinha que possuem «in Villa Nugaria inter Desideria et «Lamaçães» subtus monte Spino, iuxta rivulum Alister» (debaixo (Vale) do Monte Espinho, vizinha ao Rio Este), cf. Liber Fidei, doc. 175, Arquivo Distrital de Braga  A.D.B.).
Note-se que também são os documentos escritos mais antigos destas freguesias, que, entretanto, para serem localizadas, no tempo, foi precisa a referência a Lamaçães, por ser um topónimo ainda mais remoto, pois é de origem pré-romana ou talvez Celta.
É de salientar, está ligado a Lamaçães, que após a morte do Conde Mendo Gonçalves em 1008 (cfr. Cronica Gothorum, Era MXLVI – nas Calendas menos 38 anos –, Portugaliae Monumenta Historica, Scriptores, pg. 9), neto da célebra Mumadona, a sua esposa, Condessa D. Toda, mãe de Elvira, casada com o Rei D. Afonso V (de Lião), ficou a governar o Condado Portucalense (cfr. Damião Peres, Como nasceu Portugal, Ed. Vertente, Porto, pg. 51).

Lamaçães também está entrelaçada a esta Condessa D. Toda, porque depois da morte, ao dividirem os seus bens, em 18 e 20 de Março de 1207, as herdades de Lamaçães tocaram à filha Condessa Ilduara e marido, Conde Alvites, que os deram, por sua vez, em parte, aos encarregados de zelar pelos haveres de D. Toda em Lamaçães, como indemnização dos prejuízos sofridos (Liber Fidei, doc.

Em 1565/66 no «Livro dos Acordos» (Ed. Bracara Augusta, Vol. XXX, O Tomo, Ano 1976, n. 70, Julho-Dezembro,  pg. 696) fala do privilégio concedido à Igreja de Lamaçães em pedir esmolas para a devoção ao S.S. Sacramento.
A Confraria das Almas, desde tempos imemoriais, que espalhou esta devoção de sufrágio por várias freguesias e como legado ainda conserva «seus nichos» em Fraião e Nogueira.

O MILAGRE DE S. GERALDO (1096-1108) E LAMAÇÃES

Em 1075 aparecem claramente os «Senhores» de Lamaçães, quando, em 17 de Março, os filhos de Deiservus e Gaudila, – Bermudo Deiserviz e Ledegundia, põem em comunicação com Eita Gondesendes e mulher, Elvira Gonçalves, metade dos bens que possuem em Lamaçães, como reconhecimento por estes os terem protegido.
E em 20 de Março, Gaudila, viúva de Deiservus, com o seu filho Paio (será o Paio Peres de quem iremos engrandecer?) vendem ao mesmo Eita Gondesendes e Elvira Gonçalves, metade dos bens que possuem «in Villa Lamazales sub monte Spino discurrente rivulo Aliste territorio Braccarensi» (Liber Fidei, docs. 203 e 204).
Esta família ficou bem enaltecida num «Livro dos Bens e da Igreja de Santa Maria de Lamaçães, de 1775». O Pároco deixou escrito, para a posteridade: «Nesta freguesia tiveram herdades Eita Gondesendes e sua mulher, Elvira, no ano de 1075».
Não há qualquer fundamentação! Que interesse teria o Pároco de 1775 de Santa Maria de Lamaçães em acentuar este casal?

