REGIÃO CENTRO
SUB
REGIÃO PINHAL INTERIOR
DISTRITO LEIRIA
CIDADE LEIRIA
FREGUESIA Maceira
Heráldica
De azul, flor de Lis de ouro entre
dois ramos de macieira frutados de ouro; em contra-chefe, duas faixetas ondadas
de prata, carregadas de três rodas de azenha de negro postas em faixa. Coroa
mural de quatro torres de prata. Listel branco com a legenda a negro 'Vila de
Maceira'.A Ordenação heráldica
do brasão e bandeira poderá
ser melhor compreendida na leitura do resumo histórico da nossa Vila.
Brasão
Escudo
de azul, flor-de-lis de ouro entre dois ramos de macieira frutados de ouro; em
contra-chefe, duas faixetas ondadas de prata, carregadas de três rodas de
azenha de negro, postas em faixa. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel
branco com a legenda a negro “ VILA DE MACEIRA “.
Bandeira-
Esquartelada
de branco e azul, cordão e borlas de prata e azul, haste e lança de ouro
Turismo e
Património
A Freguesia tem um
Também a
merecem essa visita.
Actividade Económica
A economia de Maceira, para além da
indústria pesada cimenteira, engloba unidades de extracção e transformação de
cal, de moldes, plásticos, de cerâmica, mobiliário, construção civil,
torrefacção, tintas, mármores, metalomecânica e fundição de ligas leves. Este
leque diversificado dá bem a dimensão industrial da Freguesia.
Saúde
Saúde
Na área da saúde, a Freguesia dispõe
de dois Postos Médicos, diversos e vários consultórios de especialidades, todos
privados. A solidariedade social é prestada pelos Bombeiros e pela Academia
Social e Cultural de Maceira.
Ensino
Ensino
O ensino é ministrado em 13 salas
para o nível pré-escolar, traduz uma cobertura quase total da população
infantil, 29 salas destinadas ao ensino básico, que no total acolhem 1.000
alunos e ainda nas escolas EB 2.º e 3.º ciclos, que no total recebem outros mil
alunos diurnos e nocturnos.
Animação Cultural e Desportiva
Animação Cultural e Desportiva
Ao nível cultural, a dinâmica é
impressionante. Existem em funcionamento 22 associações que se dedicam à arte,
à pintura, ao teatro, à música, com várias bibliotecas muito frequentadas.
Maceira conta com 4 grupos folclóricos todos com pesquisa etnográfica, e ainda
com a Filarmónica Maceirense também escola de bons instrumentistas.
O desporto é também uma vertente
quase sempre presente nos objectivos do associativismo local os quais dispõem
de 10 campos para a prática de futebol, 2 Pavilhões Gimnodesportivos e o
desporto escolar (ténis, ginástica, andebol, patinagem) está bem vivo e
presente.
História
Tem longa história a freguesia de Maceira.
Situada entre o mar e a serra, guardada por floresta e cruzada
por caminhos e ribeiras, Maceira é o berço de gerações sucessivas que foram
semeando habitações, embelezando o espaço e abrindo horizontes do tamanho do
Mundo.
As suas gentes chegaram aos mais recônditos lugares, desde a
Europa e África, até às Américas e Ásia. No entanto, a saudade e o amor às suas
raízes quase sempre venceram: por isso, muitos regressaram à terra que os
viu nascer, num abraço que jamais se desfará. Como diria Miguel Torga: Dei a
volta ao Mundo, mas venho dormir à terra onde nasci…
Ignora-se quem foram os primeiros povos que habitaram estas
paragens de Maceira. Tudo leva a crer que tenha sido habitada por povos
pré-históricos, na medida em que foram encontrados nesta área utensílios dessa
época, como pedras de corte, machados, sílex e outros.
Não esqueçamos que, na Ribeira do Sirol perto de Leiria,
foi descoberto o corpo de uma criança do tempo paleolítico, o
internacionalmente conhecido Menino do Lapedo, com cerca de 25
mil anos.
O povo fenício, durante o primeiro milénio antes de Cristo,
dominou o Mar Mediterrâneo e a costa atlântica da Europa mais tarde chamada
Lusitânia. Os fenícios foram nesse tempo os grandes senhores do comércio e por
eles passavam as especiarias do Oriente, os metais preciosos da Europa e o
marfim de África.
Considerando as enormes transacções comerciais, os fenícios
foram obrigados a inventar um sistema de escrita simples, fácil e rápida de
interpretação. A eles se deve a criação do alfabeto, como conjunto de 23 sinais
simples, correspondentes aos sons emitidos, o que poderá ter acontecido pelo
ano 1300 A. C. Deste alfabeto fenício derivaram, mais tarde, os alfabetos grego
e romano.
É natural que, nestas trocas comerciais, os fenícios
transportassem também, nos seus barcos, emigrantes dos vários povos da bacia
mediterrânica e que se vieram a fixar provavelmente também na Lusitânia.
Com a expansão do Império Romano, os lusitanos, povo que
habitava entre o Tejo e o Douro, acabaram por ser dominados pelos romanos cerca
do ano 25 A.C.
Foram estes, os romanos, quem mais valioso património deixou na
região de Maceira. Encontraram-se lápides com inscrições funerárias (uma delas
pôde ver-se, até há poucos anos, na parede da torre esquerda da Igreja
Paroquial), moedas e utensílios vários. Foram igualmente encontrados restos de
cimento branco e escuro, além de grande quantidade de escória de ferro, o que
comprova a fundição de metais, técnica que os romanos dominavam, a partir de
matérias-primas desta localidade.
Ainda recordo o olhar maravilhado com que fiquei, ao observar
directamente, nos anos cinquenta do século XX, os belíssimos mosaicos nas
salas de uma casa romana, situada num campo entre o monte de S. Amaro e o
Arneiro. As ruínas dessa casa estavam soterradas com areia, mas era possível
descobrir a beleza dos pavimentos em mosaico com decorações geométricas e
cenas da Natureza.
No entanto, de mais rara beleza era a representação do mito de
Orfeu que, ao som da lira, amansava as feras. Esta representação ocupava o pavimento da
maior sala da casa. Infelizmente, passados alguns anos e por incúria das
autoridades, os mosaicos com esta e as outras representações desapareceram,
desconhecendo-se o seu paradeiro.
Houve quem afirmasse que se encontrariam no Museu de Londres.
Nas deslocações a este museu na década de 70 do século XX, procurou cuidadosamente os paineis de mosaico que retenho na memória. Encontrei, de
facto, a representação de Orfeu tocando a lira, mas com dimensões muito menores
do que as do pavimento de Maceira e sendo proveniente de Cartago. Dos mosaicos
que procurava, nem rasto…
Com a queda do Império Romano do Ocidente, a Lusitânia foi
ocupada pelos povos bárbaros germânicos, primeiro os suevos e depois os
visigodos.
Também os árabes berberes por aqui habitaram. De facto,
comprovam-no a toponímia (Alcogulhe, por exemplo), alguns vocábulos (alguidar,
alpendre, entre outros muito usados nesta zona geográfica) e
a arte em azulejo (ver fotos seguintes). Estes azulejos poderiam fazer parte do
frontal do altar-mor e são dos primeiros anos do século XVI. [1]
Azulejos de arte mudéjar,
integrados na Igreja Paroquial de Maceira (provenientes da antiga Ermida de
Santa Maria de Macenaria?)
Igualmente os judeus marcaram esta região, por altura da
diáspora. Mais tarde, já nos séculos XV e XVI, deram origem às povoações de
A-do-Barbas e de A-dos-Pretos (herdade ou quinta do senhor que usava barbas ou
andava de preto, as formas típicas de apresentação dos judeus).
A primeira referência escrita à localidade de Maceira pode ler-se num documento de 1211, já instituída a nacionalidade portuguesa. Nele se descreve o compromisso entre os Cónegos Regrantes de Santa Cruz de Coimbra e os clérigos porcionistas ou raçoeiros de Leiria.
Nesse documento, com data de Dezembro de 1211, aparece o
nome de uma ermida chamada Sancte Marie de Macenaria , a par com as ermidas de S. Pedro de
Ulmar, S. Pedro de Muel, Santa Maria de Magueigia, S. Miguel do Monte e S. Lourenço
de Carvide.
Transcorridos exactamente oito séculos sobre a data dessa
convenção (1211-2011), é curioso verificar que as grandes linhas da divisão
geográfica e populacional desta área de Leiria se encontravam já estabelecidas.
Nesse documento estão mencionadas as localidades, por exemplo, de Colmeias, S.
Simão de Litém, Espite, Agodim, Lagoa das Matas, Quintas do Sirol, Caldelas e
Souto.
No Livro I de Doações de D. Affonso III,
com data de Março de 1264, firma-se um acordo de troca de bens entre El-Rei
D. Afonso III de Portugal e o Prior do convento e mosteiro de Santa Cruz de
Coimbra: El-Rei compromete-se a ceder pelo castro de Arronches, na fronteira
com Castela e na posse do Priorado de Santa Cruz, uma série de reguengos (isto
é, bens régios), entre os quais totum regalengum suum de Maçanaria quod est in termino de Leyrena (‘todo o seu reguengo de Maçanaria que
se encontra nas imediações de Leiria’).
Assim, desde meados do séc. XIII, esta região de Maceira, incluindo a ermida de S. Maria de Macenaria, ficou na posse do Priorado de Santa Cruz de Coimbra.Tenha-se presente a evolução linguística do português:Matiana (baixo-latim) é o plural neutro de malum matianum (fruto de Mácio), tornando-se o nome próprio do objecto a que se refere – maçã (como acontece à expressão galgo em vez de canis gallicus, ou pêssego em vez de pomus persicus ou fruto da Pérsia).
Matiana (lê-se maciana)
é a mais antiga forma no português para indicar o fruto da macieira; ainda
hoje, os habitantes de Trás-os-Montes usam a palavra maçana para
dizer maçã (segundo as regras da evolução linguística do português, o n intervocálico cai, mas mantém-se o som
nasalado). Por sua vez, Gil Vicente usou a forma antiga mançana nos seus versos. Dematiana e maçana derivaram, entre outros, alguns
topónimos como Macedo, Macieira, Maceira eMaceirinha (nomes
próprios e apelidos).
Deste modo, Macenaria ou Maçanaria são palavras relacionadas com
macieira (em latim, malum matianum é
um fruto com pevides ou caroço). Estes topónimos indicariam, assim, a terra
onde se produziam estes frutos ou a árvore produtora de maçãs, ‘uma árvore
collossal do mesmo nome’ como diz o Cón. Pereira da Costa na sua Breve Memória da Egreja Parochial de Maceira.
Se atendermos às regras da evolução do português, isto é, as
regras da gramática histórica, podemos verificar como a palavra Macenaria ou Maçanaria veio, no decorrer dos séculos, a dar
Maceira:
1. O n intervocálico
cai, tornando-se Macearia ouMaçaaria.
2. O i transpõe-se
da última para a penúltima sílaba, ficando Maceaira ou Maçaira (o povo ainda hoje diz
campanairo em vez de campanário, e breviairo em vez de breviário).
3. O a abranda para e, adoptando a forma Macieira ouMaceira.
4. Macieira mantém o i do
latim matiana e matianaria(plural
neutro, que se adoptou em português como feminino singular).
A ermida de Santa Maria de Maceira era, seguramente, o centro
polarizador para onde convergiam os habitantes desta área e lhes foi
criando a consciência de unidade paroquial.
Sempre terá havido uma forte ligação entre esta ermida e os
proprietários da herdade que a rodeava. Esta, pelo acordo atrás referido entre
o rei D. Afonso III e o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, ficou na posse deste
último desde 1264.
A identidade, como paróquia, desta comunidade de Santa Maria de
Maceira foi reconhecida em 1517,
data do seuPadrão ou documento
escrito em pergaminho e assinado pelo Cardeal Dom Afonso, filho do rei D.
Manuel I, Infante de Portugal e Administrador do Arcebispado de Lisboa, dos
Bispados de Évora e Viseu, e ainda Administrador dos Mosteiros de Santa Cruz e
de Alcobaça, estabelecendo que nessa Ermida «se pozesse Pia de batizar e se dissece missa
aos Domingos e festas por hum Capelão que os freguezes pagariam».
O mesmo Padrão estabelecia que a nova paróquia era desmembrada
da Igreja de Santo Estêvão de Leiria, com conhecimento do Vigário da Vila de
Leiria, Cabido e Beneficiários da Igreja de Nossa Senhora da Pena da referida
Vila. Incluia as povoações de Pisões, Porto do Carro, A-do-Barbas, Mélvoa,
Marinha (seria a Marinha Pequena, perto da Pocariça, em oposição à Marinha
Grande), Ribeira de Maceira, as Pocariças [3],
Alcogulhe, Cavalinhos, Vale da Gunha, Mangas, Casal do Salgueiro, Arnal com os
moinhos, o Moinho de Gregório Rodrigues, e os Moinhos de Cima de Maceira, num
total de 80 fregueses ou fogos.
Surgiu entretanto um diferendo: o Licenciado Bastiam (Sebastião)
da Fonseca, que possuía, ao tempo, a herdade junto da Ermida de Santa Maria de
Maceira, alegou que tinha o direito de escolher o capelão da nova
paróquia, uma vez que fizera diversas benfeitorias nessa Ermida e tinha
intenção de a reformar de novo e adornar com novas jóias, com o que gastava
muito da sua fazenda; por seu lado, os beneficiados da Igreja de S. Estêvão
reclamavam os seus direitos sobre a mesma Ermida. O desembargador da corte
d’el-rei, Christovam Estevens, dirimiu a questão na presença de Sebastião da
Fonseca e do Procurador do ‘Cabido da Villa de Leiria’, concedendo ao primeiro
a legitimidade de escolher capelão para a ermida de Maceira, mas convidando
primeiro os beneficiados daquela Vila.
Admite-se que, entre as benfeitorias executadas por Sebastião da
Fonseca na Ermida de Santa Maria de Maceira, esteja o seu alargamento ou
ampliação, ao estilo do tempo (o estilo manuelino), mas também a construção de
uma passagem interna entre o seu palácio e a capela-mor da ermida, onde havia
uma tribuna para uso exclusivo da família Fonseca (provavelmente estaria
colocada na parede lateral da capela mor, do lado esquerdo: estaria aqui a
janela da actual fachada da Igreja?).
Ainda hoje podemos apreciar o pórtico da entrada principal da
Igreja de Maceira e a janela da fachada, a porta do Sol e a pia de água
benta que lhe é próxima, a pia baptismal e a janela da capela-mor, em estilo
manuelino. O seu autor poderá ter sido Diogo Boitaca, pessoa das relações de
Sebastião da Fonseca. Todos estes elementos de estilo manuelino foram
desmontados na altura da remodelação da igreja, feita entre 1887 e 1904 pelo
senhor Cónego Pereira da Costa, e recolocados nos lugares onde hoje os podemos
ver (ver página Párocos de Maceira).
Fachada principal da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Luz de Maceira, após remodelação e ampliação pelo Cónego Pereira da Costa (1904). Antes destas obras, havia apenas uma torre à esquerda, que foi demolida por ameaçar ruína.
(Ao centro, entre as duas
torres, está a imagem da Padroeira, N.ª S.ª da Luz, que inicialmente se
encontrava dentro da igreja)
Pia baptismal da Igreja Matriz de Maceira (estilo manuelino)
Pia de água-benta, junto da Porta do Sol, da Igreja Paroquial de
Maceira
(Estilo manuelino)
Francisco da Fonseca, filho de Sebastião da Fonseca e de Joana
Monteiro, mandou construir a Capela do Pranto ou Descida da Cruz, terminada em
1565, em estilo renascentista. O povo de Maceira chama-lhe Capela dos Santos
Brancos: trata-se de um retábulo de pedra, donde emergem as figuras de Jesus,
morto no regaço de sua Mãe, das santas mulheres e do apóstolo S. João que se
encontra à direita de Nossa Senhora. Ressaltam, lateralmente e de pé, duas
figuras: podem identificar-se como sendo José de Arimateia com os produtos de
preparação para a sepultura (à esquerda), e o Centurião conservando os cravos
nas suas mãos (à direita).
Esta cena tem, como fundo, a Cruz de Cristo que domina as cruzes dos dois ladrões ainda suspensos, e vêem-se, como primeiro fundo, os palácios da Cidade Santa de Jerusalém. No sopé, aos lados do sacrário, encontram-se figurados os quatro evangelistas. Inicialmente, as figuras não eram pintadas, e por isso o povo as conhecia como ‘Santos Brancos’; este nome perdurou, apesar de posteriormente terem sido pintadas (de novo?).
Pietà de Maceira ou Capela dos Santos Brancos (Capela do
Pranto)
Alto relevo figurando a deposição da Cruz: Igreja Paroquial de Maceira
Aspecto da cúpula, com símbolos bíblicos, da Capela dos Santos Brancos
(Igreja Matriz de Maceira)
É hoje possível, mercê da investigação do ilustre maceirense
Dr. Luciano Cristino, seguir os diversos titulares da propriedade conhecida por Quinta
do Paraíso, ao longo dos séculos. Esta herdade, ou quinta, esteve e
manteve-se intimamente ligada à instituição da paróquia de Maceira.
A história da Quinta do Paraíso nem sempre foi pacífica.De
facto, em 1673 o Santo Ofício da Inquisição em Portugal levantou um processo de
inquirição sobre as origens de ‘sangue puro’ (isto é, sem sangue judeu e,
portanto, cristão-velho) de Bernarda Cerqueira, com 80 anos e viúva de Manuel
Botelho, proprietários da Quinta de Maceira. Pela suspeita de ser
cristã-nova, perdeu o direito de posse da quinta, arrestada pelo Santo Ofício.
Nos princípios do século XX, a Quinta do Paraíso foi adquirida
pelo Senhor José de Sousa (o ‘Brasileiro’). Natural de Maceira (Pocariça)
e filho de João de Sousa Padeiro e de Anna de Sousa Barbeiro, casou com
Rosalia de Jesus, filha de Joaquim Coelho e de Eufrazia de Jesus, do lugar da
Moita, freguesia de Pataias. Foi pai de numerosa família.
Numa das suas deslocações entre Maceira e Pousos, onde também
possuía uma quinta, ao passar por Leiria e vendo a imagem de S. José (seu
onomástico) lançada à rua por ter sido retirada do convento de Santa Ana
em Leiria, por ocasião da implantação da República, adquiriu-a e trouxe-a
consigo para Maceira. Assim, evitou que fosse queimada, como aconteceu a muitos
outros objectos de culto do referido convento.
Imagem de S. José (séc. XVIII), salva da destruição em 1910
por José de Sousa; encontra-se na capela da Pocariça
(Cortesia do Departamento de Património Cultural da Diocese de Leiria)
José de Sousa entregou a imagem ao Senhor Cónego José Pereira da Costa, então Prior de Maceira, que a colocou na capela da Pocariça, cuja construção promovera.
De facto, por ocasião da peste de 1856, alguns habitantes da
Pocariça haviam feito a promessa de construir uma capela dedicada ao mártir S.
Sebastião, mas este voto não chegou a ser cumprido em vida dos que o fizeram.
Eram (e são) padroeiros, da referida capela da Pocariça, S. Sebastião e Nossa
Senhora de Lourdes (esta imagem foi oferecida pelo próprio Senhor Cónego,
conforme refere nas suas Memórias). No entanto, a
imagem de S. José ficou colocada em lugar de destaque, na parede frontal da
capela-mor. Foi recentemente retirada do seu lugar original: esperamos
que não venha a ser vandalizada, apesar de se encontrar em mau estado de conservação…
Dos filhos de José de Sousa, permito-me recordar o Dr. Afonso de
Sousa, conhecido advogado de Leiria e célebre guitarrista-poeta do fado de
Coimbra, e Vergílio de Sousa, grande conhecedor da cultura maceirense e da sua
História .
Nos finais do século XX, a Quinta do Paraíso perdeu o seu
estatuto e foi desmantelada, terminando assim a História de longos séculos de
polarização social e económica.
A freguesia de Maceira sempre teve ligação directa e
privilegiada com Leiria, em cujo concelho e comarca ficou integrada, salvo
pequenos lapsos de tempo.
De facto, em 1836 esteve ligada ao concelho da Marinha Grande
até 1838, data em que este mesmo concelho foi extinto. Registe-se, como
curiosidade, que apenas em 2011 foram acordados os limites entre as freguesias
de Maceira e Marinha Grande (áreas de Picassinos, Casal da Lebre, Telheiro,
Pocariça e Marinha Pequena).
Por sua vez, também o concelho da Batalha integrou a população de Maceira, que, por esse motivo, ficou a pertencer à comarca de Porto de Mós. Mas não foi pacífica tal integração. Em 1878 houve o aproveitamento das assinaturas de alguns maceirenses para abonar a mesma integração, dizendo-se-lhes que se tratava de abaixo-assinado para que Maceira voltasse ao concelho e comarca de Leiria.
Sentindo-se enganados, solicitaram a um tabelião
(notário) para que redigisse uma Pública-Forma a repor a verdade, isto é, que
nunca assinaram qualquer petição para que a freguesia de Maceira pertencesse ao
concelho da Batalha e à comarca de Porto de Mós; pelo contrário, desejavam que
voltasse a pertencer ao concelho e comarca de Leiria. Entre as diversas
assinaturas figuram as de Januario Gaspar (ver página Regedores em
Maceira) e de Joze Mathias (ver página Família Mathias). A
pública-forma foi entregue a Jose Antonio Loureiro (ver pág. Regedores em
Maceira).
Em 19 de Fevereiro de 1904, o Presidente do Conselho de
Ministros Ernesto Rodolfo Hintze Ribeiro assinou um decreto a estabelecer os
limites, anteriormente ‘confusos e contestados’, entre as freguesias de Maceira
e Batalha, aceitando o parecer de uma Comissão nomeada para o efeito e
referindo que as respectivas cartas e plantas ficariam arquivadas e
autenticadas. No entanto, não foram encontradas, nem sequer o decreto a nomear
a referida Comissão. Apesar disso, hoje não existe contencioso entre as duas
freguesias.
O povo de Maceira é multifacetado. De modo geral pacato,
tem amor à sua terra, que procura valorizar. Descendente de sangue e culturas
diversificadas, nele se cruzam modos e feitios. Lusitanos e fenícios, judeus e
árabes, romanos e eslavos constituem mescla que o bom povo de Maceira reflecte.
Como hoje a conhecemos, a freguesia de Maceira é fruto do
empenhamento e esforço denodado de muitos. Sem menosprezar o contributo de
todos, seja permitido relevar a acção dos pioneiros da indústria cimenteira:
João de Souza Rodrigues Ribeiro, João Henriques Teixeira Guedes e João Luiz de
Souza (genro do irmão de João de Souza R. Ribeiro).
João de Souza Rodrigues Ribeiro foi o primeiro professor na
escola primária de Maceira (meados do séc. XIX – ver pág. Regedores em Maceira e Homenagem aosProfessores). Conforme refere o
Senhor Cónego Pereira da Costa (ver nota 2 da página Linha Paterna) na
suaBreve Memória da Egreja
Parochial de Maceira, o Prof. Rodrigues Ribeiro já tinha
começado a investigar e a explorar os jazigos de pedra calcárea, própria
para a fabricação de cimentos, muito tempo antes de João H. T. Guedes.
João Henriques Teixeira Guedes, natural de Minde, estudou
bem o tipo de pedra existente em Maceira, fazendo-se acompanhar de técnicos e,
entre eles, de um engenheiro francês. Após análises laboratoriais em Lisboa e
na Alemanha, de que recolheu as melhores informações, decidiu fundar uma
empresa de cimentos no sítio da Gândara junto dos jazigos de pedra, em 1891. A
sociedade Guedes & Lopes que formou com Frederico de Sequeira
Lopes, residente em Lisboa, foi dissolvida, mas João Guedes não desistiu.
