domingo, 14 de agosto de 2011

FREGUESIA DE CAMARATE


REGIÃO                   LISBOA
SUB REGIÃO            GRANDE LISBOA
DISTRITO                 LISBOA
CIDADE                    LOURES
FREGUESIA             CAMARATE












Heraldica
A bandeira e brasão da freguesia de Camarate têm as seguintes características:
Um escudo de prata com cruz floreteada de vermelho, vazia do campo, seguida em ponta por dois cachos de uvas de púrpura, folhados de verde. Uma coroa mural de prata de quatro torres. Um filete branco, com a legenda a negro, em maiúsculas: «CAMARATE».





Bandeira com o escudo dividido em vermelho e branco; cordões e borlas de prata e vermelho.
No que respeita à simbologia, a cruz floreteada alude à presença da Ordem de Santiago na localidade, assim como ao facto de Santiago ser ainda hoje o seu protector. Os cachos de uvas representam a produção vinícola que em tempos aqui existiu, e de cuja casta eventualmente terá derivado o nome da região.


Este brasão de armas resulta do original proposto pelo heráldico Afonso Dornelas, na primeira metade do século XX. No entanto, nessa altura, a coroa mural tinha apenas três torres (reflectindo o estatuto da povoação, que era apenas um lugar, e não uma vila). De igual modo, a bandeira seria de púrpura, por semelhança ao esplendor das uvas.





Sobre Camarate



Situada a Norte de Lisboa, Camarate é uma freguesia portuguesa do Concelho de Loures. Tem 5,17 km² de área e 18 822 habitantes (dados dos Censos de 2001). A sua densidade demográfica é de 3 640,6 h/km².

Localizada na zona oriental do Concelho, faz fronteira a Noroeste com Frielas, a Norte com a Apelação, a Nordeste com Unhos, a Este com Sacavém, a Sudeste com o Prior Velho, todas situadas no concelho de Loures. 







No extremo Sudeste faz fronteira com Santa Maria dos Olivais, a Sul com Charneca do Lumiar, que pertence ao concelho de Lisboa, e finalmente a Sudoeste, com o Olival Basto já no concelho de Odivelas. A zona meridional da freguesia envolve também parte do Aeroporto da Portela de Sacavém.









A freguesia integra inúmeros bairros: Bairro de Angola, da Boavista, da Bogalheira, da CAR, da Esperança, dos Fetais de Baixo, dos Fetais de Cima, das Fontaínhas, do Grilo, das Loureiras, de Mira-Loures, de Santiago, de Santo António, de São Benedito, de São Francisco, de São João, de São José, de São Lourenço, das Sousas, da Torre, Fonte da Pipa, Mucharros, Quinta de Marvila, Quinta do Paraíso, Quinta de Santa Rosa, Quinta do Galeão, isto para além, claro, do Centro da Vila.



Historia


A origem mais provável do topónimo Camarate prende-se com o facto de, em tempos, ter sido cultivada nesta zona uma casta de videira chamada Camarate.

A Igreja Matriz foi fundada por D. Agapito Colona, Bispo de Lisboa, no século XIV, tendo sido posteriormente reconstruída e ampliada. Por altura da crise de 1383-1385, a quinta de Camarate, propriedade do judeu David Negro, administrador das alfândegas reais no reinado de D. Fernando e apoiante de Castela, foi confiscada e entregue a D. Nuno Álvares Pereira, que ali passou alguns anos com sua mãe, antes de professar no Convento do Carmo. 


Nessa quinta fundou o Condestável uma capela consagrada a Nossa Senhora do Socorro, tendo mais tarde oferecido essa mesma quinta aos Carmelitas Calçados, que aí fundaram um convento sob a mesma invocação. Mais tarde, através de










D. Nuno Álvares Pereira, Camarate viria a ser integrada juntamente com muitas terras vizinhas, no património da Casa de Bragança.




A freguesia de Camarate separou-se da freguesia de Sacavém através de um foral de D. Manuel I, datado de 1 de Maio de 1511. A partir do século XVI tornou-se numa zona de lazer bastante procurada pela nobreza lisboeta, sendo famosa pela sua produção agrícola, característica das quintas que fizeram parte do quotidiano desta freguesia até meados do século XX.
Foi parte integrante do Termo de Lisboa (até 1852), depois do concelho de Santa Maria dos Olivais (entre 1852 e 1886). Posteriormente voltou a pertencer ao concelho de Lisboa (entre 1886 e 1895) e, por fim, em 1895, foi integrada no concelho de Loures, ao qual pertence. No dia 4 de Junho de 1996 foi elevada a vila por decreto da Assembleia da República.


A partir de meados do século XX, devido ao desenvolvimento industrial das freguesias limítrofes, a freguesia sofreu um crescimento populacional acelerado, acompanhado de um aumento de construções sem regras.




Camarate é a terra de infância do poeta Mário de Sá Carneiro, pioneiro do Modernismo na literatura portuguesa e um dos membros da Geração d’Orpheu em conjunto com Fernando Pessoa e Almada Negreiros. No entanto, o acontecimento que tornou Camarate bastante conhecida a nível nacional foi o acidente aéreo que vitimou o então Primeiro-ministro, Francisco Sá Carneiro e o Ministro da Defesa Adelino Amaro da Costa, na noite de 4 de Dezembro 
de 1980. 
A poucas horas das eleições presidenciais desse mesmo ano, a aeronave na qual seguiam rumo ao Porto despenhou-se numa rua da freguesia. Essa história esteve na origem do filme Camarate.









Patrimonio


Capela de Nossa Senhora da Vitória

















Igreja Matriz Paroquial de Santiago Maior de Camarate, incluindo o Cruzeiro:

















Quinta da Encarnação

Quinta da Ribeirinha, Conjunto da Casa de Fresco, Pórtico e Casa de Habitação da Quinta da Ribeirinha.

Quinta das Portas de Ferro

Quinta de Santa Teresa

Quinta do Redondo

Quinta do Ulmeiro



























História da Igreja





A Igreja Matriz Paroquial de Santiago Maior de Camarate localiza-se na junção da Praça 1.º de Maio com as Ruas Avelino Salgado de Oliveira e Guilherme Gomes Fernandes, no centro da vila de Camarate, concelho de Loures, sendo em torno desta obra que se procedeu ao crescimento urbano da povoação ao longo dos séculos.





A primitiva igreja camaratense foi mandada edificar na década de 1370 pelo bispo de Lisboa D. Agapito Colona (que governou a diocese de 1371 a 1378). A igreja foi-se degradando com o tempo, dando lugar à reconstrução de uma nova por volta de 1511, na mesma altura em que a freguesia civil e eclesiástica de Camarate foi separada da vizinha Sacavém. Contudo, o actual edifício data do início do século XVII, altura em que foi uma vez mais reconstruído.



Características arquitectónicas

A igreja matriz de Camarate é descrita como um templo de uma só nave, rematado pela capela-mor.

A fachada apresenta-se sóbria, tendo como elemento central o portal rectangular em mármore, encimado por um frontão triangular, no qual incide uma janela rectangular. À direita, encontra-se a torre sineira, concluída por uma cúpula.

No interior seiscentista, destacam-se os azulejos brancos e negros dispostos em padrão geométrico, a pedra do altar em mármore e ainda o tecto coberto de pinturas dos meados do século XVII representando cenas da vida do apóstolo Santiago Maior. 

Ao longo da nave encontram-se quatro altares laterais, e ainda dois a rodear a capela-mor, dedicados, respectivamente, a Santiago e a Nossa Senhora de Fátima.


De destacar também o magnífico trabalho da talha dourada na capela-mor, bem como o tecto de estuque. Nas duas paredes laterais do altar-mor acham-se duas telas recentemente restauradas, pintadas por volta de 1710 por António Machado Sapateiro.


No exterior, no adro da Igreja, encontra-se também um admirável cruzeiro manuelino, o único elemento do conjunto que remonta ao século XVI.


A Igreja Matriz de Camarate, com o seu recheio e o cruzeiro, foi declarada Imóvel de Interesse Público pelo decreto n.º 2/96, de 6 de Março de 1996.





Santo Padroeiro

A freguesia de Camarate tem como santo padroeiro Santiago Maior, a quem é dedicada a Igreja Matriz Paroquial de Santiago Maior de Camarate, com magníficos painéis setecentistas e altares em talha dourada do estilo barroco. Os grandiosos festejos em sua honra têm lugar no último fim-de-semana de Julho.



Gastronomia
BACALHAU A SALOIO

INGREDIENTES

6 postas de bacalhau
30 batatas novas, pequenas (uma média de 5 /pessoa)
1 pimento grande
10 dentes de alho
1 ramo grande de coentros
3 dl de azeite

MODO DE PREPARO

1.  1. Enquanto se acende o lume (a carvão), lavam-se muito bem as batatas, e cozem-se durante uns 7 minutos, com a pele, e temperadas de sal.
2 
3.  2. Quando estiverem semi-cozidas, escorrem-se e reservam-se.
4. 

3. Assim que o lume estiver bom para cozinhar, põe-se o pimento a assar.
5. 
4. De seguida, põem-se as batatas na grelha, e deixam-se assar, até começarem a abrir (se o fogareiro, ou barbecue, for grande, pode começar a assar-se o bacalhau juntamente com as batatas)

5. Arranja-se o pimento, e corta-se em tirinhas muito finas.

6. Se não se assou o bacalhau, está na hora de o pôr na grelha.

6.  7. Assim que estiver assado, tira-se pele e espinhas, e desfia-se em lascas grossas.

8. Numa travessa grande, põem-se as batatas e o bacalhau.

9. Depois, picam-se os coentros, que se irão deitar por cima do bacalhau, juntamente com as tiras de pimento.

10. Finalmente, fervem-se os alhos no azeite, até fcarem levemente dourados.

11. Rega-se o bacalhau, com o azeite e os alhos.
Está pronto a servir.

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