quinta-feira, 5 de maio de 2011

FREGUESIA DE DESEJOSA

rEGIÃO               Norte
SUB  REGIÃO   douro
DISTRITO         viseu
CIDADE           Tabuaço
Freguesia Desejosa





Brasão: escudo de prata, dois ramos de oliveira de verde, frutados de negro, com os pés passados em aspa e cacho de uvas de púrpura, folhado de verde, tudo alinhado em faixa; em chefe, tau de negro e, em campanha, trompa de caça de vermelho. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: «DESEJOSA».

Bandeira: verde. Cordão e borlas de prata e verde. Haste e lança de ouro.                                                              Selo: nos termos da Lei, com a legenda: «Junta de Freguesia de Desejosa - Tabuaço».


Poderá remontar aos sécs. XIV / XV a edificação da primitiva ermida no lugar de Desejosa e cuja paróquia seria depois filial de Santa Maria do Sabroso. Em 16 de Maio de 1514, D. Manuel concedeu foral ao concelho de "Valemça do mosteiro de S. Pedro das Aguias", pertencendo-lhe a "aldea de çerçedinho e os logares da desejosa, casáes, e balsa”, e que seriam mais tarde elevados à categoria de freguesias. Desejosa aparece referida em 1527 no Cadastro do Reino como lugar do “comcelho de valemça” contando, então, 5 moradores (fogos habitacionais).


Do séc. XVII há notícia das porções que a Colegiada de Barcos tinha nas suas igrejas anexas, nomeadamente da igreja de Balsa. Ora, uma vez que as paróquias de Balsa e Desejosa se encontravam já unidas nesta época, o valor relativo a Balsa deveria também incluir a porção da paróquia de Desejosa, num total de 22 alqueires de trigo e 2$400 reis.
Segundo Almeida Fernandes, o topónimo da freguesia e povoação de Desejosa, povoação alcandorada nas encostas declivosas do vale do rio Távora, no concelho de Tabuaço, e que já aparece documentada na Idade Média, poderá advir de uma qualificação como “terra desejosa”, porventura desejosa de águas, como também escreve o autor, referindo a existência de um riacho, afluente do rio Távora, cujas águas seriam exploradas pela população, para a sua sobrevivência.
No entanto, certo é que no ano de 1291, D. Dinis declarou que as terras do couto das Águias e de São João da Pesqueira, doadas pelo infante D. Afonso ao mosteiro, ficariam isentas do pagamento da «parada», excepto os 11 casais da Desejosa que contribuiriam com um soldo para esse imposto, além, é claro, dos demais foros, o mesmo sucedendo com os 7 casais de Balsa.
Do séc. XVII há notícia das porções que a Colegiada de Barcos tinha nas suas igrejas anexas, nomeadamente da igreja de Balsa. Ora, uma vez que as paróquias de Balsa e Desejosa se encontravam já unidas nesta época, o valor relativo a Balsa deveria também incluir a porção da paróquia de Desejosa, num total de 22 alqueires de trigo e 2$400 reis.


Curiosamente, o Pe. Carvalho da Costa refere, em 1708, a existência da paróquia e curato de “S. Eulalia de Balfa & Defejofa”, como sendo anexa à Igreja de Nossa Senhora da Assunção de Barcos, mas aparentemente ter-se-á esquecido de referi-las na parte respeitante ao concelho e vila de Valença do Douro, ao qual pertenciam. O próprio orago de Santa Eulália deverá ser erro do autor, dado que não se reporta a qualquer dos oragos das duas paróquias anexas.

Na primeira metade do séc. XVIII, em arrolamento das igrejas paroquiais da diocese lamecense, consta, segundo Gonçalves da Costa, que a respectiva renda beneficial da “reitoria” de Desejosa, se cifrava em “85$000”.
Nota curiosa da vida desta freguesia ocorreu em 29 de Janeiro de 1740, quando foi redigido o extenso testamento de António de Almeida e Silva, natural da Desejosa, no qual deixou legados para missas aos domingos e dias santos a serem realizadas nas igrejas de Balsa e Desejosa e instituiu um vínculo de morgado do qual seriam administradores os filhos legítimos de suas irmãs ou, na sua falta, o seu primo Pe. Luís Pereira da Silva, monsenhor e cónego patriarcal.

