quinta-feira, 13 de outubro de 2011

FREGUESIA DE TAVEIRO


rEGIÃO               CENTRO

SUB  REGIÃO  BAIXO MONDEGO

DISTRITO         COIMBRA

CIDADE           COIMBRA

FREGUESIA     TAVEIRO



Heraldica


Valdemar Correia Pinheiro, presidente da Junta de Freguesia de Taveiro, do concelho de Coimbra:
Torna-se pública a ordenação heráldica do brasão, bandeira e selo branco da freguesia de Taveiro, tendo em conta o parecer da Comissão de Heráldica da .Associação dos Arqueólogos Portugueses de 21 de Fevereiro de 1995 que foi aprovado, sob proposta da Junta de Freguesia na 1ª sessão ordinária da Assembleia de Freguesia em 26 de Abril de 1996.

Brasão:
Escudo de prata, três bilhetas de vermelho e, em ponta, faixa ondeada de azul carregada de uma burela ondeada de prata, chefe de verde, carregado de três besantes de ouro. Coroa mural  de quatro torres. Listel branco com a legenda a negro, em maiúsculas: «TAVEIRO» .

Bandeira:
Esquartelada de azul e branco. Cordão e borlas de Prata e Azul. Haste e lança de ouro.

Selo:
Nos termos da lei, com a legenda: «Junta de Freguesia de Taveiro» — Coimbra,."> [cf. Diário da República - III série, n. ° 154 de 5 de Julho de 1996]



Explicação do Brasão:
Escudo de prata; três bilhetas de vermelho em fim, para simbolizar a indústria do barro vermelho. Em ponta, faïxa andada de azul, carregada com burela de prata, representando o rio Mondego. Chefe de verde, a simbolizar a agricultura, carregado com três besantes de ouro, em alusão ao atributo de São Lourenço, tesoureiro que foi do Vaticano. Coroa mural de quatro torres, pelo facto de a Freguesia já ter recebido o 1 foral de VILA. Listei branco, com a legenda ««Taveiro», por não existir outra freguesia com o mesmo nome.



Situada entre as velhas Aeminium e Conímbriga, Taveiro conta com o próprio nome como prova da sua antiguidade. A. Almeida Fernandes refere: “ O topónimo tem um étimo por certo muito antigo, onde talvez se encontra a raíz liturgica, tala – talvez a mesma de Távora, Tavarede, etc. É menos provável o étimo no latim tabulariu – (sentido de tabulatu – como Tábua, Tabuaço, Tabuado, etc.”)


Num documento de 980, “ os servos de Deus “ Bahri e Trunquili (Trunquilde) doavam ao Mosteiro de Lorvão a sua herdade de Taveiro. O texto notarial referia o seguinte: ”Hereditate nostra própria que abemus in villa Talabario in quinione de ibn Hocem uno agro de riu usque in monte in Abdena”. As personagens referidas no documento, Homeite e Lobozinho, eram personagens de elevada craveira na sociedade, sendo evidente que eram moçarabes. Os doadores destes terrenos, Bahri e Trunquili, possuíam ainda o padroado de duas igrejas (a de Santa Eulália da “villa” Arquanio e a de São Miguel Arcanjo e São Pedro Apostolo na “villa” de Tentúgal), que doaram igualmente a Lorvão.


Depois do repovoamento do território, efectuado pelo Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, a grande maioria dos casais de Taveiro iria transitar, já no século XVI, para a posse da Universidade de Coimbra. Todavia, o pároco era da apresentação da Mitra, e pelo menos no século XVIII tinha quarenta mil reis de renda anual.
A 26 de Fevereiro de 1851, D. Maria II atribuiu um Viscondado a Taveiro, cujo título foi concedido a D. Maria Rosa de Figueiredo da Cunha e Melo de Lacerda e a seu marido José de Melo Pais do Amaral Sousa Pereira de Vasconcelos e Meneses, como recompensa pelos valiosos serviços prestados pelo Arcebispo de Braga D. Pedro Paulo de Figueiredo da Cunha Melo, natural de Taveiro e Tio de D. Maria Rosa.


Por Decreto de 11 de Julho de 1878, foi designado segundo Visconde de Taveiro José Pedro Paulo de Melo Figueiredo Pais do Amaral da Cunha Eça Abreu e Sousa de Meneses Pereira de Lacerda Lemos e Vasconcelos, que foi igualmente o primeiro Conde de Santar, pelo seu casamento.
O Terceiro foi Pedro Paulo António de Melo de Figueiredo Pais do Amaral, neto do segundo visconde de Taveiro, autorizado por D. Manuel II, então no exílio.
O brasão de armas dos viscondes de Taveiro é constituído por um escudo esquartelado tendo no primeiro as armas dos Melos, no segundo as dos Pais, no terceiro as dos Amarais e no quarto a dos Castelos Brancos




TOPONIMO
Situada entre as vetustas Aeminium e Conímbriga, Taveiro parece ser também muito antigo. Relativamente à origem etimológica deste nome, Almeida Fernandes refere que “o topónimo tem um étimo por certo muito antigo, onde talvez se encontra a raiz litúrgica – tala – talvez a mesma de Távora, Tavarede, etc. É menos provável o étimo no latim «tabulariu» sentido de «tabulatu», como Tábua, Tabuaço, Tabuado, etc.”
Em termos históricos, as notícias de Taveiro são também muito antigas. Num documento de 980, lê-se que “os servos de Deus Bahri e Trunquili” (Trunquilde) doavam ao Mosteiro de Lorvão a sua herdade de Taveiro. O texto notarial referia então que “hereditate nostra própria que abermus in villa Talabario in quinione de ibn Hocem uno Agro de riu usque in monte in Abdena”. 

