terça-feira, 28 de junho de 2011

CONDEIXAs - ONTEM E HOJE

Conímbriga
É uma das maiores povoações romanas de que há vestígios em Portugal. Classificada Monumento Nacional, é a estação arqueológica romana mais bem estudada no país. Conímbriga foi à época da Invasão romana da Península Ibérica a principal cidade do Conventus Scallabitanus, província romana da Lusitânia.


Localiza-se a 16 km de Coimbra, na freguesia de Condeixa-a-Velha, a 2 km de Condeixa-a-Nova. A estação inclui o Museu Monográfico de Conimbriga, onde estão expostos muitos dos artefactos encontrados nas escavações arqueológicas, incluíndo moedas e instrumentos cirúrgicos



A evidência arqueológica revela-nos que
Conimbriga foi habitada, pelo menos, entre
o séc. IX a.C. e Sécs. VII-VIII, da nossa era.

Quando os Romanos chegaram, na
segunda metade do séc. I a.C.,
Conimbriga era um povoado florescente.
Graças à paz estabelecida na Lusitania
operou-se uma rápida romanização
da população indígena e Conimbriga tornou--se uma próspera cidade.

Seguindo a profunda crise política e administrativa
do Império, Conimbriga sofreu as consequências das invasões bárbaras.



Em 465 e em 468 os Suevos capturaram esaquearam parcialmente a cidade, levando a que, paulatinamente, esta fosse abandonada.










rEGIÃO               CENTRO
SUB  REGIÃO      BAIXO MONDEGO
DISTRITO         COIMBRa



CIDADE           CONDEIXA – A - NOVA
FREGUESIA  Condeixa – a - Nova




O lugar de Condeixa-a-Nova esteve sempre ligado a Conimbriga, cidade romana nascida no séc. II a.c., da qual só restam presentemente as suas ruínas. Implantada num promotório rochoso, Conimbriga conheceu um periodo de crescimento e prosperidade que durou mais de 4 séculos. Com o declínio do império romano e após as invasões Bárbaras, Conimbriga terá sido definitivamente abandonada depois da reconquista do território de Coimbra por Afonso II das Astúrias, no séc. XI d.c. Os poucos habitantes que ficaram, fundaram a actual Condeixa, mais a norte
Em meados do século XIII, Condeixa ocuparia uma área não superior a 800 m2, entre a igreja e a actual Rua Wenseslau Martins de Carvalho (Rua Nova). A primeira referência em manuscritos data do ano de 1219 onde Condeixa-a-Nova aparece assim mencionada, para se distinguir de outra Condeixa (a Velha).
Julga-se que inicialmente o povoado era um "casal chamado Outeiro", no meio de terrenos pertencentes a diversos proprietários.


Só no século XVI é que o lugar foi elevada a freguesia, pois conta-se que D. Manuel I passou por aqui em 1502, a caminho de Santiago de Compostela, tendo-lhe concedido foral, a 3 de Julho de 1514, a pedido dos seus habitantes.


Na época quinhentista, Condeixa era uma das principais localidades da zona de Coimbra, sendo já atravessada pela Estrada de Lisboa (antiga E.N.1, actual IC2), tendo sido constituida como freguesia em 1541. Com a epopeia marítima dos Descobrimentos, Condeixa conhece franca prosperidade e são construídos alguns palácios e solares, habitados por famílias nobres, dos quais se destacam o Palácio dos Sotto Mayor, Palácio dos Sás e Palácio dos Figueiredos, entre outros. É neste periodo que é construída a melhor arquitectura barroca da vila.


Este progresso viria a ser abruptamente interrompido pela 3ª Invasão Francesa, em Março de 1811. As tropas de Napoleão comandadas pelo General Massena, depois de derrotadas no Buçaco, semeiam terror e destruição na vila e arredores, saqueando e ateando fogo aos principais edifícios de Condeixa, onde nem se quer a igreja foi poupada.

Com a implantação da República e no primeiro quarto do século XX, Condeixa vive outro periodo de desenvolvimento e progresso. Em 1900 já havia 414 focos habitacionais e 1692 habitantes. Até aos dias de hoje, Condeixa passou por alguns altos e baixos, tendo sofrido com o êxodo das populações rurais para as grandes cidades e com as Guerras de Ultramar.
Em finais da década de 90, Condeixa vê a sua população aumentar de forma significativa, devido esencialmente ao aumento da construção e às optimas condições para fixação da população, fruto da sua proximidade a Coimbra. No virar do século XXI, Condeixa foi das freguesias que registou maior aumento populacional na região centro.