Terá deixado, para o efeito, um capital para a celebração de mil missas por sua alma.





Já em 1758, com as respectivas Memórias Paroquiais, redigidas pelo Cura Manuel de Moura Coutinho, veio aquele referir que as duas freguesias que “hoje se acham unidas”, de “Balça” e “Dezejoza” são ambas do termo “da villa de Valença do Douro” e que eram curadas por um só pároco, que era cura ad nutum apresentado pelo Reitor da Colegiada de Barcos.

Aludindo à Igreja de Desejosa, escreveu que o seu orago era o de “Santo Antarao abade a quem outros chamam Santo Antam”, e descreveu os respectivos altares e imagens dos santos que neles se encontravam “colocadas”. Logo no ano seguinte, com o julgamento dos seus donatários, os marqueses de Távora, o senhorio da freguesia e do concelho onde se inseria, passou para a Coroa.
Em 6 de Novembro de 1836, com a extinção do concelho de Valença do Douro, todas as suas freguesias, incluindo a Desejosa (à qual se fundiu a antiga freguesia de Balsa, provavelmente devido ao número insuficiente de eleitores para continuar a ser freguesia autónoma), foram anexadas ao concelho de Tabuaço. Porém, pelo Decreto de 24 de Outubro de 1855, as freguesias de Valença do Douro e Desejosa acabaram por ser transferidas para o concelho de São João da Pesqueira. Em 1878 pertencia ao Julgado de Ervedosa. Finalmente, em 7 de Setembro de 1895, as freguesias de Desejosa, Valença do Douro e Pereiro foram definitivamente transferidas para o concelho de Tabuaço.
Parte da freguesia encontra-se inserida no Alto Douro Vinhateiro – Património Mundial, nomeadamente a Capela de Santa Bárbara, de finais do século XVIII ou inícios do século XIX, situada a meio caminho entre as povoações de Desejosa e Balsa.

Em termos arqueológicos, poderá ser referido o Dólmen 1 de São Domingos, também incluído no Alto Douro Vinhateiro, e que aguarda campanha de recuperação que possibilite a sua visita pelos turistas.

Há ainda a destacar a Igreja Matriz de Desejosa, na que se podem observar elementos arquitectónicos e decorativos maneiristas, barrocos e novecentistas. O templo, composto por nave única, é actualmente antecedido por alpendre de construção recente com colunata de granito.
 No seu interior o tecto da capela-mor é composto por 20 caixotões pintados ao gosto regional com motivos hagiográficos. Conserva interessantes retábulos de talha dourada e policroma, resultando o retábulo do altar-mor da junção de elementos maneiristas com outros de barroco inicial. O seu frontal, actualmente destacado, apresenta, tal como a credência, a talha dourada e policromada da época de D. João V, com finos e interessantes lavores.
























Gastronomia

Bacalhau Assado no Forno
Ingredientes
1 cebola grande (Colocada por mim)
4 postas de bacalhau
800 g de batatinhas
2 dentes de alho picados
2 folhas de louro
1/2 pimento em tirinhas (utilizei pimento vermelho)
1 lata de tomate pequena
2 a 3 colheres de sopa de polpa de tomate (pode utilizar a calda do tomate que vem em lata)
1 raminho de coentros
2 colheres de sopa de azeite
1 cálice de vinho branco (se necessário)

Modo de Preparo
1. Corte a cebola em rodelas e coloque-as no fundo do tabuleiro de ir ao forno.
2. Coloque as postas de bacalhau sobre as rodelas de cebola.
3. Lave bem e corte as batatinhas.  Se quiser pode descascá-las. Eu optei por manter a casca. Tempere-as com um pouco de sal e junte-as ao bacalhau.
4. Ligue o forno a 200ºC.

5. Esprema o tomate com as mãos para cima do bacalhau e das batatas.
6. Junte a polpa de tomate, os alhos picados, o louro, o pimento e os ramos de coentros.
7. Regue com o azeite.
8. Leve ao forno durante cerca de 60 a 70 minutos. Se o bacalhau secar, junte um pouco de vinho branco a meio da cozedura.

Nenhum comentário:

Postar um comentário