segunda-feira, 3 de outubro de 2011

FREGUESIA DE IDANHA A VELHA


REGIÃO                        CENTRO

SUB REGIÃO                   BEIRA INTERIOR SUL
DISTRITO                       CASTELO BRANCO
CIDADE                      IDANHA A NOVA
FREGUESIA                  IDANHA A VELHA
Idanha-a-Velha, é uma pequena vila que parece adormecida entre os oliveirais mas cujo passado histórico teve uma importância testemunhada pela catedral e pelas inúmeras ruínas, transformando-a num museu ao vivo.


Elevada a cidade episcopal em 534, diz-se que foi aí que nasceu um rei visigodo, e a velha catedral, restaurada no início do século XVI, ainda conserva pedras esculpidas e inscritas do tempo dos romanos.
Vale a pena admirar a Igreja Matriz renascentista, o pelourinho do século XVII e as ruínas da Torre dos Templários.



Idanha-a-Velha pequena aldeia de ambiente pitoresco, pelo notável conjunto de ruínas que conserva. ocupa um lugar de realce no contexto das estações arqueológicas do País. Ergue-se no espaço onde outrora existiu uma cidade de fundação romana (séc. I a.C.), inserida no território da Civitas Igaeditanorum, tendo sido, mais tarde, município romano. 
Uma inscrição datada do ano 16 a.C., onde consta que Quintus lallius, cidadão da Emerita Augusta (Mérida) "deu de boa vontade um relógio de sol aos Igeditanos", testemunha a existência no núcleo urbano nesse momento cronológico. Em 105, a povoação aparece referida numa inscrição da monumental ponte de Alcântara - importante obra de engenharia romana - como um dos municípios que contribuíram para a sua construção. Diversos vestígios evidenciam, ainda hoje, essa permanência civilizacional: entre outros, o podium de um templo no qual assenta a Torre dos Templários; a Porta Norte e respectiva muralha; um conjunto excepcional de lápides funerárias e variado espólio disperso.
A povoação conheceu no período visigótico, sob o nome da Egitânea, momentos áureos de desenvolvimento, tendo sido sede de diocese desde 599 e centro de cunhagem de moeda em ouro (trientes). São testemunhos materiais desse período, o Baptistério e ruínas anexas do "Palácio dos Bispos" e a designada "Sé-Catedral", esta com profundas alterações arquitectónicas posteriores.

CASTELO BRANCO


1- Porta Norte
 2-Sé Catedral
 3- Lagar de Varas
 4- Habitação romana
 5- Rocks to cross the River
6-  Posto de Turismo
 7- Pelourinho
 8- Igreja Matriz
 9- Forno Comunitário
 10- Torre dos Templários
 11- Capela de São Dâmaso
 12- Palheiros de São Dâmaso
13- Ponte
 14- Capela Espírito Santo
15- Necrópoles
 16- Capela São Sebastião
Ao chegar a Idanha-a-Velha poderá observar a monumentalidade da cerca muralhada, dos seus torreões, e da Porta Nova 1 , ue permite o acesso ao interior da aldeia. A muralha, tem uma forma ovalada, com uma extensão de cerca de 745 m, sendo conhecidas 2 entradas e 7 torres defensivas, 4 semicirculares e 3 quadrangulares. O património construído de Idanha-a-Velha é fruto da presença de inúmeros povos que aí se estabeleceram, e foram adaptando e reformulando os espaços e os edifícios ao longo dos séculos de ocupação territorial.Siga pela Rua da Palma até à Casa Marrocos. Esta construção deste século pertença de uma família abastada, exibe um bonito trabalhado nas varandas e cantarias. 
Na direcção da amoreira que dá nome ao largo, siga pela pequena rua junto à referida casa e vire à direita para a Sé Catedral 2 . Na Rua da Sé, a recuperação de um pequeno espaço habitacional, permitiu a instalação do Posto de Turismo 


6 , onde se pode ver parte de uma habitação romana sobre a qual assenta o edifício. 
A Sé, dos princípios do Cristianismo, com uma forte intervenção no período manuelino tem incorporado no lado Sul um Baptistério paleo-cristão (séculos VI/VII); muito próximo, podem ver se as ruínas do chamado Palácio dos Bispos. Junto às muralhas e próximo da Porta Sul, encontram-se fragmentos de ruínas romanas de uma habitação 


4  (séculos I-III) que se estendeu para limites exteriores à muralha, tendo sido fragmentada no momento de regressão da malha urbana (século IV).



O Largo da Sé dá acesso ao Lagar de Varas 


3 edifício importante na arqueologia industrial, que testemunha o aproveitamento de recursos da comunidade e a sua capacidade de transformação dos produtos agrícolas da região. Este espaço, recuperado recentemente, apresenta no seu interior, uma primeira sala, com duas enormes varas de prensagem e uma caldeira; na sala contígua pode ver-se o depósito de azeitona e o espaço da moagem. No pátio, onde se localiza o poço que alimentava a caldeira, construiu-se uma estrutura, assumidamente contemporânea, para exposição de um dos mais importantes acervos epigráficos romanos da Península Ibérica.

