REGIÃO CENTRO
SUB REGIÃO VISEU
DISTRITO VISEU
CIDADE LAMEGO
FREGUESIA VALDIGEM
Escudo de vermelho, báculo de ouro posto em pála e brocante, mitra episcopal de prata; em chefe, cacho de uvas de púrpura folhado de ouro à dextra e ramo de oliveira de ouro frutado de negro, à sinista; contra-chefe ondeado de prata e azul. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco, com legenda a negro:"VALDIGEM - LAMEGO".
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uma área de 10,9 Km2 , considerada medianamente urbana, com cerca de 552 edifícios e uma superfície agrícola com cerca de 409 ha utilizados e 10 ha não utilizados, sendo como tal uma das maiores freguesias do concelho de Lamego, distando deste cerca de 10 km.
O nome desta freguesia encontra-se bem documentado na Idade Média. Deve interpretar-se como sendo o genitivo dum nome visigodo, Balthweigs, latinizado em Baldoigius e conhecido por ser o nome dum Bispo de Cuenca nos meados do século VI
É natural que D. Teresa Afonso tivesse bens de herança de seu marido, e tudo aqui legou ela ao Mosteiro de Salzedas, sua fundação, antes de 1171. D. Afonso I libertou esses haveres de todo o débito real, e ele próprio em 1182 doava ao mesmo mosteiro certas fazendas
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Em 1372, de facto, D. Fernando doou as vilas de Tarouca e Valdigem a D. Maria Giroa (Girão), mulher de Martim Vasques da Cunha (o futuro vencedor da batalha de Trancoso), «por dívida que connosco tendes - diz o rei à dona - em casamento com o dito Martim Vasques», cedendo-lhe a jurisdição cível, excepto as apelações: A doação era feita também aos descendentes, segundo o filho maior varão ou a filha maior, se varão não houvesse, «para sempre», revertendo à coroa logo que se extinguisse a linha.
Os senhores de Valdigem desta estirpe ficavam obrigados a «fazer feu» (feudo) do lugar e do outro doado servindo a coroa, sempre que fossem por ela requeridos, «com tantas lanças armadas de todo ponto quantas montar na renda dos ditos lugares» e «cada lança armada a guisa de França ou de Inglaterra» (Oeiras, 6-X-1372).
Dois anos depois escassos, uma carta régia, dada em Salvaterra de Magos, a 26-IV-1374, dá a saber que entre estas datas fora dada, agora, expressamente a Martim Vasques da Cunha a jurisdição civil das duas vilas e que pouco depois lhe fora tirada, tendo tal carta por fim restituir-lha. A criminal continuava na coroa. Depois deste fidalgo, devido à sua retirada para Castela, ao que parece, Valdigem passou ao senhorio de seu genro, o famoso jurisconsulto Dr. João das Regras. Mas este não o teve muitos anos, porque uma carta de D. João I, de 1401, diz que este soberano havia comprado Valdigem a D. João de Castro para a poder doar a seu filho, o ínclito Infante D. Henrique.
Morto este, parece que a vila voltou à coroa, imediatamente ou talvez pelo senhorio do duque de Beja, Infante D. Manuel, depois Rei
O cadastro de 1527 atribui à «vila de Baldigem» 146 fogos. Na povoação existiram casas nobres e vinculadas, como algumas dessas quintas o foram. Em 1532, Rui Fernandes atribui à freguesia o dizimo de mil alqueires de pão; de mil de vinho, de setecentos de castanha e de quatrocentos de azeitona. O concelho foi extinto em 1834 pelo liberalismo e incorporado no de Lamego
Quanto ao eclesiástico, a Igreja deve ter existência anterior à nacionalidade, erigida pelas «famílias» ou pelos próprios senhores da villa Baldoigii em honra de S. Martinho (de Tours) no século VI, devido à acção neste sentido desenvolvida pelo grande propagandista do culto daquele seu homónimo, S. Martinho de Dume.
Assim, ter-se-ia mantido o templo através de várias vicissitudes ou ruínas, agora «próprio» dos novos senhores, os «comités» beirões dos séculos IX‑X, até à doação ao mosteiro vimaranense. Passada a villa no século XII, o mesmo sucedeu ao templo; e assim se compreende que nas Inquirições de 1258 se diga acerca de patronatu ecclisie sancti Martini de Baldign, que o padroeiro é o rei: rex est patronus et ... presentat dicte ecclisie. Em 1272, o Bispo de Lamego, D. Silvestre, lega no seu testamento a este tempo, ipsi ecclisie de Baldigem, para aniversário necrológico, em dia de S. Martinho, um maravedi de pescado sobre a sua vinha que vocatur Anegaça.
Em 20-VIII-1292, D. Dinis, estando no Porto, passou carta à Sé lamecense, em complemento das concordatas com a Igreja, em que, entre outras coisas, era concedido ao Bispo e Cabido de Lamego o padroado da Igreja Paroquial de S. Martinho de Valdigem e a própria igreja.
