domingo, 22 de maio de 2011

FREGUESIA DE SACAVÉM

rEGIÃO               LISBOA
SUB  REGIÃO   GRANDE LISBOA
DISTRITO         LISBOA
CIDADE           LOURES
Freguesia Sacavém


Um escudo de vermelho, uma ponte de três arcos, com os flancos incompletos, de ouro, lavrada de negro. Em chefe, uma cruz em aspa, de prata. Contra-chefe ondado de seis faixas de prata e azul, onde assentam três barcas de ouro vistas de proa. Uma coroa mural de prata de cinco torres. Um listel branco, com a legenda a negro, em maiúsculas: «SACAVÉM».
Até 1997, data da sua elevação a cidade, a então vila de Sacavém usava um brasão idêntico, exceto no tocante ao número de torres da coroa mural (quatro em vez das actuais cinco); de igual forma, até então, a partição da bandeira era esquartelada, tendo passado a gironada para reflectir o novo estatuto. E, apesar de o texto legal prever que no listel conste apenas a legenda Sacavém, em muitas representações oficiais do brasão surge a divisa com o atributo da povoação: «CIDADE DE SACAVÉM».
Quanto à simbologia do escudo, o vermelho do campo expressa o sangue derramado na mítica batalha que D. Afonso Henriques travou com os Mouros; a ponte de ouro alude à velha ponte romana sobre o Trancão; a aspa representa o orago menor da freguesia, Santo André; as barcas demonstram a importância das atividades económicas que eram realizadas através do rio, recorrendo para isso a embarcações (aludem também a uma antiga festividade de Sacavém, a Festa do Barco , realizada até à década de 1920 ); por fim, as faixas ondadas de azul e prata estão para os dois rios que banham a freguesia: o Trancão e o Tejo.
Sacavém foi reguengo, terra da Coroa, durante alguns séculos, daí a importância económica das atividades agrícola e vinícola na região.
A tradição afirma que durante a Idade Média, uma Albergaria de leprosos e peregrinos desempenhou um papel marcante em Sacavém. Sabe-se que em 1599 a peste devastou a população e como a igreja matriz (já desaparecida) não chegava para enterrar os mortos, o prior mandou sepultá-los junto da Capela de Santo André, onde tinha havido um hospital de leprosos e albergaria de peregrinos. Ao ser aberta a primeira cova surgiu uma imagem gótica. O povo de imediato a levou em procissão até à capela de Santo André, pedindo a Nossa Senhora da Saúde que os livrasse da peste.
Desde então o povo de Sacavém venera a Nossa Senhora da Saúde e dedica-lhe uma festa anual, no primeiro domingo de Setembro.
O terramoto de 1755 destruiu quase totalmente esta freguesia, arruinando a igreja matriz, que foi substituída pela Capela da Nossa Senhora da Saúde.

Por esta altura aqui viviam cerca de 1.500 pessoas, em 353 fogos e pouco desenvolvimento houve até ao século XIX. Apesar da forte actividade agrícola e comercial da região (o rio acabou por ter uma importante função como via de escoamento de produtos agrícolas), a população era constituída essencialmente por trabalhadores rurais e pequenos artesãos. A freguesia estava cercada de Quintas pertencentes à nobreza, que durante as lutas liberais foram passando para a burguesia.
No século XIX, importantes obras vêm dar novo impulso à freguesia. A construção do Forte Monte Cintra e da estrada militar, integrados nas linhas de defesa de Lisboa, a ponte de cantaria e ferro sobre o Trancão para a estrada que liga a Capital ao Porto e a fábrica de tinturaria e estamparia na Quinta das Penicheiras são factores que motivam o desenvolvimento da comunidade.
Cerca de 1856, funda-se a Fábrica da Loiça que, vinte e cinco anos depois, emprega 400 operários.



Ainda em 1856 inaugura-se a linha do caminho-de-ferro, ligando Lisboa ao Porto e passando por Sacavém. Dos arredores e do interior do País começam a chegar pessoas que trocam o campo pela fábrica, na busca de melhores condições de vida.

Entretanto, o aumento e melhoria das vias de comunicação fazem de Sacavém um local privilegiado para a fixação de indústrias e o número destas vai crescendo. Com ele aumenta a população e, consequentemente, a população transforma-se. Já não é uma classe agrícola, mas fabril. Um pouco por toda a freguesia surgem "Vilas Operárias", pequenos núcleos habitacionais que ainda hoje mantêm, na quase totalidade, as suas funções iniciais.

Pouco a pouco, a fisionomia de Sacavém foi-se alterando: as quintas dão lugar a novas fábricas ou adaptam-se a habitações.
Nos finais do século XIX, a freguesia conta com mais de 2000 habitantes, dos quais cerca de metade são operários da Fábrica de Loiça, indústria de crucial importância económica para a zona.
O movimento associativo começa a ter expressão no início o século XX - em 1900 é fundada a "Sacavenense", Cooperativa de Crédito e Consumo, uma das mais antigas de Portugal. Logo depois surge o Clube Recreativo (1909), o Sport Grupo Sacavenense (1910), o Clube dos Caçadores (1921) e a Academia Recreativa e Musical de Sacavém (1927).
Em 1927, Sacavém é elevada a Vila pelo Decreto nº 14.676, de 7 de Dezembro. No dia 4 de Junho de 1996 foi elevada à categoria de Cidade.

