![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0Qwot9DZA65wCIR-gVtZqg_5gMcQ_pvzj8f7xwIrnSgZ6OjgT31Eg5jcDGScSZXWUzbeJC5e-OvbB4KgaUVHb8bqVK9CRt5ix5Fln2ZaD0fZGbOy2flCjhWj6YXtexqVSTFbozQPqrN0R/s1600/poetas+portugueses+-+bocage.jpg)
Tendo o terrível Bonaparte à vista,
Novo Aníbal, que esfalfa a voz da Fama,
"Ó capados heróis!" (aos seus exclama
Purpúreo fanfarrão, papal sacrista):
"O progresso estorvai da atroz conquista
Que da filosofia o mal derrama?..."
Disse, e em férvido tom saúda, e chama,
Santos surdos, varões por sacra lista:
Deles em vão rogando um pio arrojo,
Convulso o corpo, as faces amarelas,
Cede triste vitória, que faz nojo!
O rápido francês vai-lhe às canelas;
Dá, fere, mata: ficam-lhe em despojo
Relíquias, bulas, merdas, bagatelas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário