quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

JORGE DE SENA - ANOSIA

ANÓSIA
         ( SONETO 2 A AFRODITE  ANADIÓMENA)
                                                                                    

Que marinais sob tão porá luva
de esbranforida pela retinada
não dão volpúcia de imajar anteada
a que moltínea se adamenta ocuva?

Bocam dedetos calcurando a fuva
que arfala e dúpia de antegor tutada,
e que tessalta de nigrors nevada.
Vitrai, vitrai, que estamineta cuva!

Labiliperta-se infanal a esvebe,
agluta, acedirasma, sucamina,
e maniter suavira o termidodo.

Que marinais ducífima contebe,
ejacicasto, ejacifasto, arina!...
Que marinais, tão porá luva, todo...
JORGE DE SENA

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