Ignoro, mas agora estou ciente, por um opúsculo «A Vacância da Sé de Braga e o Episcopado de São Geraldo (1091 - 1108», Braga, 1991), oferta pessoal do paleógrafo, insigne historiador desta época, Cónego Doutor Avelino de Jesus. Costa, a quem recorro na descodificação crítica do Liber Fidei e Sumário dos docs., que é precisamente uma filha deste rico casal dos arredores de Braga – Uma nobre e abastada dama Toda Eitaz, que depois de ser raptada para a desonrarem, pelo feitor do Conde D. Henrique, chamado Ordonho, preferindo morrer a ser violada, encomendou-se à protecção de S. Geraldo e conseguiu, fingindo ir buscar água à fonte, esconder-se no bosque, sendo salva por intermédio do Arcebispo de Braga, S. Geraldo, a quem deixou o seu mais valioso património e à Sé de Braga.
Isto poderá aclarar o domínio da maior parte de terras, no sec. XII, de Santa Maria de Lamaçães do Arcebispo Primaz e Cabido da Sé Catedral,
Este milagre é relatado no cit. "Opúsculo", pg. 21 e «Portugaliae Monumenta Historica, Scriptores, Vol. I, Fasc. I,» 1958, pg. 56.
Entretanto, se pela investigação criteriosa nas "fontes" é impossível identificar, para já, estas herdades, o certo é que, pela contextura local, cada uma das freguesias, Santiago de Fraião (na época, Santiago de Lamaçães) e Santa Maria de Lamaçães, paulatinamente, vão desvelando-se as terras que sempre marcaram jurídico-geograficamente, a sua própria e inconfundível personalidade.
A primeira vez que surge «In parrochia Sancti Sacobi de Froyam» (Par6quia ou freguesia de Santiago de Fraião) é em Fevereiro de 1217, quando o Cabido de Braga empraza a João Boião diversos bens em Santiago de Fraião (Liber Fidei, doc. 880, A.D.B.), embora em 1220, 1260 e 1290 continue a apelidar-se tanto Santiago de Fraião como Santiago de Lamaçães.
A distinção era apenas pelo Orago – Santiago e Santa Maria. É esta a biografia comum de duas freguesias com a mesma toponímia Lamaçães «testemunha dos tempos, luz da verdade, vida da memória, mestra da vida» (Cícero, do Orador – II).


FESTA NA 2ª FEIRA DE PÁSCOA DE HOJE
Em escritura de 16 pg. de 1570 (A.D.B.), (possuo-a devidamente descodificada), com o beneplácito – assinatura do «Arcebispo Santo», D. Frei Bartolomeu dos Mártires, surge a Ermida (Capela) de S. SEBASTIÃO, no lugar do Bom Real, oferta do seu proprietário, Gonçalo Afonso e mulher Ana Gonçalves (apelido de famílias expressas nesta escritura, quase de todos os lugares da terra e se conserva em muitas hodiernas), sendo a Imagem do Santo de «vulto e veneranda» para as procissões do «cerco», dádiva do Juiz dos Órfãos, Doutor Camelo, cunhado da referida família do Bom Real, «como voto de na peste negra a freguesia ser poupada».

É uma história enraizada na Fé deste POVO DE DEUS que vem ao encontro do Historiador – Sena Freitas – (Tomo II, pg. 418) ao dizer: Em 1570 houve um contágio pestilento tão pernicioso que infeccionados os ares, repentinamente caíam mortas as criaturas e animais sem remédio».
Esta Capela teve a anuência de todas as famílias de Lamaçães e deu origem à TRADICIONAL FESTA coeva da SEGUNDA-FEIRA de PÁSCOA. Mais tarde pelos fins do sec. XVII juntou-se a de Santo André, que tivera uma Capela no lugar da Torre, e evocada nos Roteiros de Festas na década de setenta com o adágio – caricato de «ZIRRA – ZIRRA, SANTO ANDRÉ DE LAMAÇÃES», (segundo consta por a Imagem de Santo André ser o contraste em pequenez comparada com a de «vulto» da de S. Sebastião). 


TAMBÉM ESTA FREGUESIA VIVENDO DA AGRICULTURA É  «PARCEIRA POBRE»

