REGIÃO norte
SUB REGIÃO trás-os-montes
DISTRITO bragança
CIDADE Mogadouro
FREGUESIA Urrós
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLuzrIs0xSmnzJM9yaIhCIgUklQga2HmyGq_soX50-PrWv3TpBj_lMBufDknd4wvu3KA9iK9F0x1OL8UfHI66J2fhNYIw5fPw69BpyrY81AGa1WAOdcX0w3ENrCBDPG_sey673F0Q-_ZUg/s1600/URROS+-+BANDEIRA.jpg)
Brasão: escudo de prata, torre sineira de vermelho acompanhada em chefe à dextra por um cacho de uvas de púrpura, folhado de verde e à sinistra por duas espigas de trigo de ouro, folhadas de verde, com os pés cruzados em aspa; em ponta, três coticas ondeadas de azul. Coroa mural de três torres de prata. Listel branco, com a legenda a negro, em maiúsculas: "URRÓS".
Situada na margem direita do rio Douro, a freguesia de Urrós encontra-se a vinte quilómetros da vila de Mogadouro.
O seu nome é de sentido topográfico, pois a freguesia assenta numa pequena chã, entre dois ribeiros, de vales pouco declivosos e pequenos.
Toda a freguesia tem as condições ideais para ter servido com eficácia as populações castrejas, necessariamente precisadas de segurança e de protecção. Urreta Malhada e Cerco são povoados abertos desse período, encontrados há alguns anos nesta freguesia. Em Meirede, foram achadas diversas moedas romanas e outros objectos, como pedaços de cerâmica e machados, da mesma época. Encontram-se actualmente, estes objectos, no Museu Regional de Bragança.
Mas o maior vestígio de povoamento castrejo em Urrós deve ser mesmo o Castelo de Oleiros. Enconta-se num alto fronteiro a Espanha, que terá sido inicialmente um castro lusitano.
A romanização não faltou, conforme se depreende dos diversos achados: lápides, esculturas, cerâmica vária (talvez daí o nome de Oleiros), tudo da época romana.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRuF6KPE9SrUA1X0SGoOQRjHSyfwLrHn_2UjXury6sIv6XmnEfkkcjCiFuXTpCijpu-6lUoKUP5Mjb2UUu6UsNt2YeGy3gmy5FxwxuVdXICjTqGlSdlu_eFXv64rCYb8WWfTGhr4s9PYt1/s1600/URROS+-+CEGONHAS.jpg)
As lendas sobre mouros e mouras, nestes lugares de Urrós, abundam, como aliás em toda a região. Uma delas diz que em Tomelar, numa fraga próxima da ponte do mesmo nome, está gravada a pegada do diabo, que ali bem desempenharia o papel de um mouro amaldiçoado. Diz o povo que o tal mafarrico passou por ali quando corria atrás de Nossa Senhora, em fuga para o Egipto.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwK_zD1z21aW74L9Tk55gzOmEZMAA6VhjOgSVWGDFCe7qk9-w79975AumzVH8Vum3UgBoxuV8KtyUlLmXMqqgx9B-BBxeuwa2jCwjr4eDZMSBMWrSDVpAZa1sWksc50dqNdNqTKSFtLxXW/s200/URROS+-+ESTATUA.jpg)
Nas Inquirições de 1258, aparece já uma referência à freguesia, embora de forma indirecta. Uma prova da sua existência anterior. Todas as suas terras pertenciam então a vilãos-herdadores e nada à coroa. Por estar junto à fronteira, sofreu sempre as consequências das escaramuças entre Portugal e Espanha.
A nível eclesiástico, Urrós foi inicialmente da paróquia de Sendim até constituir abadia independente. No entanto, o pároco de Sendim apresentou sempre o abade desta freguesia, que por volta do século XVIII tinha de rendimento anual apenas o pé de altar, caso raro, senão único, em todo o País.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCM_XG0VaLlEOIcB3nUdtIWQayot1prCxVpK9O6ys8FfbcdGDrk39m1Kx4oO4rrZwF9bUeDJDtKdp1YHIMYQJJu-Kfi6a4UAb2MZoMoHH_dhocOlCjLSNgD8C1ubCT_Etf3qnszUYGi25d/s320/URROS+-+FLORES.jpg)
Segundo o Cadastro da População do Reino, ordenado em 1527 por D. João III, Urrós pertencia ao termo de Algoso e tinha noventa fogos, a que deveriam corresponder mais de duzentos moradores. Um número importante para a época e que se explica pelo estatuto que logo a seguir à fundação da Nacionalidade adquiriu no concelho em que se integrava. Apenas na sede concelhia vivam por essa época mais pessoas.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBbbaOQrW5iLSNATNh45ngoqV5s5iTGQ1vyqfVyR-EGtPeSx5qRQfxfL4DZN2GJ5mdkX7UvTwatN4lL1juiyQNpX3pQQeBIwPQR0gx00Ou5hpziUv-zVyeDfvM6VJ75EMXkmwkNUsRn90W/s200/URROS+-+IGREJA+MATRIZ+1.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtXiwguZG2Aqb5dJ-B2rQE-sFaOIxhLgGTUOotJeOQdNthnD53mb8AIzICe13lIVlQRAH3MLysHftLSIrRXf_2uGXT5EkCN3111ms7jC1NFCSNKxeth1YogLiiqWK2_Q0VLumUZT6QtHYV/s320/URROS+-+IGREJA+SINO.jpg)
Um curioso documento e que na época deu aso a fortes polémicas entre Urrós e as povoações circunvizinhas.
É uma freguesia que tem sofrido uma considerável evolução nos últimos anos. Em meados do século, a agricultura era ainda extremamente rudimentar. No “Guia de Portugal”, Sant’Anna Dionísio referia em relação a esta realidade económica de Urrós:
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtLhd5hxuA33joDQ6ziurL8DosCnzWYUn7BGYglOjd4U8ifppql4zegQmqs9_ltuhX7PpbB-ijOkwl7aERAL2v8tV9UVS5qWI7duoT5C_CYHKabTsK1n_bi9njNE1hm2fQEvEoU1gYb-Mp/s320/URROS+-+MAPA.png)
“Estamos em pleno planalto mirandês, solene, desafogado e ascético. Horizontes dilatadíssimos mas indefinidos. Ao longe, para as bandas do norte, desenha-se o discreto vulto azulado da serra de Nogueira. (...)
Sucedem-se as folhas centeeiras, de pousio, entremeadas, aqui e além, de pedregulhada. São terras pobres ou depauperadas, trabalhadas ainda, em grande escala, à maneira antiga, com o velho arado mourisco puxado por dois burricos ou muares. Os tractores já vão aparecendo, mas as seis ou oito sementes que o solo lavrado e semeado dá, no final da canseira, a custo os suporta.”
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-4XyxstBSxVNudkSiZIuFxR1ayS08uKK4m5EgX9kpGANfZygauj-EH8inR1ocrBaGXT58EMcMPxWLDBuRb5-c5rk2b-0oQqxQPS6GnWLtNGOWhtF6sOfCgH9l8CrV6BxijPFA4nVgfPb1/s200/URROS+-+PARQUE+DAS+MERENDAS.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKWfOreBuLS6tE_PNnoV22xpbAdOt4HsSnbLSzjx359ZdTWqMCxEUNlBnYbbCFQs4f-r0msBbs7r_I-I8By0wwt4ek3LCEe1U-d3VG6xS5ThZFXLw9rXIKtAB9T_YtVpGscxSb9uWEgmy2/s1600/URROS+-+POMBAIS.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxwfPOxTUb3mqQvINKVikf_uSxUUT9pm9E9b-SgZinsJcgMw8u9K48lGjFx8dSiIvgm1IkKIZS4RPynF8zU3HIZUOZFECg-0bbw96YGbukJShwmzK8LngFmj1IHvy5JVfW-7xccAE7glBd/s320/URROS+-+RIO+2.jpg)
Mas nem por isso detesta menos os gallegos, do que os mais arraianos portuguezes”.
Os atractivos turísticos de Urrós podem dividir-se nas memórias ancestrais, na beleza natural e nas actividades tradicionais. Começando por um regresso ao passado, a Igreja dos Mouros é um ponto de passagem obrigatório para recordar a presença romana por terras do Alto Douro. No local de São Fagundo são ainda visíveis dois arcos, um românico e outro gótico, como nos explica um projecto levado a cabo pela Escola Básica 2,3 de Nevogilde, sob orientação da professora Ester AlvesGastronomia
FOLAR DOCE
INGREDIENTES:
2dl leite morno
125gr manteiga amolecida
4 ovos
1 pitada de sal
1 colher (chá) canela
1 colher (chá) erva-doce
50gr açúcar
600gr farinha
2 colheres (chá) de fermento padeiro em pó ou 20gr do fresco.
gema para pincelar
4 ovos cozidos para decorar
PREPARAÇÃO MANUAL:
Caso utilize fermento fresco:
- Dissolver o fermento em 1dl de leite, juntar 100gr de farinha, misturar bem e deixar levedar até duplicar o volume (estas quantidades são retiradas dos ingredientes acima referidos).
- Deitar a farinha em cima da mesa, abrir um buraco ao meio, juntar o sal, o açúcar, a erva-doce, a canela, os ovos, o leite e a manteiga.
- Adicionar o fermento (fresco, feito anteriormente, ou o seco), mexer bem e trabalhar a massa até se descolar da mesa e das mãos.
- Fazer uma bola, deitar dentro de uma tijela polvilhada com farinha, cubrir com um pano e deixar levedar 2 horas ou até duplicar o volume.
- Ligar forno a 180º e barrar ligeiramente o tabuleiro do forno com margarina.
- Deitar de novo a massa em cima da mesa, polvilhada com farinha, amassar bem e moldar uma bola achatada.
- Colocar em cima do tabuleiro, dispor os ovos cozidos à volta, pressionando um pouco, pincelar com gema batida e levar ao forno 45 minutos.
Se tem alguém da continuidade de Manoel do nascimento barros?
ResponderExcluir