Localização




A Cidade de Sacavém situa-se na zona oriental do concelho de Loures. Tem 3,80 Km2 de superfície e 17 623 habitantes segundo o censo de 2001. Com base na actualização dos cadernos eleitorais, realizada no final de 2002, os recenseados são 13 384, estimando-se assim que o total da população seja de 18.000+/-.


Caracterização socio-económica
Em 1950 Sacavém conta com 6.488 habitantes, em 1960 com 10.529 e em 1970 com 24.140. 
Com a fixação da indústria a população continua a aumentar. Os imigrantes chegam sobretudo do Alentejo e das Beiras com a esperança de encontrarem melhores condições de vida.
Em meados do século XX, novos empreendimentos vão surgindo na área da freguesia. O novo troço da EN nº 10, a Auto-Estrada do Norte, o Aeroporto de Lisboa, fazem de Sacavém uma das localidades da periferia de Lisboa com melhores condições para a fixação da indústria dada a facilidade de escoamento dos produtos transformados e a disponibilidade de mão-de-obra desqualificada, logo barata.

A par disto, a Capital inicia a sua tercearização, com a consequente subida de preços do imobiliário. A Sacavém continuam a chegar grandes contingentes populacionais que agora procuram emprego não só na região como em Lisboa. A falta de soluções habitacionais na Cidade leva os novos migrantes para as periferias.  


Nos anos sessenta dá-se o grande "boom" urbanístico. Entre 1950 e 1970 a população da freguesia aumentou de 6.488 para 24.140 habitantes, ou seja, em vinte anos a população quadruplica. A este aumento populacional corresponde um crescente aumento na procura de habitação. As antigas quintas dão lugar a construções em altura. Constrói-se sem outra preocupação que não seja a de dar resposta às pressões de mercado, com vista ao lucro fácil e rápido.


Com o 25 de Abril e o advento do poder local, tem-se, pouco a pouco, vindo a inverter todo este caos urbanístico. Por toda a freguesia têm surgido espaços verdes e zonas de equipamentos. Por outro lado, o crescimento demográfico tem vindo a estabilizar.


Atualmente, e mesmo após a desanexação da Portela e do Prior Velho, Sacavém conta com cerca de 20 000 habitantes.
Aqui se têm fixado novas empresas com actividades no sector terciário.
Novas necessidades se vão colocando do ponto de vista dos serviços e Sacavém possui hoje uma repartição de finanças, diversos bancos,
três escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico, dois jardins de infância da rede pública , uma escola C+S, uma escola secundária e vários externatos particulares, o centro de formação da EDP, um Centro de Emprego, uma extensão do Centro das Taipas, uma subdelegação de saúde, constituindo-se como local de procura de bens e serviços de toda a zona Oriental do Concelho de Loures.
A freguesia localiza-se na zona de influência da EXPO 98, aqui está instalado um Parque Urbano Tejo/Trancão, aqui amarra





a Ponte Vasco da Gama, por aqui passa a CRIL, o prolongamento da Avenida Infante D. Henrique. Para Sacavém vão ser canalizados diversos empreendimentos que vão dinamizar o progresso económico e social da Cidade.
Sacavém conta ainda com aproximadamente 13 384 eleitores, segundo dados do último recenseamento eleitoral (fim de 2002).

 Patrimonio
ANTIGO CONVENTO


CORETO
PONTE ILUMINADA

IGREJA MATRIZ
JANELA
MUSEU
N,S, DA VITORIA


ESTÁTUA PADRE FILINTO









RIO TRANCÃO
QUINTA S.JOSE



VISTA DA CIDADE



Gastronomia

Coelho com Legumes Mediterrânicos


Ingredientes

- 4 pernas de coelho
- 3 colheres (sopa) de azeite
- 1 folha de louro
- 1 raminho de alecrim e de tomilho
- 1 cabeça de alho inteira
- 100 ml de vinho branco
- 1 cebola cortada em gomos
- 3 tomates cortados em gomos
- 1 cenoura grande cortada em palitos grossos
- 2 curgetes cortadas em palitos grossos
- sal & pimenta moída na altura
Preparação
  1. Aquecer o azeite num tacho grande.
  2. Juntar as pernas de coelho e dourar de todos os lados.
  3. Remover apenas a casca mais grossa da cabeça de alho.
  4. Adicionar ao tacho, assim como o louro, o alecrim e o tomilho.
  5. Temperar com sal e pimenta.
  6. Regar com o vinho branco e cobrir com uma tampa.
  7. Cozinhar em lume brando por 20 minutos.
  8. Juntar os palitos de cenoura e cozinhar por mais 10-15 minutos.
  9. Se isso for necessário, regar com pequenas quantidades de água para o molho não secar.
  10. Adicionar a cebola, os tomates e as curgetes.
  11.  Cobrir e cozinhar por mais 10 minutos, sacudindo o tacho de vez em quando.
  12. Retificar os temperos e servir de seguida.

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