O Censual capitular de Lamego de cerca de 1530 cita a «vigairaria de Baldigem», cujo pároco, vigário, passara a ser da apresentação da dignidade capitular lamecense do arcediago, chamado por isso «de Baldigem» ou «do Bago», ao qual pertenciam os dízimos, tendo o vigário, nos fins do século XVIII, com o pé de altar, uns 300 mil réis de renda
Nesta freguesia estão classificados como imóveis de interesse público os marcos graníticos, que serviram para demarcar em 1757 a zona dos vinhos generosos do Douro, colocada sob a jurisdição da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas Douro, colocados nos seguintes locais: Qta de Sto António, no lugar do Tanque (caminho de Valdigem para o Barreiro), no lugar do Barreiro (caminho do Barreiro para o Alto da Portela) e na Quinta da Assoreira (Malpica)
O cadastro de 1527 atribui à «vila de Baldigem» 146 fogos. Na povoação existiram casas nobres e vinculadas, como algumas dessas quintas o foram. Em 1532, Rui Fernandes atribui à freguesia o dizimo de mil alqueires de pão; de mil de vinho, de setecentos de castanha e de quatrocentos de azeitona. O concelho foi extinto em 1834 pelo liberalismo e incorporado no de Lamego
Quanto ao eclesiástico, a Igreja deve ter existência anterior à nacionalidade, erigida pelas «famílias» ou pelos próprios senhores da villa Baldoigii em honra de S. Martinho (de Tours) no século VI, devido à acção neste sentido desenvolvida pelo grande propagandista do culto daquele seu homónimo, S. Martinho de Dume.
Assim, ter-se-ia mantido o templo através de várias vicissitudes ou ruínas, agora «próprio» dos novos senhores, os «comités» beirões dos séculos IX‑X, até à doação ao mosteiro vimaranense. Passada a villa no século XII, o mesmo sucedeu ao templo; e assim se compreende que nas Inquirições de 1258 se diga acerca de patronatu ecclisie sancti Martini de Baldign, que o padroeiro é o rei: rex est patronus et ... presentat dicte ecclisie. Em 1272, o Bispo de Lamego, D. Silvestre, lega no seu testamento a este tempo, ipsi ecclisie de Baldigem, para aniversário necrológico, em dia de S. Martinho, um maravedi de pescado sobre a sua vinha que vocatur Anegaça.
Em 20-VIII-1292, D. Dinis, estando no Porto, passou carta à Sé lamecense, em complemento das concordatas com a Igreja, em que, entre outras coisas, era concedido ao Bispo e Cabido de Lamego o padroado da Igreja Paroquial de S. Martinho de Valdigem e a própria igreja.
O Censual capitular de Lamego de cerca de 1530 cita a «vigairaria de Baldigem», cujo pároco, vigário, passara a ser da apresentação da dignidade capitular lamecense do arcediago, chamado por isso «de Baldigem» ou «do Bago», ao qual pertenciam os dízimos, tendo o vigário, nos fins do século XVIII, com o pé de altar, uns 300 mil réis de renda
Um clérigo de Valdigem D. André, fez em 1295 uma doação à dita Sé, já dona da igreja. Em 1448, fez outra à mesma Sé o tabelião local, João Afonso. D. Manuel I deu foral novo.
Na vila existiram cadeia, casa de câmara e pelourinho. Na freguesia havia no século XIX cinco capelas particulares e a da Ermida da Nossa Senhora da Conceição, pública e com irmandade.
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PATRIMONIO
Igreja Paroquial
Pelourinho
Cruzeiros
Nossa Senhora do Rosário de Fátima (1.° fim-de-semana de Agosto, sexta a terça-feira) São Martinho (Padroeiro da freguesia, 11 de Novembro)
Marcos graníticos
Residência e salão paroquial
Edifícios escolaresFestas anuais
neste dia, ninguém trabalhar na freguesia);
Nossa Senhora do Rosário de Fátima (1.° fim-de-semana de Agosto, sexta a terça-feira)
Imaculada Conceição (8 de Dezembro)
Texto retirado
i nº 198/IX - Elevação de Valdigem a Vila. (Realizadas alterações e atualizações)
Gastronomia
Trutas de Escabeche
Ingredientes:
Para 6 pessoas
Para 6 pessoas
- 1,5 kg de trutas ;
- 2 colheres de sopa de farinha ;
- 2 cebolas ;
- 1 copo de vinho branco ;
- 1 copo de vinagre ;
- 2 dentes de alho ;
- 1 folha de louro ;
- sal e pimenta ;
- azeite para fritar
Confecção:
1. Depois de arranjadas, polvilham-se as trutas com um pouco de sal.
2. Escorrem-se, passam-se por farinha e fritam-se em azeite bem quente.
3. Cortam-se as cebolas às rodelas muito finas.
4. Dispõem-se as trutas num prato fundo em camadas alternadas com a cebola e os alhos cortados ás rodelas finas.
5. Regam-se com o vinho, o vinagre e um copo de água.
6. Junta-se o louro e tempera-se com sal e pimenta.
7. Leva-se ao forno até a cebola estar macia. Deixa-se arrefecer e serve-se frio acompanhado com batatas.
É lamentável que alguns "senhores" não tenham a mínima dignidade e se limitem apenas a plagiar o trabalho de outros...
ResponderExcluirObrigado pela divulgação do meu trabalho, que se encontra no link.
http://franciscoduarte.blogs.sapo.pt/