As personagens Homeite e Lobosinho, referidas no documento, eram de origem moçárabe e integravam a nata da sociedade de então. Os doadores do terreno, Bahri e Truquili, possuíam ainda o padroado de duas igrejas – a de Santa Eulália, da villa Arquanio, e a de São Miguel Arcanjo e São Pedro Apostolo, na villa de Tentúgal – também doadas ao Mosteiro de Lorvão.




ORAGO – SÃO LOURENÇO


Santo espanhol diácono e ajudante do Papa Paulo Sixto II e responsável por um centro em Roma dedicado aos mais pobres, uma espécie de Cáritas.
São Lourenço era um dos sete diácolos da Igreja de Roma, cargo que grande responsabilidade, já que consistia no cuidado dos bens da Igreja e a distribuição de esmolas aos pobres. O ano 257, o imperador Valeriano publicou o decreto de perseguição contra os cristãos e, ao ano seguinte, foi detido e decapitado o Papa São Sixto II, São Lourenço o acompanhou no martírio quatro dias depois.
Segundo as tradições quando o Papa São Sixto se dirigia ao local da execução, São Lourenço ia junto a ele e chorava. "aonde vai sem seu diácono, meu pai? ", perguntava-lhe. O Pontífice respondeu: "Não pense que te abandono, meu filho, pois dentro de três dias me seguirá".
Santo Agostinho diz que o grande desejo que tinha São Lourenço de unir-se a Cristo, fez com que esquecesse as exigências da tortura. Também afirma que Deus obrou muitos milagres em Roma por intercessão de São Lourenço. 

Este santo foi, desde o século IV, um dos mártires mais venerados e seu nome aparece no cânon da missa. Foi sepultado no cemitério de Ciriaca, em Agro Verão, sobre a Via Tiburtina. Constantino ergueu a primeira capela no local que ocupa atualmente a igreja de São Lourenço extramuros, que é a quinta basílica patriarcal de Roma.
Ostentamos no nosso Brasão, três moedas de ouro, dedicadas a São Lourenço, diácono – tesoureiro do Vaticano



Gastronomia

BACALHAU A LAVRADOR 
Ingredientes
Bacalhau
Batatas
Cenouras
Ovos
Alho
Azeite
Colorau

Modo de Preparo
1.   Cozer o Bacalhau, as batatas as cenouras e os ovos
2.   Desfiar grosseiramente o bacalhau
3.   Cortar as batatas, as cenouras e os ovos as rodelas
4.   Colocar nun tacho o azeite, os alhos picados e o colorau
5.   Por cima, coloca-se , em camadas , o bacalhau a cenouras os ovos e as batatas
Tapar o tacho e deixar em lume muito brando ( apenas para tomar o sabor do alho e azeite ) por aproximadamente  40 minutos.

PATRIMONIO

IGREJA PAROQUIAL



A igreja da paróquia, dedicada a S. Lourenço, (que foi diácono – tesoureiro do Vaticano, pelo que hoje ostentamos no nosso Brasão, três moedas de ouro), foi construída no século XVII, embora tenha sofrido obras de remodelação na centúria seguinte. Templo vasto, com capela-mor e duas colaterais. A porta principal tem cornija recortada e é de traçado regular.
 Deve ter existido na frontaria, antigamente, um óculo rectangular e de ângulos arredondados, do qual se conserva ainda uma parte, que serve como verga. No interior, algumas pinturas sagradas setecentistas, retábulos da mesma época e um escudo esquartelado dos Figueiredos, Cunhas e Melos. As pinturas a que nos referimos foram atribuídas, por alguns autores, ao Mestre André Gonçalves, embora os mais fiáveis especialistas não o refiram.



CAPELA DE N S DA PIEDADE
A Capela de Nossa Senhora da Piedade é modernizada e destaca-se sobretudo pelo recorte setecentista da porta.



CAPELA DE SÃO SEBASTIÃO



A Capela do Mártir de São Sebastião, pequena e singela, é obra rural do século XVI. Tem no interior um retábulo do século XVIII, de duas colunas. Em frente à Capela, um cruzeiro, que de antigo conserva apenas a base trapezoidal.
A Capela do Mártir de São Sebastião, pequena e singela, é obra rural do século XVI. Tem no interior um retábulo do século XVIII, de duas colunas. Em frente à Capela, um cruzeiro, que de antigo conserva apenas a base trapezoidal.


Nenhum comentário:

Postar um comentário