quarta-feira, 20 de julho de 2011

FREGUESIA DE QUINTELA DE LAMPACAS

rEGIÃO      norte
SUB  REGIÃO   trás – os - montes
DISTRITO braganca
CIDADE    braganca
FREGUESIA   Quintela de Lampacas



Quintela
E um nome que deriva da palavra latina "quintana". Designava, originariamente, uma via de um acampamento romano onde se encon-travam guardados os alimentos. Mais tarde, passou a designar o espaço onde se cultivam alimentos.
Na palavra, entra o diminutivo "ela" (pequena). Assim, "Quintela" significa pequena quinta.
Lampaças
E um topónimo que identifica a antiga divisão admi-nistrativa medieval do território na-cional, quando este se encontrava dividido em "terras"

A cividade da Terronha, localizada no Alto das Vinhas, é um povoado fortificado da Idade do Ferro. Ocupa a parte mais alta do  planalto, apresentando uma posição estratégica notável e com condições naturais propícias a uma defesa eficiente. É bem visível a primeira linha de muralha, em talude, que rodeia todo o planalto.
Do lado norte, a muralha ainda deixa surpreender a altura considerável (cerca de 7 metros); do lado sul, o talude actual não ultrapassa 1 metro. Observando com atenção todo o perímetro da antiga povoação, é possível observar em algumas partes uma segunda linha de muralhas. O crescimento do povoado parece ter exigido uma ampliação para fora da primeira linha de defesa natural. À superfície ainda é possível observar restos de pedras, mós manuais e tégulas que atestam a romanização deste castro.



No lugar da Poça, foram encontrados restos de cerâmica e tégulas do período da romanização.
Também no S. Miguel, no lado direito da antiga eira, é possivel encontrar à superfície restos de cerâmica do período romano.
Encontra-se no Museu Abade Baçal um estela funerária em granito proveniente da necrópole  da Terronha e recuperada das ruínas da antiga capela de S. Sebastião ou da Santa Cruz, localizada à entrada do Bairro.

A estela de cabeceira semicircular decorada com roda de seis raios curvos regista a seguinte epígrafe:
DM AVNIAII TRITI AN XI, a que corresponde a seguinte leitura: D(is) M(anibus) AVNIAII TRITI (filiae) AN(norum) XI (undecim), com a tradução - "Aos Deuses Manes, a Áunia, filha de Trítio, de onze anos". O epitáfio remete para um ambiente indígena, pois tanto o nome da menina, Áunia, como o do pai, Trítio, são frequentes na região  do norte peninsular.


Património Cultural Edificado:

Igreja

O primeiro documento consultado que se refere à igreja paroquial é o Censual de D. Diogo de Sousa (1505-1512), identificando este espaço religioso como sendo da invocação de "Santa Maria" e pertencendo à colação do arcebispo, sendo, na época, seu abade o chantre de Guimarães.
Da época primitiva, conserva a capela-mor em paredes de granito encimadas por uma cornija com modilhões de motivos geométricos (bolas). Este templo de raiz quinhentista sofreu grandes alterações nos séculos XVII e XVIII. Na fachada, são visíveis a adição de alas laterais que aumentaram a nave, mas fizeram com que o arco triunfal ficasse descentrado em relação ao corpo da igreja.
A sua planta longitudinal (orientada no sentido poente-nascente) é composta por uma nave, capela-mor, sacristia (1716) e por duas capelas laterais do lado da epístola mandadas erigir por privados no século XVII.


Na capela-mor, destaca-se o retábulo em talha dourada ao estilo do barroco nacional. No tecto, há 15 painéis que representam os mistérios do Rosário. Por trás do retábulo do altar-mor, conservam-se os restos de um fresco representando a Assunção de Nossa Senhora.
Do lado do Evangelho, é visível a sepultura de 1686, em campa rasa, que ostenta o brasão dos Figueiredos.

Do lado da Epístola, há duas capelas privadas:  a mais antiga data de 1685 e era conhecida em séculos passados como a Capela do Santo Nome. Tem um magnífico retábulo barroco com Jesus Cristo Crucificado. Os painéis do tecto foram pintados em 1769 por Damião Rodrigues Bustamente, um célebre pintor nascido em Valladolid, em 1711 (o mesmo pintor dos painéis e tectos da sacristia do santuário do Santo Cristo, em Outeiro). A capela do Santo Nome  conserva ainda as pedras das sepulturas.
A outra capela  ostenta um escudo esquartelado (com a cruz de Cristo e uma folha de figueira) e apresenta seguinte inscrição: "Esta capela mandou fazer o abade Pedro Teixeira arcediago que foi da Sé de Miranda"
O coro alto está apoiado numa coluna com um capitel românico.
A fachada apresenta um campanário de dupla ventana.

