SUB REGIÃO BAIXO MONDEGO
DISTRITO COIMBRA
CIDADE FIGUEIRA DA FOZ
FREGUESIA TAVAREDE
Heráldica
BrasãoEscudo de prata, duas máscaras de teatro, cómica e trágica, de azul, a da dextra em banda e a da sinistra em barra, com as fitas de vermelho, entre uma lira de púrpura em chefe e um ramo de lúcia – lima, de verde, florido de sua cor. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com a legenda a negro: «TAVAREDE».
Azul. Cordões e borlas de prata e azul. Haste e lança de ouro.
Nos termos da Lei, com a legenda: «Junta de Freguesia de Tavarede - Figueira da Foz»
História
Não longe ficava o notável castelo medieval de Santa Eulália (ou Santa Ovaia), que assentava sobre um fortíssimo castro da Idade do Ferro. A este castelo, ainda no séc. XII para o XIII, se chamava “civitas”, da qual foi domínio, sem dúvida, toda esta zona litoral onde se compreende Tavarede.
Em todo o caso, a população não existiu aqui sem interrupções, como leva a supor o estado local da actual Cidade da Figueira da Foz, na segunda metade do séc. XI, local esse que então parece ser um “logo” ou apêndice da própria “villa” alti-medieva de Tavarede.
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Em 1092 D. Elvira e o seu marido, o governador do território de Coimbra, D. Martim Moniz, fazem doação “ de loco sancti Martini in villa Tavaredi” ao prócer D. João Gosendes, opulento senhor que era especialmente herdado na Beira Alta (actual Concelho de S. Pedro do Sul). Dos limites consignados no diploma vê-se que a doação abrangia pelo menos a actual Freguesia de Tavarede, com sua Igreja:”ao Oriente a Villa Várzea, que limita com Tavarede pela pena de Azambujeiro, e daí chega ao sovereiro curvo seguindo na direcção da mamoa; ao ocidente, a Villa Alamede; ao sul, é o local das salinas junto ao rio Mondego; ao norte a Villa de Quiaios”.
Em 1406, D. Marinha Afonso, com o consentimento de seu marido, fez doação ao Mosteiro de Seiça dos seus bens móveis e de raiz em Tavarede e outros lugares, para ser “familiaira” do convento, ser participe das orações e boas obras deste e ser sepultada, se o viesse a requerer, no mosteiro.
Desde muito cedo foi Tavarede um couto e Concelho, a que D. Manuel I deu foral, em Lisboa, em 9 de Maio de 1516.
Por essa altura foi fundada por António Fernandes de Quadros a “Casa de Tavarede”, que seria titulada pela família Quadros até ao terceiro conde de Tavarede, extinguindo-se o título com o falecimento deste último em 1903.
No séc. XVIII havia aqui três ermidas do senhor do Areeiro, do senhor da Chã e de Santo Aleixo (esta, da Universidade), todas bem dotadas de rendas, por doações, mas das quais só havia ruínas nos fins do séc. passado, bem como do mosteiro de monjas Franciscanas de Santo António, de Nossa Senhora da Esperança, fundado em 1527, com protecção de D. João III.
O concelho de Tavarede acabou em 1834, extinto pelo Liberalismo. Já desde o decreto pombalino de 12 de Março de 1771, que criara a Comarca da Figueira da Foz, pertencia a esta, contrariamente ao privilégio antigo do couto.
A “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” registava para a freguesia de Tavarede os seguintes lugares: Azenhas, Caceira de Baixo, Carritos, Casal da Areia, Casal da Quinta e Casal da Robala, Chã, Condados, Esperança, Ferrugenta, Matioa, Peso, Saltadouro, Senhor da Areeira, Tavarede e Várzea.
A freguesia de Tavarede dista três quilómetros da Foz do Mondego e juntamente com São Julião, Buarcos, Vila Verde e São Pedro, está incluída na área urbana do concelho da Figueira da Foz.
O concelho de Tavarede acabou em 1834, extinto pelo Liberalismo. Já desde o decreto pombalino de 12 de Março de 1771, que criara a Comarca da Figueira da Foz, pertencia a esta, contrariamente ao privilégio antigo do couto.
A “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” registava para a freguesia de Tavarede os seguintes lugares: Azenhas, Caceira de Baixo, Carritos, Casal da Areia, Casal da Quinta e Casal da Robala, Chã, Condados, Esperança, Ferrugenta, Matioa, Peso, Saltadouro, Senhor da Areeira, Tavarede e Várzea.