No «Livro de Visitas» de 21 de Fevereiro de 1791 é bem patente; pobreza a que chegou a Igreja ao exarar: «Esta Igreja tanto no Corpo dela como na Capela-mor está indecente... a sua situação não só está deslocada para os fregueses mas mais ainda por ser assaltada de ladrões como já foi três vezes, e por isso seria útil que ela se transferisse para o sítio da Capela de S. Sebastião.
Entretanto em 11 de Janeiro de 1801 foi nomeado pároco, o Abade Manuel Custódio da Silva Rocha, que prontamente, com a ajuda das Irmandades, freguesias, e pessoas no dia 24 de Agosto de 1806 começou a Igreja e em 29 de Setembro de 1808 foi solenemente benzida, custando na ocasião ao todo 1,300.00 e tantos reis.
A mesma penúria revela em 1782, as Capelas de Santo André que desapareceu ficando no local apenas um «nicho» das Almas e a de S. Sebastião deu origem, depois de arrasada; à NOVA IGREJA DE LAMAÇÃES, onde, embora com restauros e melhoramentos, aguada certamente sua substituição por uma ampla funcional Igreja para o POVO DE DEUS que ocupará os solos da freguesia.
Em 23 de Agosto de 1881 o Pároco pagou à Mitra Primaz duas partes da colheita vencida no S. João Baptista, 50 reis e 2/3, com o recado revelador está devendo dez anos.
Pelos recenseamentos da freguesia também foi sempre reduzida em famílias.