Por trás do retábulo da capela-mor, ainda se conservam os restos de um fresco representando a Assunção de Nossa Senhora rodeada pelos anjos e pelos apóstolos. A pintura revela traços cromáticos e formais de excelente qualidade, concedendo um tratamento inidividualizado aos rostos das diferentes personagens.
A figuração central é enquadrada numa moldura que se desenvolve nas paredes laterais em tons de cinzento.
A semelhança com a pintura de Nª Sra. de Guadalupe de Mouçós (1529) aponta para que o fresco possa ter sido executado no segundo quartel do século XVI.

Igreja de Bragada


Igreja de Veigas
Capela de S. Miguel




Cruzeiros





Fontes de Mergulho



Nicho e Casa Brasonada

Forno de Telha
Na zona do Fontilheiro, ainda se conservam os restos do forno em que era cozida a telha tradicional.



Casa do Pováo

A origem da Casa do Pavão, propriedade actual do sr. Manuel Machado, remonta ao ano de 1568, quando o Dr. Gaspar Gonçalves Granado, abade de Quintela, instituiu o morgadio de Quintela de Lampaças, construindo uma casa com capela sob a invocação de Santa Cruz. Desta capela original apenas se conserva um arco, no actual solar primorosamente restaurado pelo actual proprietário.

      D. Antónia Pereira Coutinho da Rocha, filha do 2º Morgado de Quintela (Francisco Granado), casou com Gonçalo Borges Rebelo, ficando, a partir deste casamento, a Casa na posse da família Borges Rebelo.

      O casamento de D. Antónia Borges Rebelo de Ataíde e Vasconcelos, de Quintela de Lampaças, representante dos morgadios de Quintela e do Corpo Santo,  com António Caetano de Sousa Pavão Pinto, fidalgo da Casa real, faz com que o morgadio passe a ser conhecido como pretencendo à família Pavão. O filho mais velho, Francisco de Sousa Rebelo Pavão será senhor dos morgadios de Santo Amaro de Parada, Suçães, Mascarenhas, Corpo Santo de Lisboa e Quintela de Lampaças.

     Nos últimos anos, a Casa do Pavão foi objecto de obras de restauro e adaptada a uma moderna unidade hoteleira, ficando, agora, a ser conhecida como "Quinta dos Pavões".


Outras Casas Senhoriais
Esta casa seiscentista ostenta na fachada a data de 1619. No entanto, é possível que a casa seja bem mais antiga, pois, segundo a tradição, teria sido usada para as reuniões festivas da Confraria judaica do Burraço. Esta Confraria deve ter sido fundada depois de 1576, encontrando-se documentados os processos da Inquisição a que foram sujeitos alguns dos seus membros entre 1579 e 1586.
As suas origens senhoriais são vísiveis na harmonia da fachada e das cantarias, no triplo beiral e na presença de uma capela de que se desconhece a invocação. Possuía altar para celebração de missa privada. O oratório recebeu autorização eclesiástica em 1795. A fachada conserva as linhas renascentistas na sobriedade do traço e na distribuição simétrica das janelas.
Passou a pertencer à família Lico/Matos nos finais do século XIX, quando foi adquirida por Eduardo Alves Lico, natural de Bragança, e D. Carlota Ramalho, nascida em Vila Franca. Nessa época, foi estalagem e interposto do correio entre Bragança e Mirandela, servindo de estação de muda dos cavalos das diligências.
FONTE WWW.QUINTELA.PT

2 comentários:

  1. Caro liquidificador,

    Não gostei de ver meu site www.quintela.com.pt liquidificado no seu blog, sem fazer qualquer referência às fontes do texto e das fotos.
    Agradeço que retire os meus textos e as minhas fotos do seu blog.
    Atenciosamente.

    António Alberto Matos

    ResponderExcluir
  2. VEJA NO FINAL DA MATERIA A REFERENCIA
    GRATO
    EDUARDO
    A INTENSÃO DO BLOG E DIVULGAR PORTUGAL

    ResponderExcluir