A freguesia de Tavarede dista três quilómetros da Foz do Mondego e juntamente com São Julião, Buarcos, Vila Verde e São Pedro, está incluída na área urbana do concelho da Figueira da Foz.
Tavarede é também conhecida pela “Terra do Limonete”, termo originado numa lenda que tem como protagonistas uma moura encantada e um cavaleiro cristão.
Curiosidades
Lenda
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Conceito de Freguesia
Sem remontar às suas origens, de princípio o termo Freguesia aparece ligado a um conceito territorial de vizinhança no qual um Pároco exercia jurisdição espiritual sobre a respectiva população também chamada de paroquianos ou fregueses.
Posteriormente, e mantendo embora esse conteúdo, a designação de Freguesia passou a aplicar-se ao conjunto formado por:
a) Uma população relacionada por um elevado grau de vizinhança, de interesses próximos e de semelhantes expressões sócio-culturais;
b) Um território geográfico em que essa população se implementa, circunscrito por limites que o individualizam; os órgãos representativos dessa associação população-território.
b) Um território geográfico em que essa população se implementa, circunscrito por limites que o individualizam; os órgãos representativos dessa associação população-território.
A base territorial adquirida pelo conceito de freguesia, com confinações ou limites perfeitamente demarcáveis, embora passíveis de alterações, foi integrada como elemento primário da divisão administrativa do País.
A vocação ou necessidade de organização das populações para a resolução dos próprios problemas e anseios comuns aproveitou ao firmar do seu espírito e da sua capacidade autárquica.
A Freguesia é uma das formas de organização territorial autárquica e como tal é aí que a persecução dos interesses próprios das populações respectivas deverá ser considerado como essencial da actuação dos Autarcas de Freguesia.PATRIMONIO
Paço de Tavarede
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Fonte de Tavarede
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Largo D. Maria Amália de Carvalho
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Igreja Paroquial
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A Igreja de S. Martinho deve ter sido do conde D. Sisnando, pois à morte dele passou para a posse de sua filha D. Elvira. Por outro lado, não se fala da sua fundação, o que leva a supor, por certo, que era já antiga, mas fora presúria ou apropriação sisnandina, pois só assim se explica tê-la D. Elvira como sua “igreja própria”, sem a ter fundado ela ou o pai. No interior, existe uma pia de água benta datada do ano 1600.
Capela de Santo Aleixo
A cerca de 50 metros da Igreja situa-se a Capela de Santo Aleixo . Funciona como Salão Paroquial e Sala para Catequese de Crianças. Na placa toponímica do Largo de Santo Aleixo pode ler-se que “A primitiva ermida local erecta pelo povo era sede duma irmandade que mantinha um hospital para agasalhar os peregrinos e pobres, SEC. XVI”.O amor que Tavarede nutre pelo teatro tem o seu monumento mais representativo no Busto de Mestre José da Silva Ribeiro. Inaugurado em 1990, no largo fronteiro à Sociedade de Instrução Tavaredense, homenageia um grande homem daquela arte de palco, falecido em 1987.
Estátua do Cavador
Já as tradições rurais e os seus trabalhadores estão imortalizados na Estátua do Cavador , situada na zona onde em tempos idos se situavam os campos mais produtivos da região.Ingredientes:
Para 4 pessoas
Para 4 pessoas
- 1,2 kg de raia
- 800 g de batatas
- 1 dl de azeite
- 2 dentes de alho
- 1 folha de louro
- 1 colher de chá de colorau
- 1 colher de chá de vinagre
- sal
- pimenta
Confecção:
1. Amanha-se a raia e lava-se muito bem.
2. Reserva-se o fígado.
3. Em seguida corta-se a raia em pencas (este é o nome que se dá na Figueira da Foz às tiras da raia cortada de alto a baixo).
4. Temperam-se com sal e, passada 1 hora, cozem-se em água temperada com sal.
5. À parte cozem-se as batatas com a pele e pelam-se.
6. Entretanto, prepara-se o molho: leva-se ao lume o azeite, os dentes de alho, o louro, o colorau, o vinagre, um pouco de pimenta e um bocadinho de fígado da raia (cerca de 40 g), 3 colheres da água da cozedura da raia e vai-se esmagando tudo até engrossar.
7. Coloca-se a raia numa travessa, contorna-se com as batatas, regando tudo com o molho.
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