terça-feira, 19 de julho de 2011

FREGUESIA DE PACO DE ARCOS

rEGIÃO      LISBOA
SUB  REGIÃO   GRANDE LISBOA
DISTRITO LISBOA
CIDADE    OEIRAS

FREGUESIA   Paço de Arcos
Simbologia
Vermelho da âncora = vitórias, guerras, força, audácia, vida.
Ouro do coração = firmeza, obediência e honestidade.
Verde do mar = fé, esperança.
âncora = a vida do mar. A esperança com que os heróis de Paço de Arcos se lançavam à água para salvar outras vidas.
O coração de ouro = sentimento humanitário.
Os golfinhos = a vida atribulada dos pescadores.
O mar = a importância das praias e do mar na vida dos habitantes de Paço de Arcos.

A Freguesia de Paço de Arcos é a mais importante do concelho de Oeiras. É uma Vila muito interessante, na qual convivem duas realidades aparentemente opostas: a urbanidade de uma certa classe social abastada alia-se aqui de forma perfeita à classe trabalhadora, que faz da pesca artesanal e do trabalho duro a sua difícil sobrevivência.

Paço de Arcos situa-se a dois quilómetros da sede do concelho e a treze da cidade de Lisboa, na margem direita do rio Tejo. Delimitam-na as freguesias de Oeiras, para ocidente; Porto Salvo, Barcarena e Queijas, para norte; Cruz Quebrada-Dafundo, para oriente; o oceano Atlântico, para sul
As praias de mar, aliás, foram uns dos principais pontos de atracção turística da povoação ao longo deste século.
Podemos começar exactamente por aí. Pela descrição de Paço de Arcos do passado. Diz-nos Silva Teles no “Guia de Portugal”: “Estância balnear hoje apenas frequentada pela classe média de Lisboa, mas que há quarenta anos era a praia de luxo dos arredores da capital.



(...) Soberbo panorama para o estuário do Tejo até à torre de Belém, a barra, o Bugio e a costa sul até ao Cabo Espichel. Próximo da praia, pequeno passeio arborizado com campo de ténis e o Casino da terra.

Mais para o lado da barra, a Escola de Torpedos Fixos, estabelecida em 1855 no antigo fortim de S. Pedro.”
A freguesia de Paço de Arcos foi criada apenas neste século, em 7 de Dezembro de 1926, através do desmembramento do território da freguesia de Nossa Senhora da Purificação de Oeiras.



O seu crescimento iniciou-se exactamente com a construção do Palácio dos Arcos, do qual foi extraído o nome da freguesia.





brasao conde
 A partir daí – século XV – Paço de Arcos foi-se definindo como pequeno porto fluvial, utilizado sobretudo para actividades piscatórias e de prestação de serviços de transporte de produtos locais ou das redondezas, nomeadamente pedra da região, entre Lisboa e Cascais.
O Palácio dos Arcos, que como anteriormente referimos, é o responsável pelo nome da freguesia, é o seu principal monumento. Pertenceu em tempos antigos aos condes de Alcáçovas. A sua fundação remonta ao século XV, mas já sofreu obras de restauro no século XVIII.

Do traçado primitivo, restam os dois torreões, unidos por um
corpo central, com varanda assente em três grandes arcos. Refere a tradição, embora não confirmada, que D. Manuel I assistia da varanda deste solar à partida das naus para a Índia.



Outras quintas merecem também uma referência breve, e para quem vier a Paço de Arcos uma visita demorada: Quinta da Terrugem, com um dos palácios mais antigos do concelho de Oeiras:





Quinta do Torneiro, construída em inícios do século XVIII e também conhecida como Quinta dos Anjos; Quinta do Relógio ou Palácio Bessone, cujo solar, na estrada marginal Lisboa-Cascais, é marcado por fortes influências da arquitectura italiana (foi seu autor o arquitecto Cinatti); Quinta de S. Miguel dos Arcos, ou Quinta do Barro, com um solar de grandes proporções. E mais, e mais...

O forte de S. Bruno de Caxias é outro dos pontos arquitectónicos de grande interesse em Paço de Arcos. Foi mandado construir por D. João IV em 1647, sendo governador da praça de armas de Cascais o conde de Cantanhede. Localizado na confluência da ribeira de Barcarena com o rio Tejo, está implantado dentro da barra do Tejo, com as sólidas muralhas assentes no areal, o que lhe assegurava uma situação estratégica privilegiada.


Destinava-se, tal como outros pequenos fortes então erigidos, a impedir o desembarque de forças atacantes em locais tidos como de grande risco. Note-se que Portugal vinha de um período de sessenta anos em que estivera sob administração espanhola, e a experiência não deveria ser repetida...


Das diversas colectividades existentes nesta freguesia, destaque para o Clube Desportivo de Paço de Arcos, que leva o nome da terra por esse País fora. A sua modalidade mais importante é o hóquei em patins, na qual tem grandes tradições históricas. Merece uma palavra, também, o Grupo Desportivo Unidos Caxienses (fundado em 01/01/1931) que possibilita aos jovens a prática de diversas modalidades.
Em termos económicos, Paço de Arcos é hoje uma freguesia nitidamente urbana, com destaque para o comércio e os serviços. A pesca continua a ser importante, tal como o foi no passado. A exploração de pedreiras, como o atestam os fornos da cal que existem na freguesia, foi também fundamental para os destinos da sua população, em especial a partir do século XIX.


Locais de Interesse 

Centro Histórico ,  Palácio dos Arcos, Quinta Real de Caxias, Convento da Cartuxa, Palácio Flor da Murta, Chafariz Velho, Fornos da Cal, Museu do Automóvel, Igreja de Nossa Senhora das Dores,Forte de S. Bruno, Forte da Giribita, Ermida do Senhor Jesus dos Navegantes, Farol de Gibalta, Monumento ao Patrão Lopes,

ruínas do Forte de S. Pedro, Túmulo do Inglês Morto, Forte das Maias, Monumento ao actor José de Castro, Praia Nova de Paço de Arcos, Praia das Fontainhas e Praia de Caxias , Jardim Municipal de Paço de Arcos, Jardim do Palácio dos Arcos e Praia dos Pescadores .


Palácio dos Arcos
O povo chamou-lhe "Paço" porque El-Rei D. Manuel I, o Venturoso, e sua filha D. Maria ter-se-iam hospedado por diversas vezes neste palácio, para participar em caçadas na quinta do morgadio e para assistir à partida das caravelas rumo à Índia. Também O rei D. Fernando, o rei D. Luis e a rainha D.Maria Pia ali se deslocaram para assistirem às célebres regatas de Paço de Arcos.
Construído nos finais do século XV, o Palácio pertenceu a Antão Martins Homem, segundo capitão da Vila da Praia, tendo sido reedificado no século XVIII .
Fazia parte do morgadio de Paço de Arcos, criado em 1698 por D. Teresa Eufrásia de Meneses, que o legou a D. Jorge Henriques, Senhor das Alcáçovas.
O Palácio pertenceu mais tarde à família Lencastre, cujo brasão ainda se encontra na varanda do edifício.
Da estrutura inicial, o edifício conserva ainda os dois torreões unidos por uma larga varanda sustentada por três arcos.
Tem ainda uma capela com um altar barroco, dedicado a Nossa Senhora do Rosário.


Actualmente o monumento é Propriedade Pública Municipal.

Fornos de Cal
Fornos de Cal é a designação dada a 5 fornos, classificados pelo IPPAR como Imóvel de Interesse Público, localizados em Paço de Arcos.
A referência mais antiga que se conhece dos fornos da cal de Paço de Arcos data de 1582.
Dois séculos mais tarde, voltamos a encontrar indicações a estes fornos, em cartografia antiga e num quadro de contribuintes da Décima de Paço de Arcos.

Não se sabe quando deixaram de funcionar, todavia a sua exploração constituiu durante séculos uma actividade económica importante na zona.
Fazem parte do conjunto de cinco fornos que se alinham de um dos lados da rua.

São construções robustas de planta circular, em pedra




 Museu do Automóvel

O museu apresenta uma colecção de automóveis e bicicletas antigas. Pretende ilustrar o desenvolvimento e a história dos automóveis ao longo do século XX. Este museu também organiza regularmente, exposições temporárias e encontros entre coleccionadores para feiras de trocas.


Forte de Giribita
Trata-se de um pequeno forte marítimo, de estilo barroco, destinado a reforçar a defesa da barra do rio Tejo, coadjuvando a defesa proporcionada pelo Forte de São Julião da Barra. Apresenta planta no formato pentagonal irregular orgânico (adaptada ao terreno), em diferentes cotas.
A estrutura de reboco apresenta os cunhais realçados em cantaria de pedra.


Gastronomia
Cacetinhos

Ingredientes
10 a 15 unidades.
300 g de farinha
150 g de açúcar
1 colher de chá de canela em pó
1 colher de sopa de fermento em pó
1 pitada de sal 
125 g de margarina
½ cálice de anis
ovo
100 g de sultanas
50 g de miolo de noz
Preparação
1.  Numa tigela misture a farinha, com o açúcar, a canela, o fermento em pó e uma pitada de sal.
2.   Adicione a margarina amolecida, o anis e o ovo e misture tudo com uma colher de pau.
3.  Junte as sultanas e as nozes grosseiramente picadas,
4.  ligue tudo com as mãos e molde em forma de cacetinhos.
Coloque num tabuleiro bem polvilhado com farinha e leve a cozer em forno moderado (200°C) durante cerca

Nenhum comentário:

Postar um comentário