Mediante contrato de arrendamento, João Guedes montou na Gândara
a sua «Fabrica de Cimentos de Maceira», ‘cimentos naturaes’ tipo Portland,
cal-cimento e cal hidráulica.
Em 1893, pela necessidade de aumentar a produção pois os seus
produtos haviam tido excelente aceitação no mercado, e para aproveitamento da
energia hidráulica, mudou a sua empresa para a Quinta do Paraíso, junto da Igreja
Matriz.
Para isso, lavrou escritura de arrendamento da casa de habitação, lagar (vinho e azeite), moinhos, azenha e terrenos anexos, aos seus proprietários Augusto Pereira da Costa e esposa, Filippa Marcia Cesara Marcelly Pereira da Costa, provavelmente familiares do Senhor Cónego Pereira da Costa.
Ruínas do antigo lagar e moinhos de cimento da «Fabrica de
Cimentos de Maceira»: a azenha encontrava-se na parede lateral, ao fundo, por
onde passava um forte caudal de água que, depois de atravessar a estrada, movia
moinhos de cereal
(Anexo
da Quinta do Paraíso, também conhecida por Quinta do Cia)
O empresário J. Guedes publicou, em 1900, um fascículo editado na Typographia Guedes, sediada em Leiria e propriedade do seu irmão Diamantino, sobre a Fábrica de Cimentos de Maceira, apresentando os seus produtos e fazendo um estudo comparativo destes com os cimentos franceses, ingleses, italianos e austríacos. A sua produção anual, ao tempo, era de três milhões de quilos (3.000 toneladas).
Reprodução da capa do opúsculo, com foto do autor, apresentando
os produtos cimenteiros da «Fabrica de Cimentos de Maceira»
João Luiz de Souza, na sequência das investigações e exploração
de jazigos de pedra pelo Prof. João Rodrigues Ribeiro, que era irmão do seu
sogro e também professor, montou uma fábrica de cimentos na cave da sua casa,
com moinhos movidos pela água da ribeira que por ali passava, não longe da
Quinta do Paraíso (ver página Homenagem aos
Professores).
O cimento utilizado na construção da capela de Santo António, da Costa de Baixo, foi produzido nesta fábrica de João Luiz de Souza, conforme o testemunho (Agosto de 2011) do Prof. José Ribeiro de Sousa que recorda as imagens que lhe ficaram das deslocações com o pai àquele local.
Durante a sua
infância, acompanhou o pai à primitiva fábrica de J. Luiz de Souza para
transporte, em carroça de tracção animal, do cimento para a futura capela.
«Lembro-me, diz o Prof. Ribeiro de Sousa, de ver uns moinhos ao fundo da cave a
triturarem a pedra que caía em pó nos grandes recipientes que o recebiam,
já feito cimento.» Recorde-se que a iniciativa e despesas da
construção deste local de culto, na Costa de Baixo, pertenceram ao tio do
Prof. Ribeiro de Sousa (ver também página Homenagem aos
Professores).
Pelos anos quarenta do século XX, ainda se podiam ver as ruínas de fornos de pedra no início da actual estrada da Marinha Grande, após a rotunda das Mangas. Destes fornos, a pedra seria transportada para os referidos moinhos no Arnal. É credível que estes fornos pertencessem a João Luiz de Souza, uma vez que o Cón. Pereira da Costa menciona a Gândara como local de exploração de matéria prima e montagem de estruturas «em grande escalla» para a fábrica deste empresário, a quem chama «corajoso filho desta freguezia». Testemunhos orais de pessoas que viveram nesse tempo vão no mesmo sentido.
Foi na cave deste edifício, construído por João Luiz de Souza,
que funcionou a empresa de cimentos por si fundada
(Hoje, o
edifício pertence à Associação Cultural e Recreativa do Arnal)
Entre João Luiz de Souza e João Henriques Guedes parece ter sido formada uma sociedade cimenteira, fundindo as duas empresas inicialmente criadas por cada um dos intervenientes.
Joaõ Luiz de Souza
(Cortesia de suas netas,
Dr.ª Maria João e Dr.ª Maria Fernanda Martins)
Não foi brilhante o evoluir desta sociedade. Por volta de 1928,
a empresa foi vendida a Henrique Sommer que não honrou os seus compromissos por
ter surgido a grande crise económica de 1929. Ao ser confrontado pelos antigos
empresários e donos da firma, Sommer terá respondido: «É a pouca sorte!» Parece
ter sido esta a origem do nome pelo qual esta empresa começou a ser conhecida e
nomeada pelo povo – ‘Fábrica da Pouca-Sorte’ ou simplesmente ‘Pouca-Sorte’,
mais tarde adquirida por J. Alvarez.
Nos finais da segunda década do século XX, pela fama da
qualidade dos jazigos marno-calcáreos de Maceira, uma equipa de engenheiros
alemães, sob a orientação do Eng. José Osório da Rocha e Melo e do empresário
Henrique Araújo Sommer, na sequência de emissários enviados alguns anos antes
para observar os referidos jazigos de pedra, confirmou não só a qualidade
das matérias-primas como a enorme quantidade das mesmas. Foram os primeiros
passos da florescente Empresa de
Cimentos Liz, liderada depois pelo Eng. António Sommer Champalimaud, sobrinho
do fundador e empresário Henrique Sommer. Após a nacionalização da empresa em
1975, ficou a ser conhecida por Cimpor e, actualmente, pertence ao grupo Secil.
A Empresa de Cimentos Liz, na concepção dos seus fundadores e
organização da sua estrutura, bem como nas diversas componentes da sua
evolução, exerceu grande influência na comunidade de Maceira.
Em contraposição à Fábrica da Pouca Sorte, a nova
empresa de Cimentos Liz era conhecida como a «Empresa» ou a «Fábrica», de que
Henrique Sommer e o Eng. Rocha e Melo se tornaram figuras míticas. Ser operário
na Cimentos Liz era o grande sonho de muitos maceirenses, pelo estatuto social
que isso implicava.
Ao contrário do que aconteceu na Marinha Grande, não houve
greves em Maceira. Tal deve-se ao estilo pacífico e dialogante da maioria do
povo, mas também às condições privilegiadas dos operários, sobretudo os da
Empresa Cimentos Liz. Não eram apenas os ordenados, superiores à maioria dos
praticados por outras firmas, mas o sistema de protecção e promoção cultural,
desportiva, sanitária e até religiosa, envolventes, que distinguiam esta
empresa cimenteira.
Agostinho de Campos, professor universitário e político
português que faleceu em 1944, chamou a essa estrutura empresarial em Maceira
«o arrabalde da utopia».
Longe vão os tempos em que Henrique Araújo de Sommer teve necessidade de penhorar os seus fatos para pagar o salário aos trabalhadores!… (Ver também página Homenagem aos Professores).
Homenagem
ao fundador da E. C. L., Henrique Sommer, no Parque da Memória [4]
Note-se, à esquerda, a representação das actividades
fabris; à direita, as actividades assistenciais e educativas
Ao longo do tempo, em Maceira, as actividades económicas
diversificaram-se, o associativismo cresceu, a consciência cívica floresceu e o
rosto da freguesia transformou-se, com todos os problemas que isso implica e os
novos horizontes que abre.
A freguesia de Maceira foi elevada à dignidade de Vila, a 20 de
Junho de 1991, por decisão da Assembleia da República e na sequência de
proposta do deputado leiriense João Poças Santos, sendo vereador da Cultura e
Vice-Presidente da Câmara Municipal de Leiria o Senhor Dr. Vítor Lourenço,
defensor exímio dos interesses da população de Maceira.
Armas e brasão da Vila de Maceira
Atenda-se aos ramos de macieira e seus frutos, ladeando a flor de lis, e as
três mós movidas por corrente de água (simbolizando o cereal, a azeitona e
a pedra, moídos)
(Autores: Dr. Luciano
Coelho Cristino e Alfredo Manuel Marques Pereira)
Maceira tem, hoje, um novo rosto. Novos sonhos foram
acalentados, novos projectos abraçados, e rasgados novos horizontes… Também
surgiram novos problemas, mas a vontade firme do Povo os enfrentará…
[1] Ver J.
M. dos Santos Simões, Azulejaria em Portugal nos séculos XV e XVI pág. 128.
(Cortesia do Dr. Luciano Cristino)
[2] Destes
tempos recuados terá nascido a ‘Lenda de Nossa Senhora da Maceira’, romance em
quadras simples e belas, impregnado de mística religiosa e de maravilhoso
popular, muito comuns no Cancioneiro Popular Português. Note-se a temática
muito ao gosto do Povo, com personagens que encontramos repetidamente na
história religiosa popular: Nossa Senhora, crianças pastoras e elementos da
Natureza.
(A transcrição da lenda deve-se ao Prof. Ribeiro de Sousa
A 16 de Junho de 1944, após celebração da Missa pelo pároco
de Maceira P. Horácio Fernandes Biu (ver página Párocos de Maceira), este monumento
foi inaugurado na presença de elementos do Governo de Portugal, representantes
de órgãos centrais da Caixa de Previdência, Câmara de Comércio e Administração
das Empresas de Cimento, Bispo de Leiria D. José Alves Correia da Silva,
Governador Civil e Presidente da Câmara de Leiria, outras personalidades civis
e militares, o pessoal da fábrica e suas famílias.