Desloque-se até ao final da rua e suba até à Torre. A Torre dos Templários


10  , construção militar do século XIII, foi erguida no espaço do forum romano (século I), sobre o podium - o que resta de um templo romano dedicado possivelmente a Vénus. Deste ponto mais alto, domina-se uma paisagem excepcional com uma visão de conjunto sobre a aldeia. A Sul do forum, existiam as termas, cujas dimensões das estruturas já escavadas permitem supor ter sido um edifício público.
Pela Rua do Castelo, onde existe o Forno Comunitário 
9 , recentemente recuperado, siga até à Igreja Matriz. A Praça do Pelourinho marca o cruzamento de dois eixos estruturantes da aldeia, e nela se encontram elementos caracterizadores relevantes da sua importância cívica e religiosa: o Pelourinho 










7  , de estilo manuelino e classificado como Imóvel de Interesse Público, o Edifício dos Antigos Paços do Concelho, e a actual Igreja Matriz. Antiga Misericórdia, a Igreja Matriz 










apresenta estilo renascentista (século XVIII) com influências populares.




11 A Capela de São Dâmaso   de estilo maneirista (1748) situa-se fora do recinto amuralhado, junto ao actual Gabinete de Arqueologia, que funciona num edifício alvo de recente recuperação, no local onde existiam os Antigos 






12 Palheiros de São Dâmaso  nos quais os trabalhos de investigação arqueológica puseram a descoberto um troço da muralha romana e um torreão.


Olhando sobre o Rio Pônsul descobre-se a Ponte   


13 de origem romana, elo de ligação do importante eixo viário entre Mérida (Emérita Augusta) e Braga (Bracara Augusta), que teve várias reconstruções ao longo da Idade Média. Nas férteis margens do Rio, podem ser vistas ainda hoje, as hortas da aldeia, muito importantes na sobrevivência deste povo.
A Rua do Espírito Santo leva-nos a circundar o espaço exterior à muralha, até ao Largo e à pequena 








14 Capela do Espírito Santo  . Esta pequena capela é uma construção dos séculos XVI - XVII, de estilo maneirista, e é lá que em meados de Maio, se realizam as Festas em honra do Espírito Santo. 










16 Virando à esquerda depara-se com a Capela de São Sebastião  , do século XIX.


















15 - NECROPOLE









A palavra Idanha deriva provavelmente da expressão romana Civitas Igaeditanorum, que depois viria a dar origem ao termo Igeditania. O topónimo Egitania surge pela primeira vez num documento do século VI d.C. e crê-se que será de origem visigótica com influência da língua árabe.








A povoação terá sido provavelmente fundada no século I a.C., durante o período de Augusto, com o objectivo de estabelecer um posto de paragem entre 








 Mérida e a Guarda, sendo do ano 16 a.C. a mais antiga inscrição romana datada existente em Idanha-a-Velha.
A povoação original foi destruída no século V durante as Invasões Bárbaras tendo os Suevos depois fundado a diocese egitanense que veio a estar representada no concílio de Lugo em 569.

Seguiu-se o período de ocupação visigótica, que se revelou um dos mais prósperos para a povoação, chegando mesmo a cunhar moeda em ouro. É deste período a Catedral e o Palácio dos Bispos.
Em 713 a povoação foi uma vez mais destruída, após a tomada pelos árabes, sendo depois reconquistada por D. Afonso III, apenas para ser novamente tomada pelos mouros. D. Sancho I reconquista-a, entregando-a à Ordem do Templo, sendo-lhe mais tarde atribuído foral por D. Sancho II.





Em 1319 D. Dinis doou-a à Ordem de Cristo.
O foral que havia sido atribuído à povoação por D. Sancho II foi renovado em 1510 por D. Manuel, sendo então construído o Pelourinho.
Em 1762 a vila de Idanha-a-Velha pertencia à comarca de Castelo Branco, vindo em 1811 a ser anexada a Idanha-a-Nova.
Foi sede de concelho entre 1821 e 1836.





GASTRONOMIA

Sopa de Favas
IDANHA-A-VELHA

Ingredientes:
Para 4 pessoas
  • 400 g de vagens de favas (sem grão) ;
  • 300 g de batatas ;
  • 1 cebola ;
  • 1 molho de coentros ;
  • 1 dl de azeite ;
  • sal
Confecção:

1.   Põe-se uma panela ao lume com as batatas descascadas, a cebola e os coentros.
2.   Quando as batatas estiverem cozidas, retiram-se os coentros e passa-se o resto pelo passador.
3.   Entretanto, tem-se já cortado em caldo-verde as vagens das favas ainda sem grão.
4.   Juntam-se ao puré de batata.
5.   Junta-se também o azeite e tempera-se com sal.
              6. Deixa-se cozer e come-se com pão de centeio.








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