Santa Maria de Lamações

Paróquia situada a 2,5 Km, da sede do concelho de Braga, na direcção E,S,E. no Vale do Monte Espinho e «vizinha» ao Rio Este, cortada pela Estrada Municipal única «digna» 588-1, via Santa Tecla-Groias e também pela E.M. 588, pela encosta do Monte a Fraião.
Proliferam propriedades a partir do sec. XII que conservaram a mesma toponímia, vencendo a contingência conturbada dos tempos.
Em 29 de Setembro de 1109 Mido Bermudes e sua mulher Agila Fernandes (apelido comum dos nativos ainda coevos) fazem incomuniação de metade dos bens de raiz que possuem em Lamaçães à Sé de Braga, ficando a possuí-los, eles e seus descendentes, como colonos da mesma Sé, pagando-lhes anualmente a quarta parte dos frutos: «...incommuniationis de hereditate nostra quam habemus in Villa LAMAZALES sub monte Spino rivvolum Alister (sempre a referência VALE DO MONTE ESPINHO, primeiro, depois RIO ESTE) illa hereditate in illos casales et domos quos fuerunt (para indicar a antiguidade, que já vem de família) de bisavios et avios (...) et parentes nastros ubi vocitant Exervanos» (confrontado com outros docs. deve ser SERVÃES (Liber Fidei, doc. 704).
Para identificar então esta propriedade com Santa Maria de Lamaçães, melhor se entenderá, quando, em 2 de Março de 1196, o Arcebispo e o Cabido de Braga emprazam por dez anos ao (Cónego) Domingos Peres uma propriedade em Arcela (lugar mais extenso ainda hoje da freguesia).
Findos os dez anos, far-lhe-ão emprazamento perpétuo, se ele a arrotear e cumprir devidamente o estipulado no contrato: «rendamus... senaram nostram de Arcela... con suo campo nemoroso prout dividitur con senara sive veyga nostra magna et deinde per formale casalis quod fuit bone memorie domni Vermundi episcopi Collinbrienensis prout vadit ad regulum quod currit ad Exervanos» (Liber Fidei, doc 712).
Esta propriedade fora do Bispo de Coimbra, de boa memória, segundo lembra o doc. (1177 a 1182). Este arrendamento continua o doc. pagará «duos» aureos (moeda desse tempo), três capones (3 capões) e triginta ova (30 ovos).
A tradução deste latim é tão evidente que certamente não terão dificuldade em compreender os documentos!
Para entender mais claramente estas herdades, graças há dias, com a publicação do TOMO III do Liber Fidei, pela Junta Distrital de Braga, sempre da autoria do crítico paleógrafo – Cónego Doutor Avelino de Jesus Costa, o doc. 826 de 23 de Julho de 1145 relata um litígio entre as propriedades da Sé de Braga com as Ordens do Templo e do Hospital, e também dos habitantes de Dadim e de Lamaçães por causa das águas de Dadim, sendo árbitros D, Pedro, prior da Sé, e P. Nunes, militar de Dadim, sendo dada a Sentença em 26 de Setembro de 1146 para que a água continuasse a correr pela rega de um «casale Outeiro», «casales de Eyra Vedra», e para Arcela (Liber Fidei doc. 842); e em 17 de Outubro de 1148 é o Arcebispo e o Cabido que definitivamente firmam um acordo amigável com o Comendador da Ordem do Templo sobre o uso do rego de água que atravessa uma herdade da Ordem para ir regar as terras da Sé de «Exervanos» (Servães de Lamaçães (Liber Fidei, doc. 827).
Graças ao espírito de Fé que sempre, imperou nestas freguesias vizinha nunca haverá qualquer litígio que manche a história, afinal comum deste POVO DE JEUS, marcado por nobres elos de sã e franca familiaridade. – unidade na diversidade.
Nas Inquirições de 1220 de D Afonso II, está bem definida a paróquia «De Sancta Maria de LAMAZALES», dizendo o Pároco que o Rei nem tem foros nem Padroado, apenas fala de uma «casalia» da Ordem referida do Templo.
No sec. XV, na o.c. pg. 421, dc ilustre paleógrafo-historiador desta época também, menciona, exarado no «Livro de Rendas do Cabido», que em Lamaçães havia 15 foreiros, pagando 130 alqueiros de milho, 6 de trigo e 129 de centeio, além do vinho e de 8 foreiros que pagavam l3 galinhas e 4 capões pelas festas do Natal.
O certo é que o « O TOMBO DA FREGUESIA DE LAMAÇÃES» existente no A.D.B. de 1548 – na minha posse devidamente descodificado –, pormenoriza os bens da Igreja e também propriedades limítrofes com algumas do Cabido. Todas as terras referidas nestes documentos são perfeitamente os mesmo sem qualquer evolução.
O Pároco de 1548, com testemunhas da freguesia, fez o «tombo» de todos os vastíssimos bens, indicando-nos inclusive o local da Igreja, no sítio do Arieiro, junto a nove carvalhos entre novos e velhos, perto do ribeiro da Gorgosa, afluente do Escariz, estes de Lamaçães, levam a água até ao Rio Este. Contudo o moinho lá existente apenas funciona no inverno.
A paróquia fazia parte do Padroado Capitular, que apresentava e confirmava o Pároco e onde o Prelado não tinha qualquer influência.
A freguesia entretanto apresenta-se mais rica em haveres, pagando «II moios» e sendo o Padroado «in solidum» do Cabido da Sé Primaz, como atestam os documentos e a «MISCHELLANEA» (o.c.) teve o cuidado de mencionar.
Em 1775, diz o Pároco, que esta Igreja foi sempre dedicada a Santa Maria, por tradição – NOSSA SENHORA DA PURIFICAÇÃO – , tinha 63 fogos e pagava ao Cabido 240.000 reis anuais. Descreve as três fontes públicas: das Lages, da Barroca (no Outeiral) e a de Vila Cova.
Enaltece outra transformada em «chaco», no campo da Gorgosa do passal (ainda conserva este lugar na antiga Igreja referida) «de água excelente e dela a mandou buscar o Senhor Arcebispo D. José de Bragança (1741–1756) e o seu sucessor D. Gaspar de Bragança (1758–1789) pelos médicos a aventarem ser boa para a saúde» e faz uma afirmação categórica: «Não há nesta freguesia pessoa alguma nobre» (pois era praticamente toda do Cabido ou da Igreja de Lamaçães).
Havia três moinhos: o do Outeiro, Azenha
e Vila Cova. São pequenos; só moem de Inverno.


Gastronomia
Bacalhau a Narcisa

Ingredientes

4 postas de bacalhau
2,5 dl de azeite
2 cebolas grandes
650 g de batatas
2 folhas de louro
1 colher (chá) de colorau
2 cravos da índia sal q.b.

Modo de Preparo

1 . Escalde o bacalhau, previamente demolhado, e frite-o uniformemente no azeite.
2. Corte as cebolas e as batatas em rodelas e dê-Ihes uma fritadela.
3. Adicione ao azeite da fritura o louro cortado fininho, misturando também o colorau e os cravos-da-índia inteiros.
4. Volte a levar ao lume, para ferver.
5. Coloque o bacalhau no centro de uma travessa; por cima, disponha a cebola e, à volta, as batatas.
6. Regue com o molho e sirva.

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