Tomaram a palavra, para homenagear o ilustre industrial de
cimentos, o Director da Empresa Eng. António Champalimaud, o Director Técnico
Eng. Rocha e Melo, o Presidente da Câmara de Leiria e, por fim, o Bispo de Leiria
que exprimiu a sua emoção, dizendo: «Tive a honra de lançar a bênção sobre as
primeiras máquinas desta fábrica. Encontro-me agora aqui para lançar, comovido,
a bênção ao monumento que se dispõe a glorificar o grande Henrique de Sommer, o
grande amigo de Maceira Lis» (Henrique Sommer faleceu a 29 de Março de 1944).
Após a bênção, ouviram-se os clarins tocados por alunos da
Escola Primária e os sons da Filarmónica da Casa do Pessoal.
O monumento é de pedra de mármore da região, tem ao centro um
medalhão de bronze com a figura do homenageado e, nos lados, as representações
laborais (à esquerda), assistenciais e educativas (à direita). Foram seus
autores os arquitectos Narciso Costa (Director da Escola Industrial de Leiria,
hoje conhecida por Escola Secundária Domingues Sequeira) e Anjos Teixeira. As
legendas são do Dr. Américo Cortês Pinto, poeta e homem político nascido em
Leiria.
O nome dado ao parque onde se encontra o
monumento relaciona-se com um facto que merece ser recordado.
Inicialmente, houve discussão quanto ao nome a atribuir àquele espaço: uns
alvitravam «Parque Henrique Sommer», outros «Parque da E. C. L.» … Certo
dia, um operário chegou ao local de trabalho ligeiramente atrasado e, por isso,
foi chamado à Direcção. Ao tentar justificar o atraso, refere: «Quando estava a
passar junto do Parque da Mimóira …» é imediatamente interrompido e ouve a sentença: «Está
desculpado, porque encontrou o melhor nome a dar ao parque!» Assim nasceu
o topónimo «Parque
da Memória».
Patrimonio
Instituições
associações
união do esforço de várias pessoas para um fim comum |
Porque não podemos viver sempre fechados no nosso mundo, é
sempre necessário um lugar onde possamos encontrar os vizinhos da nossa e de
outras terras.
Pensamos que em primeiro lugar, deveremos dar o destaque a
quem desempenha um papel fundamental devido ao seu contributo mais activo no
apoio à sociedade.
Academia Cultural e Social de Maceira
Algumas associações proporcionam a
possibilidade da manutenção não só física como também psicológica, pois o
convívio também é saudável.
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...
Folclore
o reviver do dia-a-dia dos tempos antigos na actualidade
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Os Ranchos Folclóricos são os portadores de toda a nossa
riqueza, alguma da qual já esquecida por alguns. O preceito no trajar, o
repertório musical, a forma de dançar; com tudo isto, o rancho está a
retratar a maneira de ser e viver da nossa região à alguns anos atrás.
Ao som da melodia interpretada por instrumentos típicos e
tradicionais da zona, entoam-se quadras, religiosas, amorosas, havendo sempre
uma ou duas de mal-dizer.
Para os que pensam que os rancho são todos iguais, após uma
análise atenta ao historial de cada um verá que existem grandes diferenças.
Mas, um rancho não poderá ser apreciado apenas pela leitura, pois uma
exibição em palco vale por muitas palavras, iremos deixar ao seu critério o
olhar crítico.
O resultado final de uma exibição folclórica, apenas se
consegue com o esforço e dedicação de todos os membros do rancho, desde os
acompanhantes aos dirigentes.
Não poderemos esquecer o trabalho dos Folcloristas que atravéz
das pesquisas e recolhas que vêm a fazer à alguns anos, contribuem para o
acréscimo da nossa riqueza etnográfica.
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Sopa de Cavalo Cansado
Ingredientes
·
1 copo de copo de vinho tinto
·
açúcar a gosto
·
1 pitada de sal
·
1 pitada de canela em pó
·
pão picado a gosto
Modo de preparo
1. Misture todos os ingredientes.
2. Coloque em uma caneca.
3. Cubra com um pires e deixe de um dia para o outro.
4. Depois é só saborear.
Como comentário pessoal e de acordo com a investigação que tenho conseguido obter muito pouco deste texto merece o meu reparo apenas algumas datas(poucas)não me parecem as que eu tenho e pouco mais o meu reparo. Apenas o agradecer e louvar o autor pelo contributo dado,o tempo de pesquisa e saber sobre o historial regional e local desta vila, hoje denominada de Maceira. O meu obrigado e sem querer personalizar o obrigado de todos os Maceirences.
ResponderExcluirComo comentário pessoal e de acordo com a investigação que tenho conseguido obter muito pouco deste texto merece o meu reparo apenas algumas datas(poucas)não me parecem as que eu tenho e pouco mais o meu reparo. Apenas o agradecer e louvar o autor pelo contributo dado,o tempo de pesquisa e saber sobre o historial regional e local desta vila, hoje denominada de Maceira. O meu obrigado e sem querer personalizar o obrigado de todos os Maceirences.
ResponderExcluirQual o nome do bispo natural de Maceira?
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