O Pão |
Não é ainda um seio Mas quase. Na brancura. Porém, onda de leite A branca levedura. Um mecanismo incerto De ferro e madrugada. A fome e o excesso Futuros. Na seara. A fome e a carência De sol(o) para a boca. Não é ainda um campo De areia. Ou terra solta. Um campo descampado Um canto com bolor. É arte que se move Minéria como a água. Engenho de palato. Alvéolo de pulmão. Respira-se o exemplo De sol. Oxigénio Não é ainda um círculo Branco por toda a mesa Manchado na toalha De sombra e aspereza. Não é ainda uma ave Descendo sobre a pele: Um mecanismo triste Movendo a boca breve. NUNO GUIMARÃES |
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJX7sxN6cvtzX-hq2xFem_vCcUayfLeJTAitg7Yc8axibJbsIOjd3iBSGbA_ct4IviydHsqmMxDnHEpiejbisHQPbxAnnQ_bwB01e9YsFnMS-80wry9FUX_pvQ7ig-oukgVLg4pk8qlCZM/s748/belem.png)
quarta-feira, 11 de abril de 2012
NUNO GUIMARÃES - O PÃO
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário