rEGIÃO CENTRO
SUB REGIÃO MEDIO TEJO
DISTRITO SANTAREM
CIDADE OUREM
Freguesia Urqueira
Urqueira é uma freguesia desanexada de Olival em 1928, revelou-se no último quartel deste século como uma região de grande importância arqueológica, tendo vindo a merecer uma atenção especial por parte de diversos estudiosos que não hesitam em considerá-la uma das freguesias historicamente mais ricas do concelho.
A antiguidade milenária desta terra é atestada pela própria toponímia - Vale das Antas e Urqueira (Orqueira - Orca) - apontando para a existência na localidade de túmulos sepulcrais de eras pré-históricas. Indiciando isso mesmo, temos ainda a carta de Couto passada por D. Afonso Henriques ao Mosteiro de Santa Maria de Tomaréis, na qual o monarca se refere claramente a uma “mamoa” que por ali se encontrava: “Vadit ad mamonam vertente acqua quomodo vadit ad orcariam”.

É pelos finais do reinado de D. Afonso Henriques que se dá a primeira tentativa de povoamento de "Orqueira", outorgando-se em 1180 uma carta de povoação, mas apesar dos maiores esforços dos frades de Tomaréis no sentido de desbravar o denso matagal, nada se conseguiu. Nova tentativa e coroada de êxito, é feita por D. Dinis em 1299 mas agora entregando o lugar para povoar a Martim Lourenço de Cerveira, tornando-se este o fundador do actual lugar de Urqueira.
Na carta passada por D. Dinis referia-se expressamente que Martim Cerveira possuiria a povoação “durante toda a sua vida como donatário, obrigando-se a revertê-la à coroa após a sua morte, com todas as suas benfeitorias”.
Na carta passada por D. Dinis referia-se expressamente que Martim Cerveira possuiria a povoação “durante toda a sua vida como donatário, obrigando-se a revertê-la à coroa após a sua morte, com todas as suas benfeitorias”.
Aqui nesta freguesia, no lugar do Estreito, passou-se há 300 anos um episódio que ficou nos anais da região e que foi dado a conhecer por Frei Agostinho de Santa Maria no seu “Santuário Mariano”. O conde de Castelo Melhor, D. Luís de Sousa e Vasconcelos, também primeiro ministro de Afonso VI, após ter perdido o valimento junto do novo monarca, D. Pedro II, irmão do anterior, a quem depôs, fugiu disfarçado acabando por encontrar refúgio nesta aldeia.
Algum tempo decorrido, três cavaleiros provenientes de Lisboa, de passagem por ali, surpreenderam-no quando acompanhava um lavrador que conduzia uma carrada de mato. Ao notar o interesse que os cavaleiros mostravam por si, afastou-se sorrateiramente, seguido pelo lavrador, que descarregou sobre ele todo o mato que transportava, frustrando assim os intentos dos cavaleiros que acabaram por se afastar.
Saído do esconderijo, D. Luís atribuiu o caso à intervenção de Nossa Senhora do Testinho, de cuja imagem, oferecida pelas religiosas de Santo Alberto de Lisboa, jamais se apartava. O conde fugiu do País, mas, quando anos mais tarde regressou, quis pagar a dívida contraída com Nossa Senhora do Testinho, ao defender-lhe a vida no esconderijo do Estreito.
Então, como conta o “Santuário Mariano”, o conde “mandou levantar neste sítio uma ermida a Nossa Senhora, e nela mandou colocar uma imagem sua de madeira estofada, com o Menino Deus sentado sobre o braço esquerdo, a qual faz de estatura três palmos e meio, compondo a ermida de todos os ornamentos necessários, consignando renda própria para a sua fábrica”. Além de entronizar a imagem na ermida, o conde mandou gravar uma inscrição em latim, evocativa, e do ano de 1687.




Saído do esconderijo, D. Luís atribuiu o caso à intervenção de Nossa Senhora do Testinho, de cuja imagem, oferecida pelas religiosas de Santo Alberto de Lisboa, jamais se apartava. O conde fugiu do País, mas, quando anos mais tarde regressou, quis pagar a dívida contraída com Nossa Senhora do Testinho, ao defender-lhe a vida no esconderijo do Estreito.
Então, como conta o “Santuário Mariano”, o conde “mandou levantar neste sítio uma ermida a Nossa Senhora, e nela mandou colocar uma imagem sua de madeira estofada, com o Menino Deus sentado sobre o braço esquerdo, a qual faz de estatura três palmos e meio, compondo a ermida de todos os ornamentos necessários, consignando renda própria para a sua fábrica”. Além de entronizar a imagem na ermida, o conde mandou gravar uma inscrição em latim, evocativa, e do ano de 1687.
Gastronomia
Friginada
Ingredientes
§ 300 grs. de carne de porco cortada em cubos
§ 300 grs. de entrecosto cortado em pequenos pedaços
§ 200 grs. de feijão frade
§ 6 dentes de alho
§ 2 colheres de sopa de banha
§ 1 molho de grelos de nabo
§ 3 folhas de louro
§ 4 colheres de sopa de azeite bom
§ vinho branco q.b.
§ sal q.b.
§ pimenta q.b.
§ colorau q.b.
§ cominhos q.b.
§ cravinho q.b.
§ 3 a 4 fatias de boa broa de milho
Modo de Preparo
1. Tempera-se toda a carne com sal, pimenta, colorau, cominhos, cravinho, 3 dentes de alho picado, 2 folhas de louro e o vinho, deixando-se em repouso cerca de duas a três horas.
2. Num tacho de barro coloca-se a banha que vai ao lume para derreter, a que se junta de seguida a carne, deixando que, em lume brando, se cozinhe.
3. Ao lado, tem-se o feijão frade cozido, os grelos de nabo cortados grossos e também cozidos.
4. Num tacho, também de barro, deita-se o azeite, 3 dentes de alho picado e a restante folha de louro.
5. Deixa-se alourar um pouco e junta-se-lhe a broa esfarelada, após o que se lhe anexa o preparado anterior do feijão e grelos.
6. Ficam as migas prontas para acompanhar a friginada.




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