Antecedentes

 Muitos estudiosos pretendem que a primitiva ocupação humana de seu sítio remonte a um castro de origem Celta da tribo dos Lusitanos. O que se sabe ao certo, entretanto, é que a campanha de escavações de 1913, encontrou testemunhos da Idade do Ferro, a eles podendo juntar-se peças de pedra e bronze que podem fazer recuar o início da povoação do local. E, nesse caso teriamos que relacionar o povo conii, o que para muitos explica a origem do topónimo actual de Coimbra, com a cultura megalitica da região sul de Portugal.


A ocupação romana


Conímbriga localizava-se na via que ia de Olisipo (actual Lisboa) a Bracara Augusta (actual Braga). Foi ocupada pelos romanos durante as campanhas de Décimo Junio Bruto, em 139 a.C.. No reinado do imperador César Augusto (século I), a cidade sofreu importantes obras de urbanização, tendo sido construídas as termas públicas e o Forum.

As referências a seu respeito em fontes literárias antigas são escassas: ao descrever a Lusitânia, a partir do Douro, Caius Plinius Secundus refere a oppida Conimbriga; o Itinerarium de Antonino, menciona-a como estação viária na estrada que liga Olisipo (Lisboa) a Bracara Augusta (Braga). Nos finais do século IV, e com o declínio do Império Romano, foi construída uma cintura muralhada de defesa urbana, com cerca de mil e quinhentos metros de extensão, possívelmente para substituir e reforçar a antiga muralha do tempo de Augusto. A maneira um tanto rústica como este muro está construído denota uma certa urgência na sua obra, evidenciando um clima de tensão e de eminentes ataques, por parte dos povos bárbaros.


As invasões bárbaras

No contexto das Invasões bárbaras da Península Ibérica, em 464 os Suevos assaltaram a cidade, vindo a destruir parte da muralha em novo assalto, em 468. A partir da vitória dos Visigodos sobre os Suevos, a cidade acabou por perder o seu estatuto de sede episcopal para Aeminium (hoje Coimbra), que possuia melhores condições de defesa, e para onde se transferiu a sede episcopal, embora nos Concílios até ao século VII continue a aparecer o bispo da cidade. Os habitantes que permaneceram, fundaram Condeixa-a-Velha, mais ao Norte.

As primeiras escavações arqueológicas sistemáticas em seu sítio começaram em 1899 graças a um subsídio concedido pela rainha D. Amélia. Entre os seus pesquisadores destaca-se Virgílio Correia que, entre 1930 e 1944 (ano em que veio a falecer), escavou sistemáticamente toda a área contígua à muralha Leste, colocando a descoberto, extramuros, as termas públicas e três vivendas.

Entre estas últimas, destaca-se a chamada Casa dos Repuxos, com uma área de 569 m², pavimentada com mosaicos e com um jardim central onde se conservava todo um sistema de canalizações com mais de 500 repuxos. Na zona interna à muralha as escavações revelaram uma basílica paleocristã e uma luxuosa vivenda com termas privativas.

 

As escavações revelaram ainda um fórum augustano, demolido na época dos Flávios, altura em que a cidade recebeu um estatuto municipal, para dar lugar a um novo fórum de maiores dimensões e monumentalidade; e umas termas, também construídas no reinado de Augusto. Entre estes sectores monumentais foi escavada uma zona habitacional, da época claudiana, constituída por insulae que seria ocupada pela classe média da população ligada ao artesanato. A partir de uma nascente localizada em Alcabideque a água era conduzida até Conimbriga por um aqueduto.
Em meados do século XX, a partir de 1955 o ritmo das investigações intensificou-se. Os abundantes materiais arqueológicos de toda a espécie, que não era possível conservar no local encontram-se no Museu Monográfico de Conimbriga.



 

 























Condeixa a Velha


Bandeira:
Esquartelada de púrpura e amarelo. Cordão e borlas de ouro e púrpura. Haste e lança de ouro.
 Selo:
Nos termos da Lei, com a legenda: "Junta de Freguesia de Condeixa-a-Velha - Condeixa-a-Nova".
Documentos Oficiais:
Parecer emitido a 06 de Fevereiro de 2001.
D.R.: de 27 de Junho de 2001.
DGAL: Nº 237/2001 de 01 de Agosto de 2001.

Brasão:
 
Escudo de ouro, pano de muralha firmado nos flancos, sustendo duas colunas derribadas, tudo de vermelho e realçado de prata; em chefe, ramo de três espigas de centeio de verde, atados de púrpura e, em ponta, arruela de verde. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco, com a legenda a negro: "CONDEIXA-A-VELHA".



HISTÓRIA
De certo modo, poder-se-á afirmar que Condeixa-a-Velha é um remanescente vivo da vetusta Conímbriga; isto porque, depois do seu definitivo abandono, parte da população ter-se-ia fixado mais a norte, constituindo um agregado populacional - não muito apartado, assim, do velho oppidum de Conímbriga - que viria a dar origem a Condeixa-a-Velha. Em 1086 escreve-se, talvez pela primeira vez, o nome de Condexe (que proviria da expressão " como a deixa ", que regista a tremenda impressão causada pela destruição de Conímbriga às mãos dos bárbaros), pelo que a data da sua fundação remontará seguramente a um período anterior à monarquia. O facto de em 1219 aparecer nomeado pela primeira vez o lugar de Condeixa-a-Nova, leva a crer que a outra, bem mais antiga, se passou entretanto a designar por Condeixa-a-Velha
Por certo, temos que ela tem suas raízes bem longe no tempo, quando - desmantelada a cidade de Conímbriga - do planalto se retiraram todos os que tinham posses para buscar lugares de mais conforto e segurança. Naquela cova abrigada dos ventos e servida por pequena exsurgência de água, recolheram-se os que ficaram, de minguados haveres.
As ruínas do anfiteatro romano que ali se erguera, serviram a uns de abrigo, a outros de pedreira. Em qualquer caso, o velho edifício marcou a distribuição das novas casas e arruamentos, enquanto as galerias de acesso, pelo poente, se conservaram em grande parte descobertas, participantes seculares do quotidiano da aldeia.
Na parte alta, por onde se estendia o cemitério no séc. VI, veio a erguer-se a matriz. Citada já no séc. XIII, sabemos que veio a reconstruir-se e dotar-se de boas alfaias no séc. XVI, a arruinar-se por obra das hordas francesas, a sofrer novos e, por vezes, desconcertados restauros em época mais recente.
Conímbriga é uma das maiores povoações romanas de que há vestígios em Portugal. Classificada Monumento Nacional, é a estação arqueológica romana mais bem estudada no país.

Conímbriga foi à época da Invasão romana da Península Ibérica a principal cidade do Conventus Scallabitanus, província romana da Lusitânia. Localiza-se a 16 km de Coimbra, na freguesia de Condeixa-a-Velha, a 2 km de Condeixa-a-Nova. A estação inclui o Museu Monográfico de Conimbriga, onde estão expostos muitos dos artefactos encontrados nas escavações arqueológicas, incluíndo moedas e instrumentos cirúrgicos.



Castellum de Alcabideque

Situado a cerca de 3 Km Conímbriga, o Castellum de Alcabideque é uma pequena torre de construção romana que servia essencialmente para captar e elevar a água para o seu posterior transporte, através de um aqueduto, até à cidade de Conímbriga

Igreja Matriz de Condeixa-a-Velha
A Igreja Matriz, de invocação a São Pedro, é muito antiga. Em 1227, já era paroquial e nela jaz João Afonso de Morais Botelho, falecido a 1457, que foi dedicado amigo do infante D. Pedro e seu companheiro no trágico recontro de Alfarrobeira.
No reinado de D. Sancho II, esta igreja era muito rendosa, sendo mesmo uma das seis que dava mais proventos ao Bispado de Coimbra. É dada como uma das mais antigas do País.
Reconstruída no século XVI, veio a ser restaurada após a invasão Francesa, vítima da passagem e destruição pelo exército de Massena.





Ruínas de Conímbriga

Conímbriga é uma das maiores povoações romanas de que há vestígios em Portugal. Classificada Monumento Nacional, é a estação arqueológica romana mais bem estudada no país. Conímbriga foi à época da Invasão romana da Península Ibérica a principal cidade do Conventus Scallabitanus, província romana da Lusitânia. Localiza-se a 16 km de Coimbra, na freguesia de Condeixa-a-Velha, a 2 km de Condeixa-a-Nova. A estação inclui o Museu Monográfico de Conimbriga, onde estão expostos muitos dos artefactos encontrados nas escavações arqueológicas, incluíndo moedas e instrumentos cirúrgicos. Conímbriga é uma das raras cidades romanas que conserva a cintura de muralhas, de planta aproximadamente triangular. O tramo Norte-Sul das muralhas divide a cidade em duas zonas.
Particularmente notável pela planta e pela riqueza dos mosaicos que a pavimentam, é a grande villa urbana com peristilo central, a Norte da via. Em trabalhos junto à muralha Sul foi descoberto um grande edifício cuja finalidade seriam termas públicas, com as suas divisões características. Muitos estudiosos pretendem que a primitiva ocupação humana de seu sítio remonte a um castro de origem Celta da tribo dos Lusitanos. O que se sabe ao certo, entretanto, é que a campanha de escavações de 1913, encontrou testemunhos da Idade do Ferro, a eles podendo juntar-se peças de pedra e bronze que podem fazer recuar o início da povoação do local. E, nesse caso teriamos que relacionar o povo conii, o que para muitos explica a origem do topónimo actual de Coimbra, com a cultura megalitica da região sul de Portugal. Conímbriga localizava-se na via que ia de Olisipo (actual Lisboa) a Bracara Augusta (actual Braga). Foi ocupada pelos romanos durante as campanhas de Décimo Junio Bruto, em 139 a.C.. No reinado do imperador César Augusto (século I), a cidade sofreu importantes obras de urbanização, tendo sido construídas as termas públicas e o Forum. As referências a seu respeito em fontes literárias antigas são escassas: ao descrever a Lusitânia, a partir do Douro, Caius Plinius Secundus refere a oppida Conimbriga; o Itinerarium de Antonino, menciona-a como estação viária na estrada que liga Olisipo (Lisboa) a Bracara Augusta (Braga). Nos finais do século IV, e com o declínio do Império Romano, foi construída uma cintura muralhada de defesa urbana, com cerca de mil e quinhentos metros de extensão, possívelmente para substituir e reforçar a antiga muralha do tempo de Augusto. A maneira um tanto rústica como este muro está construído denota uma certa urgência na sua obra, evidenciando um clima de tensão e de eminentes ataques, por parte dos povos bárbaros. As primeiras escavações arqueológicas sistemáticas em seu sítio começaram em 1899 graças a um subsídio concedido pela rainha D. Amélia. Entre os seus pesquisadores destaca-se Virgílio Correia que, entre 1930 e 1944 (ano em que veio a falecer), escavou sistemáticamente toda a área contígua à muralha Leste, colocando a descoberto, extramuros, as termas públicas e três vivendas. Entre estas últimas, destaca-se a chamada Casa dos Repuxos, com uma área de 569 m², pavimentada com mosaicos e com um jardim central onde se conservava todo um sistema de canalizações com mais de 500 repuxos. Na zona interna à muralha as escavações revelaram uma basílica paleocristã e uma luxuosa vivenda com termas privativas. As escavações revelaram ainda um fórum augustano, demolido na época dos Flávios, altura em que a cidade recebeu um estatuto municipal, para dar lugar a um novo fórum de maiores dimensões e monumentalidade; e umas termas, também construídas no reinado de Augusto.
Entre estes sectores monumentais foi escavada uma zona habitacional, da época claudiana, constituída por insulae que seria ocupada pela classe média da população ligada ao artesanato. A partir de uma nascente localizada em Alcabideque a água era conduzida até Conimbriga por um aqueduto. Em meados do século XX, a partir de 1955 o ritmo das investigações intensificou-se. Os abundantes materiais arqueológicos de toda a espécie, que não era possível conservar no local encontram-se no Museu Monográfico de Conímbriga.
Arcos do Anfiteatro Romano



Capela da Ameixeira

Capela da Avessada

Capela de Alcabideque









Capela de Salgueiro
Capela de Nossa Senhora Das Dores

Capela de Eira da Pedrinha
Capela de Casal Novo
Capela de Bom Velho de Cima
Capela de Bom Velho de Baixo
Capela de Atadoa / Atadoinha


Gastronomia
Cabrito Assado

Ingredientes:
alho moído,
sal,
azeite, e
colorau.  
cabrito

Modo de Preparo

1.  Depois de cortado em pedaços, é barrado com este "molho".
2.  Depois de assimilar este tempero, durante algum tempo, junta-se vinho branco e vai ao forno a assar.




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